Dentro da frigideira
um olho pálido olha
o olho e pia pingos
de lágrima acebolada na pía.
Wilson Roberto nogueira
quarta-feira, setembro 24, 2008
Nas beiras da banalidade
Nas beiras da banalidade gente
que morre espancada faz parte
da paisagem da cidade
A miséria é equipamento cultural
da selva do turismo social e sexual.
A beira do abismo a fera pára
mostra os dentes do desespero
e a mortalha encobre os escombros
dos vultos que votam
dos vultos que vagam ganindo de fome
à mendigar dignidade em orações encharcadas
nas escadas dos templos.
A fé é um artigo muito caro
porque todos procuram
nas lojinhas das Igrejas onde o Cristo foi despejado.
Ele não atendia aos requisitos do Deus Mercado.
Wilson Roberto Nogueira
depois da tempestade
Ela deu um pito no pato que pateara o tablado,espalhando aquela areiazinha de ração na grama do galinheiro.
O galo galhofeiro cacarejou até ficar gago ,cantou a coroca Candoca-um galho feio que de susto ,pipocara ovo aflito .Que dormirá na frigideira.
Enquanto a nuvem fria ,parideira de tempestades ,postada como beldade ,esperava o galanteio da noite...
Na manhã seguinte o galo não cantou.
Contudo galinhas patos,gansos e pintinhos estavam livres,nem sinal de insumos das fábricas humanas os quais jaziam sob os escombros da Casagrande.
Wilson Roberto Nogueira
O galo galhofeiro cacarejou até ficar gago ,cantou a coroca Candoca-um galho feio que de susto ,pipocara ovo aflito .Que dormirá na frigideira.
Enquanto a nuvem fria ,parideira de tempestades ,postada como beldade ,esperava o galanteio da noite...
Na manhã seguinte o galo não cantou.
Contudo galinhas patos,gansos e pintinhos estavam livres,nem sinal de insumos das fábricas humanas os quais jaziam sob os escombros da Casagrande.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 17, 2008
sexta-feira, setembro 12, 2008
quinta-feira, setembro 11, 2008
Feras verazes
Na busca da verdade os caminhos de muita luz cegam as passadas,escondem as encruzilhadas.As certezas colocam cangas na reflexão.Os senhores absolutos da verdade escondem o rosto na máscara envernizada velando as pustulas do vício no porejar retórico da emoção acorrentada a mistificação do poder.
O útero gerador da rocha. o dogma soterrando almas enquanto cascalha hinos de louvor e salvação .Onde está o Verbo?não nas pálavras dos palácios construídos sobre os ossos dos cordeiros devorados.De toda verdade manifestada na fé dos poderosos sopradas ao vento apagaram o fogo da liberdade e do amor,restando os chacais do ódio ,o rancor e a fome devorando de doenças os escombros que se abandonam nas calçadas.
O sal da terra o tempêro mais forte da verdade espalhado sob os quatro cantos da escuridão hurram maldiçõesà beira do abismo enquanto chacais tomam sopas de ouro no palácio das luzes.
Wilson Roberto Nogueira
O útero gerador da rocha. o dogma soterrando almas enquanto cascalha hinos de louvor e salvação .Onde está o Verbo?não nas pálavras dos palácios construídos sobre os ossos dos cordeiros devorados.De toda verdade manifestada na fé dos poderosos sopradas ao vento apagaram o fogo da liberdade e do amor,restando os chacais do ódio ,o rancor e a fome devorando de doenças os escombros que se abandonam nas calçadas.
O sal da terra o tempêro mais forte da verdade espalhado sob os quatro cantos da escuridão hurram maldiçõesà beira do abismo enquanto chacais tomam sopas de ouro no palácio das luzes.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 10, 2008
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