Em suma
mesmo morto
no horto derradeiro
não repouso
ouço os talheres
membranosos dos vermes
em festim na farta mesa
das minhas memórias
de Glórias.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, dezembro 01, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
entre destroços a fúria da fome
Perdas
Pedras pretas
presas
caixas-pretas
sob o carvão de corpos
prêsas do destino
do desalinhavado destino
pedras em desatino
esmagando pulmões
libertando pulmôes
libertando vozes de agonia
em meio ao humo
a humedecer de prata liquida
olhares incendiados de fogo invisível
olhares sem prumo de celerados animais
horda huna sem rumo
invadidos pela lua uivam várias adagas de agonia
animais vagando no pranto anônimo da noite
novos pratos fartos
de vis visceras
na saborosa ceia das feras
fitando o horizonte com olhos famintos
viver sob o manto da morte
Wilson Roberto Nogueira
Sorvendo a manhã leitosa
agarrado as Têtas da vida
o vitelo faminto na fresca brisa
na dolente fazenda
espreguiça o sol
saudando o verde
Passa de mão em mão o amargo
enquanto a brisa dança entre a piazada
que dribla a tristeza na ginga da alegria.
Os cachorros do mato se mantém à distância
esperando a noite alcoviteira
para uivar a fome e comer em sonhos algumas galinhas
dos ovos que não são de ouro.
No mas...
Wilson Roberto Nogueira
agarrado as Têtas da vida
o vitelo faminto na fresca brisa
na dolente fazenda
espreguiça o sol
saudando o verde
Passa de mão em mão o amargo
enquanto a brisa dança entre a piazada
que dribla a tristeza na ginga da alegria.
Os cachorros do mato se mantém à distância
esperando a noite alcoviteira
para uivar a fome e comer em sonhos algumas galinhas
dos ovos que não são de ouro.
No mas...
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, novembro 12, 2007
terça-feira, novembro 06, 2007
Parlamento
-Um aparte nobre colega?!
-Sim ,a devida parte que lhe cabe neste latifúndio.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, outubro 30, 2007
Revolução fantasma
Tantas pessoas morrem
eu vi
Tantas
tontas mortes
enterradas
na ampulheta
da história.
Demora a sangrar
as cicatrizes da memória
nos cortes profundos
da escória que não escolhe
a morte mas a morte a escolhe.
Enterrada sob rochas do esquecimento
o piso rubro dos monumentos.
camponeses e proletários
lumpem
caminham em sombras cobrindo
o velho fantasma...
Pode demorar a sangrar
as cicatrizes da lembrança
única tua herança
pó ao vento ferindo os olhos das feras.
Uma pedra na laje rachada.
Corte no tecido do teu trajar.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, outubro 24, 2007
Nas calçadas pipocam luzes a cada golpe de suor das nuvens;
Várias fendas abrem-se na alma da pele
a cada toque de lágrima sidérea.
A chuva -um lamento misturado ao barro e ao cimento
da urbe bêbada sarjeta da modernidade.
O novo século oculto sob densa fumaça ainda respira
o cadáver do insepulto corpo do século XX
o qual vaga a procurar as ruínas de suas lembranças
mais caras ,entre gotas de esperança as quais teimam
em cair dos céus.
A cada passo .tropeça nas pedras da dúvida e do mêdo,
agigantam-se fantasmas do passado que adquiriram a carne de aço
dos corpos nas cinzentas paisagens urbanas
paisagens da humanidade estéril transacionada merca doria nas Bolsas
do valor sem face nos caminhos invisíveis das vozes sem espírito ou morada.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, outubro 19, 2007
Muro da Palestina
No meio da rua um Muro
no meio do caminho uma familia
uma caminhando para um lado
outra para outro
O véu ígneo tocado pelas mãos saudosas
de irmãs órfãs
A pele do asfalto o sol da manhã
a caminhada é longa
e as feridas da memoria não cicatrizam.
Cada uma tocando a face fria da intolerância
na esperança que um sorriso-uma fenda de felicidade
restitua a dignidade a todo um povo.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 26, 2007
O queijo que exala do pé da palavra
o hálito na voz de pão-de-queijo da
mineira lembrança
na fumaça da vingança
escondido
o pano da vida
roído pelo rato da mágoa
a poça pastosa na àgora repleta
de olhos espelhando escudos de sóis
luzes de perdão
máscaras de atores na praça
de armas
armados de sorrisos
a fumaça se dispersa
hostes derrotadas
esperança...
dia antes de morrer
com um segundo de sorriso.
centavo de vida.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 12, 2007
quinta-feira, setembro 06, 2007
quinta-feira, agosto 09, 2007
Mordidas da morgue
A cada passo o preço apressado da ampulheta
só o passado tão presente,
tão presente quão engolidora é sua sombra
fria decomposição do futuro
a germinar novas formas em velhas
encarquilhadas fôrmas de quilhas
em frangalhos de gaLeões naúfragos
palácios de tubarões no cio silêncioso
da morte.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, agosto 04, 2007
Abandonara a advocacia perdendo-se na selva do auto abandono até encontrar a senda do sucesso ao beber das palavras do poema "Abandono".Encontrou-se na solidez contida,oculta.Foi ser poeta na vida-sem rosto,sem tostão nem guarida,mas ainda,um Ser Social.Onde mais do que à construir edifícios do pensamento onde habitam almas livres.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, agosto 03, 2007
quarta-feira, julho 25, 2007
"Toda estética contém uma ética"
Sou um amaldiçoado marxista ,portanto a lente que uso para ver a elite economica da província é aquela mesma e se trata de expor as entranhas em público e correr o risco de receber as pedradas por colocar outras cores nas "belas paisagens"-por romper o laço da resposta esperada a comodidade burguesa.
A contundência das letras ásperas daqueles arames farpados de nervos e sangue tão incomodos às narinas e a pele da sociedade afluente.Sou o que escrevo e não lamento por isso.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, julho 21, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
Havia um excesso de dias na vida dele
que ele varria para dentro da escuridão,
atrás da porta pesada da solidão.
seus sonhos tungados
no sabor amaro do café com sangue
saindo da gengiva na boca de sepultos ósculos
a arrastar correntes nos corredores empoeirados
da pensão do poeta- aleijão.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, julho 17, 2007
quarta-feira, julho 11, 2007
sábado, junho 23, 2007
quinta-feira, junho 14, 2007
sábado, junho 02, 2007
sexta-feira, junho 01, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
Um aparte?
A parte que te cabe neste latifundio.
A lápide partida-pedras à testemunhar
ruínas de ideais -as pedras protestam
em silêncio,
em nome das utopias-
pias batismais de infâncias perdidas
nas lides das casas de tolerância-
envilecidas artes da maturidade apodrecida da polis
Carvão restara do verdor da militância
em prol da vida que pulsara rubra nas bandeiras das artérias,
da pele da revolta sã da indignação cidadã.
Menos que o coração das ruas pulsando sóis.
Mais no diamante dos olhos das crianças
ao fitar o horizonte que em luto anoitecia.
Ideais em ruínas atrás das pinturas das Marinas,
dos mármores e cristais dos lustres e que tais !
A fachada soberba do Palácio-
pobre Versalhes!
E lá fora o povo faminto por justiça clama
e a chama da revolta espelha rios de sangue-Enquanto
a luz féerica dos fogos do derradeiro banquete da Côrte
cega os comensais parasitas
que prestes a perderem a seiva de seu hospedeiro
irmanan-se com a vítima à beira do abismo.
E a chama da revolta se confunde com o incêndio
dos milhões de fogos de artifício
enquanto os Nobres Colegas se empanturram.
De Quê?
Blá Blá Blá e meus cobres para cá!
Wilson Roberto Nogueira
A parte que te cabe neste latifundio.
A lápide partida-pedras à testemunhar
ruínas de ideais -as pedras protestam
em silêncio,
em nome das utopias-
pias batismais de infâncias perdidas
nas lides das casas de tolerância-
envilecidas artes da maturidade apodrecida da polis
Carvão restara do verdor da militância
em prol da vida que pulsara rubra nas bandeiras das artérias,
da pele da revolta sã da indignação cidadã.
Menos que o coração das ruas pulsando sóis.
Mais no diamante dos olhos das crianças
ao fitar o horizonte que em luto anoitecia.
Ideais em ruínas atrás das pinturas das Marinas,
dos mármores e cristais dos lustres e que tais !
A fachada soberba do Palácio-
pobre Versalhes!
E lá fora o povo faminto por justiça clama
e a chama da revolta espelha rios de sangue-Enquanto
a luz féerica dos fogos do derradeiro banquete da Côrte
cega os comensais parasitas
que prestes a perderem a seiva de seu hospedeiro
irmanan-se com a vítima à beira do abismo.
E a chama da revolta se confunde com o incêndio
dos milhões de fogos de artifício
enquanto os Nobres Colegas se empanturram.
De Quê?
Blá Blá Blá e meus cobres para cá!
Wilson Roberto Nogueira
Eu Sou só o sopro da Palavra
O Verbo vertendo a verde verdade
água cristalina do principio da vida
viscejando nas vísceras do tempo
temperado pela lava-seiva de fogo liquido
nas veias das selvas fósseis da alma
Sombras bravias de breves maldições
semeadas com o sêmen dos furacões
Agora deserto de pedra
onde se esgueirão
escorpiões à bailar com serpes sapientes
de ilusões.
Wilson Nogueira
O Verbo vertendo a verde verdade
água cristalina do principio da vida
viscejando nas vísceras do tempo
temperado pela lava-seiva de fogo liquido
nas veias das selvas fósseis da alma
Sombras bravias de breves maldições
semeadas com o sêmen dos furacões
Agora deserto de pedra
onde se esgueirão
escorpiões à bailar com serpes sapientes
de ilusões.
Wilson Nogueira
sábado, maio 26, 2007
Encharcado de alccol-Fogo invisível
logo aluz de uma tocha
A vida de um réptil no charco
agora alma irmã da manhã-um incêndio doirado
e rubro -a pintura celeste sobre o trigal
Vento levando para longe a Boa Nova
Um escravo do vício alforriado
Mas o pântano continua imutável
E o Paraíso-engôdo de uma alma ébria
em concupscência com a nuvem
Inverno astral em perfeito carnaval
compor a vida escrachado.
Wilson Roberto Nogueira
logo aluz de uma tocha
A vida de um réptil no charco
agora alma irmã da manhã-um incêndio doirado
e rubro -a pintura celeste sobre o trigal
Vento levando para longe a Boa Nova
Um escravo do vício alforriado
Mas o pântano continua imutável
E o Paraíso-engôdo de uma alma ébria
em concupscência com a nuvem
Inverno astral em perfeito carnaval
compor a vida escrachado.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, maio 15, 2007
EnconTRASTES o que vestir
na pele morta da urbe
Trastes de carne devorada
pela voraz rameira de seus becos
beijados pela língua da besta.
Abençoada maldição do sangue
que escorre como lava lavando-te dos pecados
apagando-te a consciência na erupção do teu vício
ENCONtrastes o que vestir no casaco que é a tua casca
a tua casa
onde habitam os teus pesadêlos e loucos devaneios.
como nos passos das tuas caminhadas
engolidas pela chuva de punhais das tuas lembranças
a escorrer seiva negra das escritas secretas do tempo
no teu corpo de fantasma.
Wilson Roberto Nogueira
na pele morta da urbe
Trastes de carne devorada
pela voraz rameira de seus becos
beijados pela língua da besta.
Abençoada maldição do sangue
que escorre como lava lavando-te dos pecados
apagando-te a consciência na erupção do teu vício
ENCONtrastes o que vestir no casaco que é a tua casca
a tua casa
onde habitam os teus pesadêlos e loucos devaneios.
como nos passos das tuas caminhadas
engolidas pela chuva de punhais das tuas lembranças
a escorrer seiva negra das escritas secretas do tempo
no teu corpo de fantasma.
Wilson Roberto Nogueira
flanando
Um voyeur do cotidiano a andar como quem navega
em calmaria no olho do huracán da meta metrópolis-
e nós daqui -dos seus escombros
ombros arcados
humanos encaixotados
ocos em nossas ocas pós qualquer coisa
coisificados no liquidificante urbaneurastenico
cotidiano
cotas de nosso couro a cada dia no mate douro
nas vitrines do big brother da Hipervelocida
vida escrava vagaba do travail soleil do circus
onde come-se e se come o pão do inferno
na esquina da putaria da padaria na banda esquerda
da bunda onde tu fodido foi chutado proleta de proveta
vai -corre robô pra fábrica de superfluos fluores de espíritos
empedrados nas paredes ocas de casas sem móveis sem janelas
sem luzes.
Wilson Roberto Nogueira
Um voyeur do cotidiano a andar como quem navega
em calmaria no olho do huracán da meta metrópolis-
e nós daqui -dos seus escombros
ombros arcados
humanos encaixotados
ocos em nossas ocas pós qualquer coisa
coisificados no liquidificante urbaneurastenico
cotidiano
cotas de nosso couro a cada dia no mate douro
nas vitrines do big brother da Hipervelocida
vida escrava vagaba do travail soleil do circus
onde come-se e se come o pão do inferno
na esquina da putaria da padaria na banda esquerda
da bunda onde tu fodido foi chutado proleta de proveta
vai -corre robô pra fábrica de superfluos fluores de espíritos
empedrados nas paredes ocas de casas sem móveis sem janelas
sem luzes.
Wilson Roberto Nogueira
Zanzam zumbis nas quebradas da urbe cansada
empoeirados caminhos de destinos incertos(inocentes?)
tropeçam nos restos que vastejam em suas vielas escuras
Vastos ventos sopram em surdina,
espreitando
esperando o tropeço da razão no solilóquio de espíritos partidos.
Passos pesados arrastam ruínas
carregam mundos abandonados de sol
as trevas silenciam sobre as caixas de papelão
entorpecidas pedras humanas
não sangram nos sonhos
como sangram no cotidiano caminhar
Pedras que sangram iluminadas pelo sol
penetrados pela morte que sorri no açoitar da madrugada
Mais um dia a abrir-lhe os espelhos do labirinto,
onde curvado cata os restos da manhã.
Não é nada-
É um saco de lixo escondido na calçada.
Um sôco na boca do estomago de deus Pai.
Wilson Roberto Nogueira
empoeirados caminhos de destinos incertos(inocentes?)
tropeçam nos restos que vastejam em suas vielas escuras
Vastos ventos sopram em surdina,
espreitando
esperando o tropeço da razão no solilóquio de espíritos partidos.
Passos pesados arrastam ruínas
carregam mundos abandonados de sol
as trevas silenciam sobre as caixas de papelão
entorpecidas pedras humanas
não sangram nos sonhos
como sangram no cotidiano caminhar
Pedras que sangram iluminadas pelo sol
penetrados pela morte que sorri no açoitar da madrugada
Mais um dia a abrir-lhe os espelhos do labirinto,
onde curvado cata os restos da manhã.
Não é nada-
É um saco de lixo escondido na calçada.
Um sôco na boca do estomago de deus Pai.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, maio 14, 2007
quarta-feira, maio 09, 2007
Eu não como e a fome me come de pesadelos de bacanais
-maminhas,chuletas e que tais.A tortura das carnes
acabei por comer tal qual um porco,
comendo com uma dentada de angústia todos os lábios secretos ,
angústia por saber não poder voltar a comer naquela gargalhada de grelhas
de tua manga elétrica da qual acabei acorrentado.
kakosdamoiesteros
-maminhas,chuletas e que tais.A tortura das carnes
acabei por comer tal qual um porco,
comendo com uma dentada de angústia todos os lábios secretos ,
angústia por saber não poder voltar a comer naquela gargalhada de grelhas
de tua manga elétrica da qual acabei acorrentado.
kakosdamoiesteros
sexta-feira, abril 27, 2007
Maresias
A juventude da esperança morreu em mim
na cova rasa da desilusão
a última ceia servida fria de cinismo.
A máscara de cêra a derreter na asia
do último trago cambaleante
de desilusão tragado.
A fumar a fumaça
etérea lembrança lâmbida na alma
pálida
funesta
fumegante humorejando num mar de vagas
lembranças
herança corrente do destino
presa ao pescoço do viver
clandestino.
falsa âncora
passado sem futuro máscara sem rosto.
morada de lampréias.
Wilson Roberto Nogueira
A juventude da esperança morreu em mim
na cova rasa da desilusão
a última ceia servida fria de cinismo.
A máscara de cêra a derreter na asia
do último trago cambaleante
de desilusão tragado.
A fumar a fumaça
etérea lembrança lâmbida na alma
pálida
funesta
fumegante humorejando num mar de vagas
lembranças
herança corrente do destino
presa ao pescoço do viver
clandestino.
falsa âncora
passado sem futuro máscara sem rosto.
morada de lampréias.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, março 12, 2007
O corpo da flor suava vinho
uva amarga de dor
ferida parida de espinhos
penetrando nos espelhos
liquidos de seiva
na saliva vermelha do amor.
A almaflamejava fumaça e torpor
no torno que tornava a tornear o corpo da dor
dos lábios da alma da pequenina flor
alimentando a fome do ferro da faca
que em frangalhos a amava
lava lavando de dor o prazer da fumaça
do perfume da trapaça
na relva-a lágrima do orvalho
navalha de sol de uma nova manhã.
Wilson Roberto Nogueira
uva amarga de dor
ferida parida de espinhos
penetrando nos espelhos
liquidos de seiva
na saliva vermelha do amor.
A almaflamejava fumaça e torpor
no torno que tornava a tornear o corpo da dor
dos lábios da alma da pequenina flor
alimentando a fome do ferro da faca
que em frangalhos a amava
lava lavando de dor o prazer da fumaça
do perfume da trapaça
na relva-a lágrima do orvalho
navalha de sol de uma nova manhã.
Wilson Roberto Nogueira
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