segunda-feira, novembro 29, 2010
domingo, novembro 28, 2010
O que voce vai ser quando encolher ?
Um ponto numa vírgula sobre um papel em branco encolhido de molhado
Só uma sombra bravia no vazio.
Só um cio de um "c" sobre uma cedilha.
Só vapor de susto no grito mudo de um enfarto.
Um porto de formigas numa efemera poça
átomo de desejo de ser grande mesmo sendo pequeno.
Dois átomos amorando .
Wilson Roberto Nogueira
Só uma sombra bravia no vazio.
Só um cio de um "c" sobre uma cedilha.
Só vapor de susto no grito mudo de um enfarto.
Um porto de formigas numa efemera poça
átomo de desejo de ser grande mesmo sendo pequeno.
Dois átomos amorando .
Wilson Roberto Nogueira
Urbe cínica
Na calçada ao lado da sua companheira de trabalho o motoboy é assistido por algumas pessoas.
Em volta, como velas humanas de devoção a banalidade.
"A ambulância virá em um minutinho".
"Você chamou ?".
"Não , a bateria do meu cel acabou. ".
"Bom, pelo jeito ele pode esperar."
"Você sabe,eles não tem responsabilidade, um dia isso tinha que acontecer mesmo a um deles".
"Vai ver mereceu"
"Deus do céu,não fale assim !".
"E eu aqui no chão tenho que ouvir isso, e ninguém me escuta !"
Chega a ambulância e partem todos, menos o morto que partira antes ou estavam todos ;voltando a suas casas como fantasmas sem lançar sombras aos passos .
Wilson Roberto Nogueira
quinta-feira, novembro 18, 2010
terça-feira, novembro 16, 2010
quarta-feira, novembro 03, 2010
Aqui me querem e quedo-me tranqüilo
como o mergulho de ancoras em profundo mar
criam corais e em pedra me torno ao contemplar;
Asas de peixe prateado brilham pingos de escamas ao sol,
vôo longe no silêncio da manhã.
No céu liquido dos meus sonhos vejo estrelas
onde só existem escamas mortas boiando ao sol.
Coral múltiplas vidas simulando pedras coloridas
esbranquiçadas esperanças das experiências
na efêmera maré da vida.
Wilson Roberto Nogueira
como o mergulho de ancoras em profundo mar
criam corais e em pedra me torno ao contemplar;
Asas de peixe prateado brilham pingos de escamas ao sol,
vôo longe no silêncio da manhã.
No céu liquido dos meus sonhos vejo estrelas
onde só existem escamas mortas boiando ao sol.
Coral múltiplas vidas simulando pedras coloridas
esbranquiçadas esperanças das experiências
na efêmera maré da vida.
Wilson Roberto Nogueira
Na Escrivaninha
A minha musa estalando de calor veio sob a forma de uma barata tonta gingando,exalava insolência.
Eu a assassinei com gás ?Não sei se a matei.Os móveis estalam e lembro-me dela.Duas páginas em branco.
Preciso de dinheiro.
Wilson Roberto Nogueira
Eu a assassinei com gás ?Não sei se a matei.Os móveis estalam e lembro-me dela.Duas páginas em branco.
Preciso de dinheiro.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, novembro 02, 2010
segunda-feira, novembro 01, 2010
pedra esquisita perdida em dramas
trama esquiva nas esquinas de glacial
coração.Voa alto o pétreo falcão da utopia.
só a rocha persevera nas velhas primaveras
enquanto cresce a hera até o sopro das escamas
fósseis das pétalas da esperamnça
utopia que já foi um dia
pedra que um dia respirou vida
foi por um homem parida
voa a alma liberta nos olhos
do falcão.
Sonhos em cinzas voam esperanças.
Wilson Roberto Nogueira
trama esquiva nas esquinas de glacial
coração.Voa alto o pétreo falcão da utopia.
só a rocha persevera nas velhas primaveras
enquanto cresce a hera até o sopro das escamas
fósseis das pétalas da esperamnça
utopia que já foi um dia
pedra que um dia respirou vida
foi por um homem parida
voa a alma liberta nos olhos
do falcão.
Sonhos em cinzas voam esperanças.
Wilson Roberto Nogueira
sou um comuna gauche
nasci desgraçado desgarrado da sorte
mas lamentar não lamento
sou do contra
Como diria Perin :
do contra de mim mesmo
e vice verso sobrevivo na vontade de viver
o vento do verbo bolinando doces donzelas
em pesadelos atocaiados pelo otimismo
pessimismo na reflexão e otimismo na ação
Wilson Roberto Nogueira
nasci desgraçado desgarrado da sorte
mas lamentar não lamento
sou do contra
Como diria Perin :
do contra de mim mesmo
e vice verso sobrevivo na vontade de viver
o vento do verbo bolinando doces donzelas
em pesadelos atocaiados pelo otimismo
pessimismo na reflexão e otimismo na ação
Wilson Roberto Nogueira
Eu vendo a venda para que vejam com a alma
ninguém compra a escuridão tendo tanta lua à mão do olhar
Eu vendo a escuridão a cantar ; decantando da imagem o logro
da imagem a roubar do pensamento o don do pensar
aceita a imagem o sofrimento o gozo
mais do que o som do silêncio a implorar nas letras as idéias
do torturante imaginar.
No delírio da razão prefiro as cores do sangue pingando do sol a suar
na tela da televisão no meu bairro a rodar
a roda a moer a imagem a atropelar no cimento o oponente discernimento
Quão fácil é aceitar a verdade pura do olhar
não importa o preço ou quem venda os óculos.
Wilson Roberto Nogueira
ninguém compra a escuridão tendo tanta lua à mão do olhar
Eu vendo a escuridão a cantar ; decantando da imagem o logro
da imagem a roubar do pensamento o don do pensar
aceita a imagem o sofrimento o gozo
mais do que o som do silêncio a implorar nas letras as idéias
do torturante imaginar.
No delírio da razão prefiro as cores do sangue pingando do sol a suar
na tela da televisão no meu bairro a rodar
a roda a moer a imagem a atropelar no cimento o oponente discernimento
Quão fácil é aceitar a verdade pura do olhar
não importa o preço ou quem venda os óculos.
Wilson Roberto Nogueira
Corre o olhar
ele não quer se deter
tanta destruição
Ainda se vale da fumaça
para não ver o desespero
agarrado na garganta
do urro rasgando o coração
de uma mãe carregando
a filha que poderia vir a ser
uma mãe e de filha
na sua velhice sua mãe
Restos cobertos
esperança estilhaçada.
Soldados tornavam-se assassinos
Estados degeneravam em terroristas
enquanto os próprios em meio às ruínas
uivavam saciados de rubra vitória.
Vitória ?
Wilson Roberto Nogueira
Palestina. 01 Janeiro de 2009
ele não quer se deter
tanta destruição
Ainda se vale da fumaça
para não ver o desespero
agarrado na garganta
do urro rasgando o coração
de uma mãe carregando
a filha que poderia vir a ser
uma mãe e de filha
na sua velhice sua mãe
Restos cobertos
esperança estilhaçada.
Soldados tornavam-se assassinos
Estados degeneravam em terroristas
enquanto os próprios em meio às ruínas
uivavam saciados de rubra vitória.
Vitória ?
Wilson Roberto Nogueira
Palestina. 01 Janeiro de 2009
Eu cá comigo penso se sou o que penso
só leio nas letras vagabundas da rotina
a tediosa vampira sugando a última seiva
da velha árvore estéril que sonha frutos doces
de juventude. É tudo o que faz entre as brumas das eras
a droga do mormaço embasando a vista dos olhos emprestados
dos pássaros, aninhados nos buracos da memória.
Eles tem asas para voar. Ops, um ovo caiu !
Wilson Roberto Nogueira
só leio nas letras vagabundas da rotina
a tediosa vampira sugando a última seiva
da velha árvore estéril que sonha frutos doces
de juventude. É tudo o que faz entre as brumas das eras
a droga do mormaço embasando a vista dos olhos emprestados
dos pássaros, aninhados nos buracos da memória.
Eles tem asas para voar. Ops, um ovo caiu !
Wilson Roberto Nogueira
O coração
acorda a ação
cora
incendeia
acordapálidamas
cálidacaladapranteia
panterapresa na teia
em que tateava
presasonhava
acordada
incendiada
em marés suaves
ora violentas
violetaslentas
lentas e aindamais
sedentas
pelas rochas
encrespadas
crespasvespas
devoram
as vestes das vestais.
Wilson Roberto Nogueira
acorda a ação
cora
incendeia
acordapálidamas
cálidacaladapranteia
panterapresa na teia
em que tateava
presasonhava
acordada
incendiada
em marés suaves
ora violentas
violetaslentas
lentas e aindamais
sedentas
pelas rochas
encrespadas
crespasvespas
devoram
as vestes das vestais.
Wilson Roberto Nogueira
Vendetta
Camisa manchada de sangue
Tremula bandeira no varal
ao sol;
aguardando a sombra pálida
da noite o coração.
Na bala ligeira ou no sorriso do facão.
A conta da terra medida
na desmedida alma do barro irmão
Sandálias herdadas pra seguir as mesmas pegadas
cegos segurando a mão das sombras pálidas
mordida de dês-razão entre a humana plantação.
Na luz a sombra se desfaz no chão e todo o dia
se enluarou de luto e em silêncio gritou:Basta!
Wilson Roberto Nogueira
Tremula bandeira no varal
ao sol;
aguardando a sombra pálida
da noite o coração.
Na bala ligeira ou no sorriso do facão.
A conta da terra medida
na desmedida alma do barro irmão
Sandálias herdadas pra seguir as mesmas pegadas
cegos segurando a mão das sombras pálidas
mordida de dês-razão entre a humana plantação.
Na luz a sombra se desfaz no chão e todo o dia
se enluarou de luto e em silêncio gritou:Basta!
Wilson Roberto Nogueira
O que penso não importa; repenso no remanso e na busca morro no raso,
nada resta do pensado ,ínfimo devir natimorto;
Trôpego apego ao ego, pé em garras tão longe das asas sonham céus que não voaram.
O destino sonda na oportunidade e só encontra vidros vazios de sonhos ,
sondas perdidas morrendo no rio.
Wilson Roberto Nogueira
nada resta do pensado ,ínfimo devir natimorto;
Trôpego apego ao ego, pé em garras tão longe das asas sonham céus que não voaram.
O destino sonda na oportunidade e só encontra vidros vazios de sonhos ,
sondas perdidas morrendo no rio.
Wilson Roberto Nogueira
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