"Eu escrevo porque vou morrer." (João Gilberto
Noll)
aquela pessoa morria um pouco a cada grão de dia.
Quando a noite chegava não esperava anoitecer,
anoitecia e sem cerimônia a noite encontrava no despejo do dia seu lamento
e voava livre na escuridão do desejo a angústia.
a noite não cedia um copo de luz naquela casa sem janelas a aninhar nas vísceras a escuridão
Limpava o rosto pálido e enfim no desvalor a morte achando-se desprezada
garimpava no chumbo dos entardeceres a bala para se suicidar.
Wilson Roberto Nogueira
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