A mão pesada do Estado
desce sobre o lombo da multidão.
Basta de escravidão!Do silêncio e da resignação.
O brado se espraia pelas veias abertas do Brasil,
enquanto o Estado pensa com os músculos atrofiados da
violência
pseudo legitimada que explode sua desrazão instrumental nos
olhos da nação
a qual, longe de se estar cega se vê e vê que perdera tudo
até as correntes da alienação
entre a dor e a fumaça sua mirada atinge o céu sem estrelas
da Pátria enlutada
que encarcerou no desalento as forças vivas da revolta ,
agora asas sobram nos pés da história desses heróis anônimos
que fazem tremer palácios e rachar as máscaras do poder.
As casas de tolerância dessas falidas democracias
(auto)representativas
que chafurda na
impunidade imoral de prerrogativas
que estupram a igualdade e a liberdade e os ideais de
democracia
utopia esmagada pela ideologia, pura demagogia
Aqueles roedores do bem público não mais passarão impunes
mas continuarão a não pegar ônibus,a não levar seus filhos
às sucateadas escolas públicas e a não
morrerem nos corredores dos hospitais
públicos.
Seus corações não batem ao ritmo das angústias do povo.
Serão suicidas ao imaginar que seus mandatos realmente
pertencem aos seus
clubes de interesses privados que insistimos em chamar de
partidos ?
Partidos , qual parte da sociedade representam além de suas
conveniências?
Seus mandatos são o aval de confiança daqueles que inundam
as ruas de
indignação e revolta que por ora é pacifica
Hoje são gotas na multidão
amanhã poderão afogar a democracia plutocrática.
Wilson Roberto Nogueira.