A vida é demais dura
é escura
é pedra lisa
é queda em cada um
formas de levantar.
sonhos sombras
ciladas silêncios sóis
em cada um
cegando
só a pedra alí
e
sua sombra.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, março 31, 2009
Gangue
As gangues gangrenam as engrenagens
Ossos descalcificados do Sistema
As gangues em sombras assombram os parques
alcatéias sedentas de barbárie
a rondar a rosnar a reinar
renascem do pó e da pedra em chamas
morrem cegos na luz sufocante tremendo
temendo a sí sobrepassada faca nas entranhas do esgoto.
Labirintos de vidros opacos e fumaça a se dissolver na alma
sequestrando o caminhar.
Essa não é a minha gangue das bandeiras de lealdade e justiça
desfraldadas na pele rasgada à faca.
É só uma poça pagando uma dívida
um naco de carne à deriva
só a irmandade presa vivendo na intensa experiência da morte
a riqueza da vida escolhida
vida bandida.
Do seu jardim arranco tua flor de sangue.
Wilson Roberto Nogueira
Ossos descalcificados do Sistema
As gangues em sombras assombram os parques
alcatéias sedentas de barbárie
a rondar a rosnar a reinar
renascem do pó e da pedra em chamas
morrem cegos na luz sufocante tremendo
temendo a sí sobrepassada faca nas entranhas do esgoto.
Labirintos de vidros opacos e fumaça a se dissolver na alma
sequestrando o caminhar.
Essa não é a minha gangue das bandeiras de lealdade e justiça
desfraldadas na pele rasgada à faca.
É só uma poça pagando uma dívida
um naco de carne à deriva
só a irmandade presa vivendo na intensa experiência da morte
a riqueza da vida escolhida
vida bandida.
Do seu jardim arranco tua flor de sangue.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, março 28, 2009
N a porta da escola sangra a bela jovem com a perna quebrada
lágrimas assaltam o desespero de seus urros , dor na alma matando
no corpo a humilhante condição.Trabalha e estuda para dar o minimo,
o pão e apanha na desrazão .Lamento cobre a rua abandonada em frente
a escola onde no desaprender sossega morta a educação.agora a ágora e´
do tráfico e da deligerante incivilização.O irmão aparece e também apanha
da solidária gangue.Quanto a familia órfan de justiça com as próprias mãos
anceiam se sujar na mesma lei sem olhos e sem dentes da exclusão da drogada
Civilização.
P.s : Deligerante : delinquencia beligerante
Wilson Roberto Nogueira
lágrimas assaltam o desespero de seus urros , dor na alma matando
no corpo a humilhante condição.Trabalha e estuda para dar o minimo,
o pão e apanha na desrazão .Lamento cobre a rua abandonada em frente
a escola onde no desaprender sossega morta a educação.agora a ágora e´
do tráfico e da deligerante incivilização.O irmão aparece e também apanha
da solidária gangue.Quanto a familia órfan de justiça com as próprias mãos
anceiam se sujar na mesma lei sem olhos e sem dentes da exclusão da drogada
Civilização.
P.s : Deligerante : delinquencia beligerante
Wilson Roberto Nogueira
sábado, março 21, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
A sua suspeita sua
vinagre no sangue
cortando ao dançar
sobre cadáveres.
Solidões sólidas
doridas aptidões.
segue assim nefelita
fumaça fantasma.
O teu coração tem asma
não respira sentimentos
tosse amargura e raiva
tem mêdo de água
não a bebe
na vida não vê pureza .
esta seca e cega de miragens
esticada espera a Paz.
Ela não virá.
Wilson Roberto Nogueira
vinagre no sangue
cortando ao dançar
sobre cadáveres.
Solidões sólidas
doridas aptidões.
segue assim nefelita
fumaça fantasma.
O teu coração tem asma
não respira sentimentos
tosse amargura e raiva
tem mêdo de água
não a bebe
na vida não vê pureza .
esta seca e cega de miragens
esticada espera a Paz.
Ela não virá.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, março 16, 2009
Babka VIII
Caiu a noite e sobrou sob ela os restos arrastados de uma caminhada. Sem peso aparente .Tão carregada de ruínas;mal ajambrada e encoberta naquela pele podre ;cuspia resmungos e puxava, ou era puxada por um saco de latinhas de alumínio.Noventa décadas e continuava alí, esquecida de sí, as vezes lembrava que sonhava ou voava no sonho borboleta de ser princesa de um soldadinho de chumbo; como esse aí, que roubara da vitrine da memória de seu netinho. Ela não tem certeza se mora no seu sonho ou se o sonho abandonou quando o menino bateu a porta pra adultice e a assassinou na memória. Caminhava vovoando até voar finalmente. Num desses faminto trânsito .Como era doce, semente voando no céu; broa de centeio no véu, velha, a morte apiedou.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, março 14, 2009
Na Maré da Memória de um Sapato Sem Cadarços
O caminhar era o mesmo, passados tantos lustros,
passados tantos passos entre pedrosos e lisos caminhos,
liquidos e secos ...só a quantidade de sapatos que abraçaram
aqueles pés companheiros de jornadas!
A caminhar, correr, parar,pular empanturrados de alegrias.
Todos os dias, as noites, com ou sem tempo ruim para ambos.
Só descontados os estranhamentos;mas logo,logo dava-se uma maneira
outra de se contornar.
Hoje a honra de se plantar a si na palma dos pés do patrão a sola do seu
derradeiro caminhar deste sapato que vos narra.
Cá não me furto de lembrar do meu irmão ( de couro rebentos da mesma vaca mãe)
que está na lida de dar guarida a familia de pardais; com teto e calor à margem do riacho seco.
Wilson Roberto Nogueira
passados tantos passos entre pedrosos e lisos caminhos,
liquidos e secos ...só a quantidade de sapatos que abraçaram
aqueles pés companheiros de jornadas!
A caminhar, correr, parar,pular empanturrados de alegrias.
Todos os dias, as noites, com ou sem tempo ruim para ambos.
Só descontados os estranhamentos;mas logo,logo dava-se uma maneira
outra de se contornar.
Hoje a honra de se plantar a si na palma dos pés do patrão a sola do seu
derradeiro caminhar deste sapato que vos narra.
Cá não me furto de lembrar do meu irmão ( de couro rebentos da mesma vaca mãe)
que está na lida de dar guarida a familia de pardais; com teto e calor à margem do riacho seco.
Wilson Roberto Nogueira
Passava atropelado pela penumbra dos dias; quando saía ,torcia sombras e as estendia no varal de arame farpado de sua vindima vida. No mais ,só sentia pulsar fervente a vida , quando ora e vez, garroteava o pescoço grosso da verdade. Daqueles dias que a memória driblava só restara a nuvem do sonho. Sobrara apenas cacos de barro de um vaso antigo na escrita de uma pegada fóssil.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
Como um fantasma, vaga na epiderme da poesia ,que é a própria alma a escorrer sem fronteiras nesta tapeçaria de nervos desta urbe bêbada ,como uma fumaça, invade a treva sem ser vista ,sem ser vetada pelas ventas dos ventos ,segue franando insone, zanzando ,sondando os sons silênciosos de outras almas que se soltam e saltam das esquinas, com seus punhais de prata no peito de outras almas a sangrar verdades obliquas nas venas da enrugada, lacerada pele ,palimpesto da cidade espalhada em arquipelago de carcassas, aí a seus pés... em frente aos açougues, outros corpos exangues nos bairros de barro e trapos no burgo oculto nas vísceras da metrópole, parindo sangue e excrementos na banal violência cristalizada da paisagem .
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
Até que ponto o naif estava cego com as luzes dos elogios... kakaka! lágrimas corriam após na foz daquela frase cansada proferida por aquele profeta de fatos passados frase exausta com tanto aplauso postiço. Estava chorando de alegria por desvelar seus amigos tão encerados nos sentimentos de suas máscaras luzídias.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
O muro ser penteia pelo vale cor tando a jugular da aldeia sugando o sumo o destino de vasos sem vinho de almas massacradas pelo em pêlo de sol causticante opressão. A sombra do muro engole o futuro digerindo rindo no pesadêlo lácrimas acres de sonho suado de açucar azêdo pegajoso. A lágima do sonho explode os cacos da memória sob as esteiras do trator seme a dor de escombros
de restos de familias.
Wilson Roberto Nogueira
de restos de familias.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, março 11, 2009
A flor de pétalas endurecidas
lhe causavam dor
meladas de amor
escuras e vencidas.
Pro alto até cair
Pro funda e quanto
mais
mais na vertigem
ge mia de rasgada
arre messada
sorvida dissolvida
em si só sóis de cores
entranhadas .
gelada tateava em finos
cacos de cristais
procurava mais
mais
dele não se lembrava mais
só a dor suor grudando
metal liquido
ela recebeu a língua dele
e vomitou Cointreau com holmops.
não se falaram
lençóis secaram.
O suor do sono soma vontades vorazes.
ela abrira as pernas para ser ouvida
mas os ouvidos eram cegos
e as almas bebadas demais
para cantarem...
Wilson Roberto Nogueira
lhe causavam dor
meladas de amor
escuras e vencidas.
Pro alto até cair
Pro funda e quanto
mais
mais na vertigem
ge mia de rasgada
arre messada
sorvida dissolvida
em si só sóis de cores
entranhadas .
gelada tateava em finos
cacos de cristais
procurava mais
mais
dele não se lembrava mais
só a dor suor grudando
metal liquido
ela recebeu a língua dele
e vomitou Cointreau com holmops.
não se falaram
lençóis secaram.
O suor do sono soma vontades vorazes.
ela abrira as pernas para ser ouvida
mas os ouvidos eram cegos
e as almas bebadas demais
para cantarem...
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, março 10, 2009
Ória
Ória
Ela perguntou:
_Ou eu ou a bebida.
Respondeu:
_A bebida é mais nova.
Ela saiu, foi trepar com o galgo.
o cão também era mais novo.
Wilson Roberto Nogueira
Ela perguntou:
_Ou eu ou a bebida.
Respondeu:
_A bebida é mais nova.
Ela saiu, foi trepar com o galgo.
o cão também era mais novo.
Wilson Roberto Nogueira
Luzes Podres da Urbevecida Madrugada
O pederasta
não reclamava
voava na Mercedes.
Enquanto o pedestre
assistia a tia tirar a roupa
da gúria só pra gozar à fresca.
Na esquina o pedófilo fumava
mais uma infância
em cinzas plantava pra ver se crescia
merda a sua imagem e semelhança.
Suspirava rosado o doce diabético
a escarrecer o esquálido carrinheiro.
No terminal o cão vadio corria, latia
tentava morder a roda da viatura da
guarda municipal.
A cadela olhava festeira a proeza até
ser espancada por animais
que esperaram o último músculo parar
de protestar.
As boas pessoas pastavam vozes sacras
em canticos de louvor.
Parabéns! Se dependesse do governo ...!
Wilson Roberto Nogueira
não reclamava
voava na Mercedes.
Enquanto o pedestre
assistia a tia tirar a roupa
da gúria só pra gozar à fresca.
Na esquina o pedófilo fumava
mais uma infância
em cinzas plantava pra ver se crescia
merda a sua imagem e semelhança.
Suspirava rosado o doce diabético
a escarrecer o esquálido carrinheiro.
No terminal o cão vadio corria, latia
tentava morder a roda da viatura da
guarda municipal.
A cadela olhava festeira a proeza até
ser espancada por animais
que esperaram o último músculo parar
de protestar.
As boas pessoas pastavam vozes sacras
em canticos de louvor.
Parabéns! Se dependesse do governo ...!
Wilson Roberto Nogueira
As voltas da vida não virava o lobo em cão.
Caíram os pêlos, não o coração.Mesmo olhando
para seu reflexo (nos outros )...o eco fraco
um simples latido no fundo de uma caverna,
não é nada.
Agora a sombra surge imponente; mesmo arcado,
velho o vulto de seu espírito contra a rocha é, ainda,
atemorizador.
Em seus sonhos.
Wilson Roberto Nogueira.
(Inspirado pelo cachorro da Nanci )
Caíram os pêlos, não o coração.Mesmo olhando
para seu reflexo (nos outros )...o eco fraco
um simples latido no fundo de uma caverna,
não é nada.
Agora a sombra surge imponente; mesmo arcado,
velho o vulto de seu espírito contra a rocha é, ainda,
atemorizador.
Em seus sonhos.
Wilson Roberto Nogueira.
(Inspirado pelo cachorro da Nanci )
sexta-feira, março 06, 2009
Etilico
comum
como
me comunicava
cavava com a voz metal enferrujado
arado banguela penetrando a fenda da pedra
a dor avisava o esforço era mole a alma rija morria
e mais dura ficava enquanto a boca faminta regurgitava
vencida então em espasmos molhava lava lavando o metal
que derretia e mais duro esticava
estirada teia elétrica e úmida lembrança
assando na dor o prazergozo
amargo
e um trago de vodka.
Amanheceu o esquecimento.
Wilson Roberto Nogueira
como
me comunicava
cavava com a voz metal enferrujado
arado banguela penetrando a fenda da pedra
a dor avisava o esforço era mole a alma rija morria
e mais dura ficava enquanto a boca faminta regurgitava
vencida então em espasmos molhava lava lavando o metal
que derretia e mais duro esticava
estirada teia elétrica e úmida lembrança
assando na dor o prazergozo
amargo
e um trago de vodka.
Amanheceu o esquecimento.
Wilson Roberto Nogueira
Cervejamos Sós Mocados em Nós
tentativa de sintetizar sentimentos nas angústias cotidianas, não cabem em corações e invadem co(r)pos para depois fugirem aladas ;sondar nos campos da memória mais trigo para nosso pão de cada dia; também me serve o pão liquido .Solidifico o sonho e invado o pesadelo com a luz da esperança que perscruto no doirado copo de uma loira gelada ou quente, virada para a parede olhando para si no espelho.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
quinta-feira, março 05, 2009
A Turquinha Istambouli
ele ria quando chorava para ela poder chorar de rir
era só um rio que cruzou com a pedra na idéia flutuante da natureza.
a pedra molhada enxugava o suor da água
gotejava sal moura ria no mosaico bizantino
ruínas despoderosas olhando a lua no fundo do mar
apaixonados pois distantes tortura acariciante
na sombra da mesquita ora um grego gago entre ouros
na despalavrada metalaria a prata manchada de especiarias.
correm véus sorridentes a bailar com gaivotas
todos os dias narguilé com tabaco turco e muito café
Ele ria quando chorava sua velha Istambouli era para sempre azul menina.
Wilson Roberto Nogueira
era só um rio que cruzou com a pedra na idéia flutuante da natureza.
a pedra molhada enxugava o suor da água
gotejava sal moura ria no mosaico bizantino
ruínas despoderosas olhando a lua no fundo do mar
apaixonados pois distantes tortura acariciante
na sombra da mesquita ora um grego gago entre ouros
na despalavrada metalaria a prata manchada de especiarias.
correm véus sorridentes a bailar com gaivotas
todos os dias narguilé com tabaco turco e muito café
Ele ria quando chorava sua velha Istambouli era para sempre azul menina.
Wilson Roberto Nogueira
Só o suspiro da chuva alivia a manhã.O sol só sabe da sua presença ,aranha,quando melada sobre o suspiro ,arranha a sombra no desespero para desteiar-seda solidão.Comeu o macho azêdo e agorase adoçura para outro na voluvel volupia do instinto.Cevada de si acaba se comendo.O macho demorou.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, março 03, 2009
domingo, março 01, 2009
Assinar:
Postagens (Atom)