A esfinge em cada beco sem saída com um "berro"
para apagar a tua luz no candeeiro da tua passada.
Atropela o passo o teu passado na dobra do teu segredo,
carregando o peso das tuas ausências e fugas
encara -te os teus lamentos na verdade de tuas chagas
agarrando a carne de tuas angústias,
explodindo de colérica chama o teu último grito
na agulha que te goza de dor a tua morte,
ansiosa amante dando a ti o cálice do teu último vinho
na lembrança do rosto que jamais beijou.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, abril 25, 2006
Sheol
Contando moedas no Scheol,
acumulando pedras na sepultura
barata Samsa visita o túmulo
onde o espectro levanta
a lama pegajosa do lamento,
pasma
placenta da sua história
limbo bolorento de um ser,
mais do que uma baça lembrança
morto para os vivos
e vivo para a casca crocante da barata.
Wilson Roberto Nogueira
Contando moedas no Scheol,
acumulando pedras na sepultura
barata Samsa visita o túmulo
onde o espectro levanta
a lama pegajosa do lamento,
pasma
placenta da sua história
limbo bolorento de um ser,
mais do que uma baça lembrança
morto para os vivos
e vivo para a casca crocante da barata.
Wilson Roberto Nogueira
Shoah Nakba
choveu cinzas da nuvem do meu espírito
memória de fornalha do trabalho que me libertou
atrás do palácio cadaveroso o sorriso do carrasco
secou a sêde de vida e impôs um preço à dignidade
o homem revelou sua face no espelho de sua cólera
cuspindo na face de Deus.
Deus?
Fumaça de pesadêlos sangrando cicatrizes.
Acordo espancado
sou um palestino em Jenin cada movimento meu corpo se rasga com o arame farpado
da fronteira do ódio à sombra das oliveiras.
Wilson Roberto Nogueira
choveu cinzas da nuvem do meu espírito
memória de fornalha do trabalho que me libertou
atrás do palácio cadaveroso o sorriso do carrasco
secou a sêde de vida e impôs um preço à dignidade
o homem revelou sua face no espelho de sua cólera
cuspindo na face de Deus.
Deus?
Fumaça de pesadêlos sangrando cicatrizes.
Acordo espancado
sou um palestino em Jenin cada movimento meu corpo se rasga com o arame farpado
da fronteira do ódio à sombra das oliveiras.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, abril 07, 2006
Fábrica de Folhas
Um abutre pousou no teu fado
Dorme na ignorância o cordeiro
Gerado para ser alimento dos lobos
Dorme cordeiro na ambrosia
Enquanto o festim começa de ti
De suas vísceras mornas
De sua carne morna
Vida de verde herbívora vontade
Logo voltará a alimentar teu alimento
Para novamente saciar as fábricas
Que te processam
Que te digerem.
Cordeiros...
Wilson Roberto Nogueira
Um abutre pousou no teu fado
Dorme na ignorância o cordeiro
Gerado para ser alimento dos lobos
Dorme cordeiro na ambrosia
Enquanto o festim começa de ti
De suas vísceras mornas
De sua carne morna
Vida de verde herbívora vontade
Logo voltará a alimentar teu alimento
Para novamente saciar as fábricas
Que te processam
Que te digerem.
Cordeiros...
Wilson Roberto Nogueira
Assinar:
Postagens (Atom)