Oceano celeste celeiro de sonhos
sonda os medos a perscrutar anseios.
À toda vela vibram ventos nas vísceras sidéreas da coragem
coragem ensanguentada de medos onde germina pétrea vontade
na crispada pele do mar infindo.
Uma cauda de cachalote planta bananeira
querendo entre dois mundos mirar o abismo
para fartar-se de seus pesadelos.
Como é doce morrer no mar
quando se exige tanto da vida.
O desespero arremessado às pedras e a escuridão
desperta do naufrágio a visão invasiva da descoberta
de um Éden desvirginado.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, junho 29, 2012
terça-feira, junho 12, 2012
segunda-feira, junho 11, 2012
Império
No fio de uma lâmina o espelho de uma cerejeira.
Sol que não encontra seu poente.Ilumina-se de sombras.
Wilson Roberto Nogueira
Sol que não encontra seu poente.Ilumina-se de sombras.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, junho 09, 2012
Juventude desencantada
alumbramento erótico
a permeabilidade
secura conceitual
concretude do real
soco no estomago
eufemismo cínico hipocritante
hedonismo andrógino nadando
faces fluídas
feminização do masculino
masculinização do feminino
vide bula e bula com o rótulo
todo mercado unisexiza e tudo acaba
em cinza
só os sonhos sofrem todos sorriem
grades de dentes reluzentes
ditadurando felicidades e amizades
virtuais.
Acordar , comer, socializar, trepar tudo em drágeas
a felicidade está na farmácia e a vida segue violenta e
sendo violentada na dança sedenta de morte devorando em cada gesto
a luz da música que acompanha cada infância que desabrocha.
Nesse junk food existencial o século XX agoniza
Eugenia,biologização, quimificação da vontade via laboratório
cobaias massificadas no mediocritante mormaço dos lugares comuns
e da celebrização do supérfluo
Somos os chipanzés atômicos.
Wilson Roberto Nogueira
alumbramento erótico
a permeabilidade
secura conceitual
concretude do real
soco no estomago
eufemismo cínico hipocritante
hedonismo andrógino nadando
faces fluídas
feminização do masculino
masculinização do feminino
vide bula e bula com o rótulo
todo mercado unisexiza e tudo acaba
em cinza
só os sonhos sofrem todos sorriem
grades de dentes reluzentes
ditadurando felicidades e amizades
virtuais.
Acordar , comer, socializar, trepar tudo em drágeas
a felicidade está na farmácia e a vida segue violenta e
sendo violentada na dança sedenta de morte devorando em cada gesto
a luz da música que acompanha cada infância que desabrocha.
Nesse junk food existencial o século XX agoniza
Eugenia,biologização, quimificação da vontade via laboratório
cobaias massificadas no mediocritante mormaço dos lugares comuns
e da celebrização do supérfluo
Somos os chipanzés atômicos.
Wilson Roberto Nogueira
Caminhadas
Escrever versos quando sonhos já não existem
Exigem na mensagem concreta dos fatos que persistem
na monotonia monocordica da intolerância
sinal patológico da nossa herança ,a beligerância
com que tomamos como nossos ,instintos saúricos
vestidos com a roupa da racionalidade instrumental
objetivando sugar do outro sua essência para derramar
nossa pútrida noção de civilização , nossa venérea
corrupção tão doce ,que não nos percebemos mais,
não nos vemos mais alem das nossas criticas superficiais,
A prosa já não sacia o verbo embolorado ,com gosto de rolha
vinho precioso venerando que virou vinagre como nossos
horizontes.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, junho 08, 2012
Banalidades da terra de Marlboro
Balas zunem sobre as cabeças.Gritos de pavor.Sangue tingindo o mármore, a louça, os cadernos.
Cerram para sempre sonhos, aspirações;nada de gols ou cestas;paixões ou carreiras.
Sob o signo da individualidade e da liberdade abriram as jaulas da irracionalidade.Agora na Faculdade.
A posse de uma arma é um direito como a posse do corpo frente ao Estado, embora o Estado
tenha a prerrogativa .Não se pode terminar com a tortura de um paciente terminal, ainda mais, tendo no cartão de crédito, mais sangue a drenar, quando a última gota é sorvida pela indústria dos açougueiros .Sempre haverá um advogado como chuva ácida a apoiá-lo no seu sofrimento.Tendo no horizonte mais do que a miragem da justiça a certeza da extorsão.Mais cortes na assistência a vida dos refugos do sonho americano .Cão come cão, e os cães vadios são os primeiros .
Armas são símbolos de poder e virilidade na terra que cultua a lei do cão.A infância é fumada de ácido e sangue nas cicatrizes negras dos morros. A posse da arma é o ritual de passagem de uma infância roubada a uma liberdade de morrer com uma suposta hombridade , conceitos e padrões que foram pervertidos desde acima escorrendo diante dos seus olhos , deslegitimando o Estado venal e seus encarquilhados estamentos demiúrgicos.A autoridade moral do Estado na UTI.
Nos palacetes privados das prisões de segurança máxima o qg da relação entre o crime e o prostituído poder.Que nada faz e se supera em nada fazer quando convém.Tudo entra e nada saí de seus altos muros protetores.Enquanto no esgoto das prisões são depositados aqueles que um dia foram pessoas.Aguardando a luz , indo para a luz.Entre uma revolta e outra.Um exército excedente da força de trabalho da sarjeta do capitalismo.Também são mercadoria e geram mais valia.
Balas zunem sobre as cabeças , gritos de pavor, pedaços de corpos,e coca-cola com pipoca e o filme de tema batido está acabando.
Explosões e corpos pelo chão , entre uma fumaça e outra aparece um herói (com dúvidas) volta ao seu país e descarrega seus pesadelos mergulhando nas vísceras de sua amada esposa e filhos no presente dado pelo Estado as balas de sua 45.Entre soldados que voltam mutilados e aqueles cujas almas foram estilhaçadas
apenas vendedores de armas e financistas do desespero e da ganancia lucram. Aqui ou na Terra de Marlboro.
Enquanto sedentos de angustia e queimando de desespero fogem do abismo de seus lares os mexicanos e outros americanos ao sul do Rio Grande, carne fresca para coyotes e sicários .Na fronteira formam-se homens- minuto whasps prontos a expulsarem os bárbaros maltrapilhos que roubaram seus empregos. Embora muitos farmers utilizem a mão de obra de indocumentados e os chantageiem ameaçando denunciá-los à Migra quando a conveniência se apresenta .
Mais um capítulo entediante desse filme e Pancrácio resolve sair pro Mac Donalds comer um Big Mac Feliz.No caminho passa pela banca e a revista "Olhe Aqui "a matéria com a Hilary elogiando um expatriado de origem brasileira que mostra seu orgulho em servir aos Fuzileiros Navais.Bom o nosso bom Tio Sam agora ajuda os desesperados latinos guatemaltecos, hondurenhos, mexicanos e de outras favelas do terceiro mundo a ganharem seu green- card e toda as vantagens que um contrato com as forças armadas americanas propiciam.Eles só pedem que matem e morram pelos motivos dos plutocratas do império.Terceirizaram as ações mais radicais nas terras estrangeiras.Uso de tropas privadas(o Brasil até vendeu um tucano para eles),antigamente o nome era soldados da fortuna. Uma foto de um soldado segurando um troféu , o pedaço de um insurgente taliban custou uma reprimenda e um certo constrangimento.Mas assassinos, perdão, mercenários não estão presos a regulamentos ou Convenções de Genebra.Convenções inibem o empreendedorismo.As guerras são fábricas de pesadelos mas as armas já foram compradas e depois que os países estiverem em ruínas precisarão dos financiamentos e das construtoras e um povo de joelhos aceitaram quaisquer que sejam os termos.
Aborrecido, Pancrácio começa a falar palavrões contra os comunistas, os anti-americanos , como podem escrever isso dos americanos e dos EUA!O vendedor que tentou chegar a Terra de Marlboro, Arizona começou a desfiar o arame farpado de sua indignação."A terra das oportunidades custa o sangue dos imigrantes que cruzam a fronteira do Rio Grande a procura de sobrevivência , de vida digna;agora encontram o muro anti-aliens ,pobres e desesperados (da América bastarda , como disse um minuteman do tea party) e os dedos nervosos de patriotas do Texas ou do Arizona.Como os farmers faram sem os braços dos imigrantes de pele escura mas tementes a Deus, a solução será fazer uso de presidiários?O que fará a Terra de Marlboro se os imigrantes cruzarem os Braços ou decidirem ir para o Brasil ?"Não houve resposta, ele foi até a delegacia prestar queixa contra o vendedor de revistas por crime de descriminação e preconceito , mas não conseguiu chegar precisou se socorrer em um banheiro da rodoviária , seus intestinos estavam imprestáveis depois de trinta anos de colas.
P.S . Tudo não passa de ficção e qualquer semelhança com dados concretos são mera coincidência.
Wilson Roberto Nogueira
Cerram para sempre sonhos, aspirações;nada de gols ou cestas;paixões ou carreiras.
Sob o signo da individualidade e da liberdade abriram as jaulas da irracionalidade.Agora na Faculdade.
A posse de uma arma é um direito como a posse do corpo frente ao Estado, embora o Estado
tenha a prerrogativa .Não se pode terminar com a tortura de um paciente terminal, ainda mais, tendo no cartão de crédito, mais sangue a drenar, quando a última gota é sorvida pela indústria dos açougueiros .Sempre haverá um advogado como chuva ácida a apoiá-lo no seu sofrimento.Tendo no horizonte mais do que a miragem da justiça a certeza da extorsão.Mais cortes na assistência a vida dos refugos do sonho americano .Cão come cão, e os cães vadios são os primeiros .
Armas são símbolos de poder e virilidade na terra que cultua a lei do cão.A infância é fumada de ácido e sangue nas cicatrizes negras dos morros. A posse da arma é o ritual de passagem de uma infância roubada a uma liberdade de morrer com uma suposta hombridade , conceitos e padrões que foram pervertidos desde acima escorrendo diante dos seus olhos , deslegitimando o Estado venal e seus encarquilhados estamentos demiúrgicos.A autoridade moral do Estado na UTI.
Nos palacetes privados das prisões de segurança máxima o qg da relação entre o crime e o prostituído poder.Que nada faz e se supera em nada fazer quando convém.Tudo entra e nada saí de seus altos muros protetores.Enquanto no esgoto das prisões são depositados aqueles que um dia foram pessoas.Aguardando a luz , indo para a luz.Entre uma revolta e outra.Um exército excedente da força de trabalho da sarjeta do capitalismo.Também são mercadoria e geram mais valia.
Balas zunem sobre as cabeças , gritos de pavor, pedaços de corpos,e coca-cola com pipoca e o filme de tema batido está acabando.
Explosões e corpos pelo chão , entre uma fumaça e outra aparece um herói (com dúvidas) volta ao seu país e descarrega seus pesadelos mergulhando nas vísceras de sua amada esposa e filhos no presente dado pelo Estado as balas de sua 45.Entre soldados que voltam mutilados e aqueles cujas almas foram estilhaçadas
apenas vendedores de armas e financistas do desespero e da ganancia lucram. Aqui ou na Terra de Marlboro.
Enquanto sedentos de angustia e queimando de desespero fogem do abismo de seus lares os mexicanos e outros americanos ao sul do Rio Grande, carne fresca para coyotes e sicários .Na fronteira formam-se homens- minuto whasps prontos a expulsarem os bárbaros maltrapilhos que roubaram seus empregos. Embora muitos farmers utilizem a mão de obra de indocumentados e os chantageiem ameaçando denunciá-los à Migra quando a conveniência se apresenta .
Mais um capítulo entediante desse filme e Pancrácio resolve sair pro Mac Donalds comer um Big Mac Feliz.No caminho passa pela banca e a revista "Olhe Aqui "a matéria com a Hilary elogiando um expatriado de origem brasileira que mostra seu orgulho em servir aos Fuzileiros Navais.Bom o nosso bom Tio Sam agora ajuda os desesperados latinos guatemaltecos, hondurenhos, mexicanos e de outras favelas do terceiro mundo a ganharem seu green- card e toda as vantagens que um contrato com as forças armadas americanas propiciam.Eles só pedem que matem e morram pelos motivos dos plutocratas do império.Terceirizaram as ações mais radicais nas terras estrangeiras.Uso de tropas privadas(o Brasil até vendeu um tucano para eles),antigamente o nome era soldados da fortuna. Uma foto de um soldado segurando um troféu , o pedaço de um insurgente taliban custou uma reprimenda e um certo constrangimento.Mas assassinos, perdão, mercenários não estão presos a regulamentos ou Convenções de Genebra.Convenções inibem o empreendedorismo.As guerras são fábricas de pesadelos mas as armas já foram compradas e depois que os países estiverem em ruínas precisarão dos financiamentos e das construtoras e um povo de joelhos aceitaram quaisquer que sejam os termos.
Aborrecido, Pancrácio começa a falar palavrões contra os comunistas, os anti-americanos , como podem escrever isso dos americanos e dos EUA!O vendedor que tentou chegar a Terra de Marlboro, Arizona começou a desfiar o arame farpado de sua indignação."A terra das oportunidades custa o sangue dos imigrantes que cruzam a fronteira do Rio Grande a procura de sobrevivência , de vida digna;agora encontram o muro anti-aliens ,pobres e desesperados (da América bastarda , como disse um minuteman do tea party) e os dedos nervosos de patriotas do Texas ou do Arizona.Como os farmers faram sem os braços dos imigrantes de pele escura mas tementes a Deus, a solução será fazer uso de presidiários?O que fará a Terra de Marlboro se os imigrantes cruzarem os Braços ou decidirem ir para o Brasil ?"Não houve resposta, ele foi até a delegacia prestar queixa contra o vendedor de revistas por crime de descriminação e preconceito , mas não conseguiu chegar precisou se socorrer em um banheiro da rodoviária , seus intestinos estavam imprestáveis depois de trinta anos de colas.
P.S . Tudo não passa de ficção e qualquer semelhança com dados concretos são mera coincidência.
Wilson Roberto Nogueira
quinta-feira, junho 07, 2012
Apagara-se a derradeira centelha da Era das Luzes
Feericas feras devoraram a fé nas certezas da razão
as pedras soltas da calçada da evolução tropeçara
a civilização.A era das luzes nas sombras das cruzes
nos punhos das espadas as luas das cimitarras
Nas trevas bateram cabeças em guerras quebraram os crânios
bateram as cabeças a procura do pássaro regurgitado do prato
sopa dos piolhos dos pombos .Bateram as cabeças a procura da Paz
que jazia na foz de um riacho seco onde cicatrizes de covas razas
brotavam sementes escravas .Ocas loucas carcaças.
Caminharam trôpegos galhos secos queimados de guerras
secos de seivas ceifados, cegos e famintos tateavam tremulos sonhos
que imigravam até se perderem no sol de mais uma miragem
Até a próxima terra de ninguem.
Wilson Roberto Nogueira
Feericas feras devoraram a fé nas certezas da razão
as pedras soltas da calçada da evolução tropeçara
a civilização.A era das luzes nas sombras das cruzes
nos punhos das espadas as luas das cimitarras
Nas trevas bateram cabeças em guerras quebraram os crânios
bateram as cabeças a procura do pássaro regurgitado do prato
sopa dos piolhos dos pombos .Bateram as cabeças a procura da Paz
que jazia na foz de um riacho seco onde cicatrizes de covas razas
brotavam sementes escravas .Ocas loucas carcaças.
Caminharam trôpegos galhos secos queimados de guerras
secos de seivas ceifados, cegos e famintos tateavam tremulos sonhos
que imigravam até se perderem no sol de mais uma miragem
Até a próxima terra de ninguem.
Wilson Roberto Nogueira
Ele se sentia supérfluo depois de tanto inflar-se
super Adônis superado.
A vida lhe dera um lago translúcido refletindo a lua
anoitecida de solidão.
Pesada canga caiu-lhe sobre suas costas.
Abandonado pelas suas certezas que desertaram
para o deserto preferindo vê-lo à distância
curvado qual proto-humano
Narciso sem espelhos que perdera-se nos labirintos de volúveis dunas
A lagoa transbordante de miragem afogaram suas lembranças
A negra pedra de luz cegara de noites eternas seu deus.A si próprio .
Wilson Roberto Nogueira
dezembro de 1997
super Adônis superado.
A vida lhe dera um lago translúcido refletindo a lua
anoitecida de solidão.
Pesada canga caiu-lhe sobre suas costas.
Abandonado pelas suas certezas que desertaram
para o deserto preferindo vê-lo à distância
curvado qual proto-humano
Narciso sem espelhos que perdera-se nos labirintos de volúveis dunas
A lagoa transbordante de miragem afogaram suas lembranças
A negra pedra de luz cegara de noites eternas seu deus.A si próprio .
Wilson Roberto Nogueira
dezembro de 1997
Carrega o rastro o rosto do desespero
dessacralizando a pegada
na névoa a memória nada
resta das vestes da estória
o vento murmurando velhas preces
em louvor da lavra de novos cadáveres.
Em cada caveira um ninho de pardais
chocando esperanças
voam plumas sobre as pegadas da história.
Wilson Roberto Nogueira.
dessacralizando a pegada
na névoa a memória nada
resta das vestes da estória
o vento murmurando velhas preces
em louvor da lavra de novos cadáveres.
Em cada caveira um ninho de pardais
chocando esperanças
voam plumas sobre as pegadas da história.
Wilson Roberto Nogueira.
Carrega no rosto o rastro do desespero
da dessacralizada pegada perdida
na névoa da memória só restos de estórias
no murmurio de velhas preces louvando
a lavra de novos cadáveres.
Em cada caveira um ninho de passarinhos
chocando esperanças e voam penas
dos ovos acalentados nascem serpentes
pontes perdidas sobre rios secos
pegadas testemunham sonhos
deitados em mortalha.
Pegadas da história.
Wilson Roberto Nogueira
da dessacralizada pegada perdida
na névoa da memória só restos de estórias
no murmurio de velhas preces louvando
a lavra de novos cadáveres.
Em cada caveira um ninho de passarinhos
chocando esperanças e voam penas
dos ovos acalentados nascem serpentes
pontes perdidas sobre rios secos
pegadas testemunham sonhos
deitados em mortalha.
Pegadas da história.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, junho 05, 2012
na lauda translúcida da enseada
sorvida na mácula miúda da silhueta crioula
desfeita da nau em azuis marejos tal como beijos
no repouso daquele leito de incestuoso deleite rumoroso.
A nau sob o arco-íris na íris do perverso
verso inverso do universo só sobrou o Navio e a Mar.
aprendendo o verbo amar.
Wilson Roberto Nogueira
sorvida na mácula miúda da silhueta crioula
desfeita da nau em azuis marejos tal como beijos
no repouso daquele leito de incestuoso deleite rumoroso.
A nau sob o arco-íris na íris do perverso
verso inverso do universo só sobrou o Navio e a Mar.
aprendendo o verbo amar.
Wilson Roberto Nogueira
A peninha o vento sopra
a sobra branca da paz
voando para longe da sopa
de sangue que apraz.
O olor do ódio chamando chama
atrai no crepitar do fogo a luz
das vísceras das cavernas.
Assim somos e do humano nada estranhamos.
O inferno são sempre os outros
mesmo quando nós o carregamos.
O mal é banal e fácil de encontrar
por isso nós nunca o vemos entrar
olhamos no fundo de seus olhos
todos os dias e nos acostumamos
Aprendemos a escrever nossas vidas
na luz intensa da escuridão.
Wilson Roberto Nogueira
a sobra branca da paz
voando para longe da sopa
de sangue que apraz.
O olor do ódio chamando chama
atrai no crepitar do fogo a luz
das vísceras das cavernas.
Assim somos e do humano nada estranhamos.
O inferno são sempre os outros
mesmo quando nós o carregamos.
O mal é banal e fácil de encontrar
por isso nós nunca o vemos entrar
olhamos no fundo de seus olhos
todos os dias e nos acostumamos
Aprendemos a escrever nossas vidas
na luz intensa da escuridão.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, junho 02, 2012
A insuportável capacidade alienável da cidade entorpece a mente esquecendo a semente
do húmus humano alimento das famintas bocas da noite nos sorrisos feéricos babando
nas cicatrizes as caixas de aço onde almas se desprendem em feras- apêndices de cascas
de aço e fumaça fumando vidas embriagadas de gasolina ou alcool.
Na memória do tempo a espera verde do vale perdido, invadido, sangrado e despejado das cicatrizes de asfalto onde caminha um guará desnutrido procurando um curumim.
A insuportável capacidade alienável da cidade entorpece a mente esquece o alimento do conhecimento
deste espírito contido despido da angústia do intelecto campônio migrante testando a palmilha de sua humildade no breu de sua ignorância bondosa à margem dos palácios das promessas e engodo de cores fugidias dos cristais espoucando na ribalta da cidade procura uma caixa de madeira por morada , seu ataúde móvel, arca de sonhos onde corre o rio abençoado pelo sol . Corre a criança até o sol que se esconde no horizonte.Era um caminhão que chegara para curar-lhe da embriaguez.
Caminha um lobo guará desnutrido procurando um curumim.
Wilson Roberto Nogueira
do húmus humano alimento das famintas bocas da noite nos sorrisos feéricos babando
nas cicatrizes as caixas de aço onde almas se desprendem em feras- apêndices de cascas
de aço e fumaça fumando vidas embriagadas de gasolina ou alcool.
Na memória do tempo a espera verde do vale perdido, invadido, sangrado e despejado das cicatrizes de asfalto onde caminha um guará desnutrido procurando um curumim.
A insuportável capacidade alienável da cidade entorpece a mente esquece o alimento do conhecimento
deste espírito contido despido da angústia do intelecto campônio migrante testando a palmilha de sua humildade no breu de sua ignorância bondosa à margem dos palácios das promessas e engodo de cores fugidias dos cristais espoucando na ribalta da cidade procura uma caixa de madeira por morada , seu ataúde móvel, arca de sonhos onde corre o rio abençoado pelo sol . Corre a criança até o sol que se esconde no horizonte.Era um caminhão que chegara para curar-lhe da embriaguez.
Caminha um lobo guará desnutrido procurando um curumim.
Wilson Roberto Nogueira
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