quarta-feira, fevereiro 21, 2018

"Эй, ухнем!" - Леонид Харитонов и Ансамбль им. Александрова (1965)

Camarada Comissário

Não, ele apenas deu uma gota minúscula do que é estar do outro lado.Não , o judeu não obrigará o alemão levar outro alemão para dentro de um forno crematório.Não senhora , ele o Juden também não ficará brincando com a pistola estando diante de uma vala comum com  centenas de corpos .O nazista  andará a pé até algum gulag na Sibéria ou voltará pra sua Alemanha.(depende em qual inverno ) deve  ele lembrar de Deus e orar para que o oficial soviético  e seus soldados não tenha passado por aldeias onde mulheres e crianças  russas, chacinados pelas ss e a sua gloriosa werchmacht..sua esposa não será  a lembrança de mulheres que já não existem mais .Nem a russa ou até mesmo a alemã.Que sorrirá com todos os lábios por um chocolate e um cigarro.Passará o soldado, murmurando, que só cumpria ordens e caso não as  tivesse cumprido ,teria sido morto, um manto de vergonha foi o derradeiro legado de hitler para a nação alemã.As vísceras de Dresden e Berlin urram para os céus e não existe uma única fresta para respirar ,para ressuscitar dos escombros, das cinzas .O soviético tenta não ver vinte milhões de pais , mães ,filhas, netos e mesmo  assim, judeu que é, não mata o alemão e dá o seu rifle a um fantasma ,que aos poucos retorna do mundo dos mortos e esse Herr viverá para encontrar no meio dos escombros, o que restou de luz nos olhos de sua família. Bom, o oficial do campo e os ss devem estar pendurados dançando por aí enquanto os cossacos tocam seu acordeom e  sua balalaica . Guerra é arame farpado rasgando a alma , cortando sonhos e abrindo com a dor outros olhos que jamais verão campos verdes e floridos até brotar alguma criança no útero estéril de tanto levar chutes de sombras que invadem amanheceres, uma gota de sangue molhando um sorriso no olhar .Olhos negros , castanhos , azuis de sonho rasgados de esperanças suando pétalas numa flor tocando o lábio do amante , esposa que espera no silêncio as sombras dos uivos vazios cansarem de açoitar .Ela um dia será sol novamente . ..Nada do que é humano me é estranho

Wilson Roberto Nogueira


quinta-feira, fevereiro 15, 2018

O mistério da primeira vez
O segredo obtuso de cada res
A rotina quebrada de cada mês
O  arabesco no cérebro , sob o fez
A fe  que se insinua ,quando não crês
Em tudo o labirinto onde andas.
Mas nunca o ves
Jose Antonio Silva .Labirinto (trecho )RS

Não tem  caminho novo ,so o jeito de o caminhar com o caminhar apreendendo
Prendendo a visão aqui e ali, resgatando toda a presença do vazio sereno ,tendo
No devir a virtude de ainda não existir.
Wilson Roberto Nogueira



A ignorância , a miséria  e a violência cavalgam sobre o enxofre da nossa sociedade, o xurume da corrupção estiolando a malha social, expugnando as derradeiras forças vitais da nação ,apática e abúlica sensação de impotência ,afinal as instituições ,torres de pedras imensas ,todas caíram, caíram sobre nossas cabeças pesadas de desalento. O niilismo amarra na certeza o dogma da naturalização do desastre nacional .
Abrem as pernas da mátria prostituindo o nosso solo, suas riquezas e o sol de sua esperança jazem a mercê de rufioes , os poderes sequestrados num conluio mafioso. O destino num cassino clandestino nos fundos de um bordel.
Isso não e o Brasil, não e o meu pais .
O povo como uma onda espraiara sua indignação e os poderosos assaltantes e farsantes caíram .


Amen.

Wilson Roberto Nogueira

Carnaval

A ALEGRIA DO AÇOUGUEIRO E O FESTIVAL DA CARNE
CARNE A COMER OS OLHOS.
OVOS MOLES FRITANDO
ENQUANTO O SANGUE EMSOLESCE  NO SAL
MELADO
ESCORRENDO FOLIAS SEM PECADO.

Wilson Roberto Nogueira


Levantou o lençol espalhando as ultimas pétalas do outono.
Wilson Roberto Nogueira

Palida flor inodora, qual e o preço de tua dor
Wilson Roberto Nogueira


O vento traz o murmúrio de metais partidos, estalam os farpados nervos da memoria .
Wilson Roberto Nogueira

Não levantai  juízo nocivo contra si, tal forma de imolação, ilumina as trevas chamando para o festim as vísceras famintas, ocultas nas personas d’alma d’outrem.
Wilson Roberto Nogueira

O vento traz o murmúrio de metais partidos, estalam os farpados nervos da memoria .
Wilson Roberto Nogueira