sexta-feira, janeiro 28, 2011

Palíndromo, de Philippe Barcinski

Chopin mergulhava no Inferno para encontrar o Paraíso
Na Vertigem executava a Alma e a libertava através da Música.
NEle concentrava-se o Cristo recrucificado da Europa
a perdoar os flagelos polimorfos dos grandes Impérios.
O gênio incontido no cristal de sua existência
era embalado por Sand em meio a todas as cortes e silêncios.
Carregava correntes de luz que não o impedia de voar
Voava até o  Sol e cego balbuciava seus pesadêlos
entre os tesouros produzidos por seus dedos.
A Polonia dilacerada e eterna vivia NEle.

Apesar dos doutores Caruncho e Fernandez o apontarem como mero
doente epilètico.

Wilson Roberto Nogueira

Poltergeist chinês

A vida não vale um pinto pequeno que quase some de vergonha


Tem que ter atitude, mesmo tendo no corpo uma alma pequena.

No vírus da idéia o pequeno se agiganta.

Encontrar atalhos nas reentrancias e caminhos pelo ninho.

Devorar o ninho da gaivota e comer o ovinho de mil anos.

Voar no mar de fogo até em brandas eletricidades.


A Luz, não vá para luz Mary Ellen, afastece da luz e da televisão!


A luz sou eu.
 
Wilson Roberto Nogueira

quinta-feira, janeiro 27, 2011

domingo, janeiro 23, 2011

“¿Cómo se puede leer una obra manteniendo la ambivalencia y diferente entonación de las palabras que han acompañado a un poeta? ¿Cómo se puede entrar en la lengua, en la literatura o en el canon con la boca llena de palabras malditas?”


(Brioso: Ser y vivir como poeta en Cuba 75.3)

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Tentava ouvir o silencio dela, mas era tão profundo.Tanto que o sentia pulsar embora não pudesse tocá-la.
Ela gritava em seu silêncio uma fúria vital que jamais transpareceu no mormaço de seus dias de casada.
Tempos em que se protegia ou se ocultava na burka de blá, blás  intermináveis. Agora o silêncio a revelava nua.
Em cada lágrima que engolia era o veneno que o matava.Cada soluço silêncioso uma lâmina mirando seu pescoço.E nada voltaria a ser como antes.O silêncio dela o condenava pelo abandono que na certeza da posse ele por tanto tempo a supliciava.Agora.Não mais.Estava prestes a voar.Ele ,condenado a viver .

Wilson Roberto Nogueira

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Gulag íntimo

A vida mordeu-lhe o sentimento


Restou só, a razão ,seu sólido firmamento.

Nacos de lembranças em luzes presas em seus nervos

Se libertaram na cicatriz sulcada pela mordida.

Vapor quente que virou nuvem sem jamais molhar

E a vida a partir da marcha da razão só conheceu as luzes

Sem jamais aquecer o coração.

Tudo tão claro no casario abandonado,tão limpo e perfeito.

Ordem enfim.

Wilson Roberto Nogueira

terça-feira, janeiro 18, 2011

Um anti-racista com dois "erres "  torna-se mais antirracista ?
Sim, o Papel aceita .

Wilson Roberto Nogueira

terça-feira, janeiro 11, 2011

Livre Mercado,
democracia,
saúde humana,
 racionalidade instrumental,
PODER...
Capitalismo made in USA
vc usa o que eu uso,
eu uso vc.
Wilson Roberto Nogueira

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Um dia Vanberto foi muito rico
hoje , quando lembra dos queijos
tira a meia.
Do caviar...então;não me pergunte.

Wilson Roberto Nogueira
Era só um café numa pequena xícara
na fumaça da vida uma eternidade.
Quanto custa uma lembrança ?

Wilson Roberto Nogueira

Feliz Ano Novo

Feliz ano novo Quim querido !
Joaquim olhou no fundo dos olhos de Maria e disse "Não me lembro, quem é você?"
A moça virou-se e foi embora dizendo baixinho,com o sal de sua alma "quinzinho...".
Ela vivia em sua memória e seria eterna enquanto ele vivesse, enquanto ele vivesse.
Viver já não vivia e para faze-la viver sua própria vida decidiu matá-la na memória
Arrastava sua existência de bar em bar e a encontrava sempre no fundo do copo
desde que acreditara te-la visto numa sombra de paixão com outro alguém ou com outra ?Agora ela voltara como um fantasma.

Caminhava na chuva sem enxergar sob o lençol de gelo fino da manhã ,ensopada olhou para trás ,
para o espelho que refletira seu amor .amor que era só dela.

Wilson Roberto Nogueira
Urbe Cínica II
Era só um prato de comida, um prato tão grande como a lua

que  sorria como um sonho onde antes só havia as correntes do pesadêlo,

de elos tão apertados que o devoravam de dor a mais profunda fome.
 
Agora.Ah, só alegria .
 
Wilson Roberto Nogueira
Preciso jogar fora esse sapato,
mas preciso pagar a divída antes pois
o chulé já é detentor do uso capião.

Wilson Roberto Nogueira

domingo, janeiro 09, 2011

O excesso de cores é a escuridão ou deu-me um branco?
Não sei o que são cores , mas procuro por elas
aprendi que o branco tem gosto de leite puro
Leite desnatado ou da fazenda ?

bom , escrever que o branco tem sabor de leite

sem saber o gosto das palavras que digo

repito sons como caminho numa planicie nevada

o peso que sinto ao levantar os pés e me fazem experimentar neve

a neve tem gosto de leite da cidade ,talvez um pouco mais leve.

ou não .

o branco é frio como a neve é fria  ou o leite da cidade ou é quente

como aquele que bebo das tetas da vaca .

continuo não sabendo o que é branco.

Wilson Roberto Nogueira

A joaninha

Pousou um cisco de D'us no  braço do Mário para dizer que "A Vida é Bela".
...Ele acreditou...
Wilson Roberto Nogueira




sábado, janeiro 08, 2011

"O meu caixão tem a forma de teu coração"


De um fado.
"Pensamentos sem conteúdos são vazios;


intuições sem conceitos são vagos. "

Kant
“Detras del miedo está la libertad”.




Graffiti
"A árvore, quando está sendo cortada,


observa com tristeza que o cabo do

machado é de madeira. "



provérbio árabe
"Com suas correntes , frases, aforismos anônimos que lembram tanto a filosofia grega quanto os pára-choques de caminhão, a internet já tem o seu folclore."


Mário Souto Maior,etnólogo.

Folha de São Paulo.01/09/2001
No ser nunca quien parte ni quien vuelve


sino algo entre los dos,

algo en el medio;

lo que la vida arranca y no es ausencia,

lo que entrega y no es sueño,

el relámpago que deja entre las manos

la grieta de una piedra.



Octávio Paz
"Não compreendo o poeta alheio ao problema político, já que cabe ao político resolver na prática a proposta lírica que o poeta faz ao mundo . "


Lupe( Maria José ) Cotrim
"Toda musa procura e encontra a outra,


todas as correntes da poesia deságuam

juntas no grande oceano universal. "

Schlegel
"Tal e qual o tempo, o espaço gera o olvido; ele o faz , porém, desligando a pessoa humana de suas contingências e pondo-a num estado livre, primitivo; chega até mesmo a transformar, num só golpe, um pedante ou um burguesote numa espécie de vagabundo. "


Thomas Mann, in A Montanha Mágica.
"...As idéias abstratas nascem, na nossa imaginação, da disposição que tem o homem para apanhar,num momento dado, tal ou qual disposição de sua alma,- disposição que, mais tarde, lhe agradará transformar em lembrança."


Lev Tolstói