sábado, junho 23, 2007

Incêndios refrescam
tua Sal Amand Dra
salgada.
lascíva voraz largada
lagarteando ao Sol.
Wilson Roberto nogueira
Na geada do teu sentimento
granizos vertendo
de luas imensas
prateando luzes sem calor
gotículas de ácido furando
o agasalho do amor.
Wilson Roberto Nogueira
Dentro daquela
palavra ígnea
uma lava
gerada na dor
à devor ar de incêndios
a lavra do verbo.
Wilson Roberto Nogueira
A cada nova face de lua prateada
procuro a profundidade do teu olhar
o abismo dos olhos teus
para procurar o teu afogado coração
Wilson Roberto Nogueira

quinta-feira, junho 14, 2007

Em casulos percorremos o cosmos
e incendiados mergulhamos no firmamento
da razão estiolante do cotidiano.
Wilson Roberto Nogueira
Sem agendas desagendadas
cabelos desgrenhados
pêlos em continência
perdidas horas
sem memória
escravo da letras irrisórias.
Cadê a agenda acesa da memória?
Wilson Roberto Nogueira
Suspira o vento velando a lágrima
margeando a lagoa solar de uma mirada
Wilson Roberto Nogueira

sábado, junho 02, 2007

Qual é a porta que me favorece?
Seja qual for
ela estará sempre aberta
para a dor
do novo queimar
O fogo aquece.
Wilson Roberto Nogueira

sexta-feira, junho 01, 2007

A precisa palavra
preciso
cisão no ciso
revolta a recobrir
a poeira do poema
preciso
sem pressa a presa
prende o predador
a dor da pressa
da palavra precisa
àgora da memória
Desca de sí nesse momento
agora
desca de sí e caía em sí
si be mol
Escuridão
sol sem luz
no calor da solidão
Wilson Roberto Nogueira