domingo, maio 26, 2013

O casaco da memória dá abrigo a restos manjares de ratos.
nos bolsos dos sonhos sobrou um níquel, nada além.
A manhã de sol enganador, só a umidade cortante da razão
cravando adagas de cicatrizes, sorrindo soda e ácido.
abre a porta na manhã fria e não existe uma foice sequer.
Resta resgatar dos escombros algum barro novo a espera
de um sol trôpego e desavisado que dê alguma consistência
ao barro que teima ser pedra quando é só pó.

Wilson Roberto Nogueira.

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