sexta-feira, janeiro 15, 2010

Gritos velozes de Liberdade dentro de um túnel emudecidos a ameaça da Luz.
Olhos a sorrir e lábios a propor curvas perigosas; sondam chicotes misóginos
defensores da moral.Voltara para o Angustistão para espiar o mundo numa cáfila de dromedários ciganos que a levassem a ser uma luz efemera na constelação de Bollywood.
Voltou para o Irã.O vaso era do tamanho de suas raízes.
Wilson Roberto Nogueira
Seguindo o caminhar felino de um fim de tarde tropical nada restou do leitoso mormaço daquele olhar ;era só um pardal embriagado pela água ferruginosa daquela poça.Embora grogue , o passarinho ainda se permitiu piar com toda força do pombo que ao aterrisar não vira a tampinha e quebrou o bico no cimento.-Modo de dizer-.O pombo humilhado esqueceu que tinha asas e melancólico pôs-se a caminhar, tendo o cuidado de imitar os humanos para não acabar como ...Oh ! aquelela mancha rubra com penas que um dia voava feliz!Seguiu o caminho da incerteza e ninguém mais teve notícias da ave.
No banco da praça um velhinho que a tudo assistia decidiu ajudar o pardalito que tinha dificuldades de andar ainda mais voar.O bom velhinho colocou o pardalzinho num muro ,logo a criatura caiu para o outro lado ,de bico, na goela de um gato que ferido regurgitou .Enojado com aquela coisa plastosa esverdecenta meio marron e cinza que vomitara , ignorou e foi brincar com um camundongo atordoado largado numa pedra do quintal.O pardal e o pombo foram se juntar a anonima história da fauna urbana.
Wilson Roberto Nogueira