não reparo a roupa e sim o corpo.
se o corpo brilhar é porque tem alma.
em ritmo de um tango extraviado numa ruela sem lua.
a última consorte com olhos de noite eterna
bailar num fio suspenso entre o sonho e o pesadelo
sem rede a resgatar um novo amanhã
seco e sem raízes ,madeira
podre sou
e imereço a chama do teu coração.
respirei as cinzas dessa
cidade e fiquei com as cicatrizes dos seus becos.
uma noite para se sentir num
único beijo o sabor de um coração desertor.
um coração que deserta do corpo e se
perde num beijo,
deixando vazio de vontade própria a alma do apaixonado,
escravo do sabor de uma perfídia.um tanguero desprovido
de bandoneon em rotas
palavras de amor espalhado
entre uma e outra promessa nos contornos dos lábios
de una argentina.
de prata e prata valia quedei-me sem elas. um farol de
felicidade em letras tristes
fala meu Sol,amo a ti mais que as palavras a essa portenha que me levou as pratas
e os ouros dos meus dias.
Wilson Roberto Nogueira
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