Rios de lava lavam em fogo liquido meus amanheceres.
Sofrer é aprender.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, novembro 29, 2019
quarta-feira, novembro 06, 2019
Queirais, desejais acima do que vos pertence a própria
existência,
viver em função de
cortejar eternamente vossa felicidade,
que eternamente ela
não tenha feliz idade,
muito menos luz vida própria, sem vós ela inexiste
Se dissolvida de vossa vida ,divorciada de feridas neste desditoso chiste
Acossado e condenado vais
seguindo a existir acorrentado na existência
Sem plenamente viver a vida amante fogosa da duração
ordinária da vida
Partis na glacial existência sem o aquecer entre os seios da
vida
Sem saber se o sabor é amargo ou doce ferida
Insipida , inodora e incolor cruel sina maldita
Tu pensas logo existes , mas existir somente te enlouqueces
Pensais portanto e sabeis o quanto sofreis por saberes
Saber que a vida não é só um passar de dias aguardando
O nascimento eminente da morte.
Wilson Roberto Nogueira
Ossos do ofício
Um cabra que saiu a cata de animais para a universidade ”Ao
preço de trinta reais”,vê estudantes analisando fêmures e conta que, em sua
terra, seus filhos brincavam com ossos simulando espadas até que, um dia, o
dono veio do além, para reclamá-los.
- DEVOLVAM MINHA PERNA !
Daí os bacurís jamais tocaram em ossos , sequer aqueles de
galinha .
Wilson Roberto Nogueira
Eis o que sois.
Ora pois , lusitano é o que sois na eterna contradição,
entre o “fazeire” e o” falaire” do politico é o que a devorar vossas entranhas te governa . Percebas tu para não caíres em palpos de aranhas ;uma de
vossas façanhas: Direis que o melhor “a
fazeire” é os anéis da mão a viajar para às do assaltante do que deixar no
alagado chão a mão intransigente a convencer o meliante que tens razão .
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, novembro 05, 2019
Os Pixotes (texto incompleto )
Destruídos pelo desemprego e pelo alcoolismo , os pais em
muitas ocasiões descontam suas frustrações nos filhos , espancando-os . Um dia
esses menores deixaram suas famílias em colapso para desaparecerem nas ruas . A
violência das ruas torna-se menos contundente do que aquela recebida dos pais .
Nas ruas brincam como crianças , amam como adultos , cometem
pequenos furtos e chegam a matar como bandidos . Neste meio, tornam-se
revoltados e violentos , indiferentes à própria vida. Eles são frutos de um
sistema social injusto, concentrador de riquezas e oportunidades. Parte de uma
massa desassistida pelo Estado , renegada pela sociedade.
Esses pés descalços ,desnutridos e embrutecidos meninos e meninas , parte
considerável de milhões de brasileiros que em bandos cada vez maiores , vagam
pelas metrópoles .
Nos cantos das calçadas , em baixo de pontes , nos bancos
das praças , nos degraus das igrejas , encontram onde dormir , como cães sem
dono . Se lavam nos chafarizes e nos rios , onde além de fazerem a higiene
corporal , também urinam e tomam água .
Carentes de dignidade , de um lar , de instrução , saúde ,
alimento e afeto; sem poder entrar no mercado de trabalho , continuam tendo
seus direitos vilipendiados por um Estado, o qual desobedece suas próprias leis sociais, o governo é hipócrita diante de seu próprio povo, mantêm como párias intocáveis estes marginais, estivessem eles sobre a legitima assistência e proteção, não teriam como destino serem vitimas dos esquadrões da morte , não iriam parar nas geladeiras do IML, teriam isto sim , suas vidas salvas por escolas dormitórios com canchas de esporte e ensino profissionalizante, alimentadas e saudáveis , úteis a comunidade.
Enfim porque pagamos tantos impostos ?para sermos assaltados ?Quem nos rouba mais , o ladrão comum ou um governo corrupto e incopetente ?
Wilson Roberto Nogueira .
12/08/1991.
Enfim porque pagamos tantos impostos ?para sermos assaltados ?Quem nos rouba mais , o ladrão comum ou um governo corrupto e incopetente ?
Wilson Roberto Nogueira .
12/08/1991.
sexta-feira, novembro 01, 2019
Um dia de sol
Uma casa com altos muros de pedra escondia um atormentado jovem, desiludido com a vida e sem perspectiva de futuro.Com o seu ar blasé ,deambulava pelo quarto após ter sido arremessado à cama de um sonho mal sonhado, uma morte cortada com o despertar exaltado . No quarto cinzelava os dias na penumbra esfumacenta de recordações mal postas, perscrutando o vazio pesado daquele instante .
Coberto com os trapos transformados numa segunda pele , os chinelos calçaram seus pés um pouco mais reticentes que antes. a tenebrocitante aventura de sair do quarto e reler as páginas pétreas de roseta de seus serparentes . Resmungos , grunhidos e ausentes nas máscaras do dia, olvidaram no antanho suas personas.
Antes da carcaça ,a sombra do humo pútrido imaginado pelo olor de urubu eviscerado ,vulturina criatura desavisada de si, deslembrada da gregária condição humana.Temperadas sensações inspiradas pelo mofo, bolor , suor e adjacências . Só a macróbia no canto do salão acendia uma estranha luz nos olhos negros de cadáver ,babava pedindo gorgonzola com linguiça na pizza que julgava estarem sonegando, "criminosos cruéis ."
O vulto que desertara de sua catacumba ,com bigode tal qual pernas de barata e barba como raízes mortas de uma árvore arrancada , o rosto escondido entre feridas e cicatrizes apontavam no corpo do hóspede involuntário do destino o próprio hoje daquela mansão em prantos e daquela família em ruínas.
Almoço como sexo prostituído ligeiro e comprado por droga barata cujo vôo ao inseto faria mercê.Comeu como quem vomita para alguma lata de lixo.Assim foi , espectro abissal de descoragem diante da incertitumbre do Ser que não se reconhece devedor do viver.
Inúmeras vezes cego no desarazoado de idéias que o encarceravam até o momento, da chave do seu viver lembrava-se de si quando do outro lado do telefone ouvia a vós de Adela .Uma noite saiu no breu da noite iluminado pela chuva e caminhou até a noite que o habitava transforma-se em um dia de sol embaixo das ferragens de um carro.
Wilson Roberto Nogueira
Coberto com os trapos transformados numa segunda pele , os chinelos calçaram seus pés um pouco mais reticentes que antes. a tenebrocitante aventura de sair do quarto e reler as páginas pétreas de roseta de seus serparentes . Resmungos , grunhidos e ausentes nas máscaras do dia, olvidaram no antanho suas personas.
Antes da carcaça ,a sombra do humo pútrido imaginado pelo olor de urubu eviscerado ,vulturina criatura desavisada de si, deslembrada da gregária condição humana.Temperadas sensações inspiradas pelo mofo, bolor , suor e adjacências . Só a macróbia no canto do salão acendia uma estranha luz nos olhos negros de cadáver ,babava pedindo gorgonzola com linguiça na pizza que julgava estarem sonegando, "criminosos cruéis ."
O vulto que desertara de sua catacumba ,com bigode tal qual pernas de barata e barba como raízes mortas de uma árvore arrancada , o rosto escondido entre feridas e cicatrizes apontavam no corpo do hóspede involuntário do destino o próprio hoje daquela mansão em prantos e daquela família em ruínas.
Almoço como sexo prostituído ligeiro e comprado por droga barata cujo vôo ao inseto faria mercê.Comeu como quem vomita para alguma lata de lixo.Assim foi , espectro abissal de descoragem diante da incertitumbre do Ser que não se reconhece devedor do viver.
Inúmeras vezes cego no desarazoado de idéias que o encarceravam até o momento, da chave do seu viver lembrava-se de si quando do outro lado do telefone ouvia a vós de Adela .Uma noite saiu no breu da noite iluminado pela chuva e caminhou até a noite que o habitava transforma-se em um dia de sol embaixo das ferragens de um carro.
Wilson Roberto Nogueira
A massa moldada na barbárie
O ato de refletir sobre a sociedade com o intuito de diagnosticá-lo ou para dar os insumos teóricos na luta para transformá-la requer que o tempo para tal não seja sequestrado e não esteja acorrentado a engrenagens do trabalho , o qual liberta o homem de sua liberdade.
O trabalho socialmente produtivo igualmente distribuído muito foi assassinado pelos liberticidas do Deus Mercado nos fornos crematórios da mais valia, a qual não mais acumula capital concretamente produzido, e sim capital baseado na produção fictícia de valor , a rentista, operando buracos no valor de face do trabalho , esgarçando o tecido social até arrebenta-lo em revolução .
Daí o Estado surge no exercício nefasto da necro-politica que é administrar quem deve ser triturado e virar resíduo social , eliminado da cidadania e de sua existência .O trabalho do Estado a serviço da casta rentista associada a aristocracia togada e os despachantes de luxo da engenharia econômica depuseram a burguesia domesticando o animal empreendedor liberal ou com responsabilidade social e sua narrativa desenvolvimentista , agora correm para , como suínos do passado engordarem de dinheiro virtual suas ganancias sem perceber que eles próprios perecerão.
a própria estrutura do capitalismo se retroalimenta de crises que só evolui devorando as crises sociais e econômicas passadas , necessitando do Estado quando não das milicias e das frações de trabalhadores da morte e da repressão lumpem ,algoz e vítima , a massa moldada na barbárie.
Wilson Roberto Nogueira
01/11/19 do segundo milênio cristão.
o prêmio Asnix com a obra de estréia do juíz Dagoberto Góis
Sucesso na Europa e no Brasil , o celebrado escritor
Dagoberto Junqueira de Góis Amaral ,magistrado e membro da Academia Uruburetamense dos Contrafortinos de
Letras é o entrevistado do jornal
Maranhão do Amanhã.
-Bem , amigo Bezerra da Serra Linhares, credito a outorga do
prestigioso Asnix à minha carreira junto ao "Judiciáriooô" da cidade
de Uruburetama dos Contrafortes , data vênia , desta vivência extraí o
manancial de que alimentara se minhas letras .Oportuno clarear para vós outros
,minha sobeja satisfação , honrabilíssimo que sinto-me por ter sido agraciado.
- Linhares , podeis vós, amigo de longa data, chamar-me de
Dagoberto Góis !
"Vote Juíz Góis é "nóis" no "pudê
"!! "
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