quarta-feira, outubro 24, 2007

Nas calçadas pipocam luzes a cada golpe de suor das nuvens;
Várias fendas abrem-se na alma da pele
a cada toque de lágrima sidérea.
A chuva -um lamento misturado ao barro e ao cimento
da urbe bêbada sarjeta da modernidade.
O novo século oculto sob densa fumaça ainda respira
o cadáver do insepulto corpo do século XX
o qual vaga a procurar as ruínas de suas lembranças
mais caras ,entre gotas de esperança as quais teimam
em cair dos céus.
A cada passo .tropeça nas pedras da dúvida e do mêdo,
agigantam-se fantasmas do passado que adquiriram a carne de aço
dos corpos nas cinzentas paisagens urbanas
paisagens da humanidade estéril transacionada merca doria nas Bolsas
do valor sem face nos caminhos invisíveis das vozes sem espírito ou morada.
Wilson Roberto Nogueira

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