segunda-feira, março 21, 2011
O racista e a alteridade
Detesto marcianos.Basta alguém se comportar como alién que. Pronto me causa mossa e as vezes me surpreendo tão diferente de mim que não me percebo no olhar do outro. sou eu próprio um alién.Não aceitar-me como sou, verde sob a pele branca escorre sangue verde.É a minha natureza que repilo em ti .A semelhança ne diferença é a vóz que estrila nos nervos e rasga a cor tão igual e tão morna da homogeneidade.Ou seria somente a introjeção da rejeição?
Wilson Roberto Nogueira
quinta-feira, março 17, 2011
Sobra-me pouco tempo e com esse calor ..."cheiroso à urubu da estepe "
não vejo mais ninguém... estarei cego?Estaremos cegos
em algum trecho do livro do Saramago ou do filme do Meirelles?
As cores das vozes brilham ?
Ainda não...
Será que ainda tem cura?
Só bebendo felicidade ...para ver o sol parir a lua sorrindo pra gente
e não importa se a realidade é banguela e tem mal hálito;
vinho bom é uma boa conversa com quem gostamos como essa que estamos tendo agora.
" Essas são ótimas, só são superadas quando ao vivo e a cores nos encontramos de verdade, nada virtual"
Reclamo tanto do virtual, mas é aqui que encontro outros das quais gosto de conversar
Reclamo e mesmo aqui, anda difícil o encontro
o tempo voa tão rápido que acaba sumindo e nos consumindo
Manhã, tarde no trampo e a noite estou meio apagadaço.
" trabalhar dá muito trabalho, né?"
Modernidade mastiga nossa vida e não nos sobra muito de nós depois.
dá muita raiva que ferve a vida de alegria, é uma pressão !
"Alegria fugaz... essa não conta"
Uma alegria que ri de si e de nós
e com os dentes pra fora pensamos que nos devora, mas ensina.
Fome fome...não me lembre, não a chame que ela pode se perder no caminho
enquanto como letras, comerão o falar num rugido de saudades .
Vida...bah !
Wilson Roberto Nogueira
não vejo mais ninguém... estarei cego?Estaremos cegos
em algum trecho do livro do Saramago ou do filme do Meirelles?
As cores das vozes brilham ?
Ainda não...
Será que ainda tem cura?
Só bebendo felicidade ...para ver o sol parir a lua sorrindo pra gente
e não importa se a realidade é banguela e tem mal hálito;
vinho bom é uma boa conversa com quem gostamos como essa que estamos tendo agora.
" Essas são ótimas, só são superadas quando ao vivo e a cores nos encontramos de verdade, nada virtual"
Reclamo tanto do virtual, mas é aqui que encontro outros das quais gosto de conversar
Reclamo e mesmo aqui, anda difícil o encontro
o tempo voa tão rápido que acaba sumindo e nos consumindo
Manhã, tarde no trampo e a noite estou meio apagadaço.
" trabalhar dá muito trabalho, né?"
Modernidade mastiga nossa vida e não nos sobra muito de nós depois.
dá muita raiva que ferve a vida de alegria, é uma pressão !
"Alegria fugaz... essa não conta"
Uma alegria que ri de si e de nós
e com os dentes pra fora pensamos que nos devora, mas ensina.
Fome fome...não me lembre, não a chame que ela pode se perder no caminho
enquanto como letras, comerão o falar num rugido de saudades .
Vida...bah !
Wilson Roberto Nogueira
-Aquela motorista !
-Qual motorista?
-Você foi pra lá e tinha uma motorista do bus...?
Os franceses não são simpáticos com quem não fala francês.”Pardón,s'il vous plaît"
A motorista que fumava feito uma chaminé e dirigia xingando os outros motoristas até cair o cigarro na calça e...ela não gostou
Homem, O que voce está esperando?
O bus passar com outra motorista, bonita e que não fume;
agora só vejo aqueles de cara de travesseiro amassado;
já algum tempo longe do sol, sabe como é...? estou igualzinho !
Disseram que preciso andar no parque, enquanto tiver sol...
Quando sai, vi um gato imenso de gordo que subiu com espantosa agilidade o muro de uma casa.Perguntei, como é que o chinês não viu .Quantas esfihas não daria !Fiquei com raiva. não consigo mais me abaixar sem que minhas costas protestem.
Wilson Roberto Nogueira
-Qual motorista?
-Você foi pra lá e tinha uma motorista do bus...?
Os franceses não são simpáticos com quem não fala francês.”Pardón,s'il vous plaît"
A motorista que fumava feito uma chaminé e dirigia xingando os outros motoristas até cair o cigarro na calça e...ela não gostou
Homem, O que voce está esperando?
O bus passar com outra motorista, bonita e que não fume;
agora só vejo aqueles de cara de travesseiro amassado;
já algum tempo longe do sol, sabe como é...? estou igualzinho !
Disseram que preciso andar no parque, enquanto tiver sol...
Quando sai, vi um gato imenso de gordo que subiu com espantosa agilidade o muro de uma casa.Perguntei, como é que o chinês não viu .Quantas esfihas não daria !Fiquei com raiva. não consigo mais me abaixar sem que minhas costas protestem.
Wilson Roberto Nogueira
Perin: voce recebeu meu email falando do Luarino , né?
preciso de novo ligar pra ele
foi feio o negócio, ele quase foi
Wilson: espero que tenha sido bem ruim pro vaso não quebrar
e só trincar um tiquinho
Perin: acho q deixou marcas bem profundas
Wilson: "Vaso ruim não quebra "
não quebrou...bom sinal.
Desculpe com isso não se brinca ;
a morte é que brinca com a gente
Perin: essa brincadeira é politicamente correta
e certeira
resta-nos aguardar
Wilson: ela se faz de dificil, quando não ligamos pra ela ela se derrete pra gente ...é aí que mora o perigo !
Perin: bem isso
mas flertar com ela... não quero
Wilson: não, só quando ela não estiver olhando,
olho ela quando vai e assobio !
Perin: e se ela se voltar?
Wilson: aí faço como aquele cachorro que persegue o caminhão na fazenda...
Perin: melhor não assobiar, vai q ela goste
Wilson: é ..faço uma festa mas rezo para que ela ache pobre
e vá voando no hálito da madrugada.
Wilson Roberto Nogueira e Deisi Perin
preciso de novo ligar pra ele
foi feio o negócio, ele quase foi
Wilson: espero que tenha sido bem ruim pro vaso não quebrar
e só trincar um tiquinho
Perin: acho q deixou marcas bem profundas
Wilson: "Vaso ruim não quebra "
não quebrou...bom sinal.
Desculpe com isso não se brinca ;
a morte é que brinca com a gente
Perin: essa brincadeira é politicamente correta
e certeira
resta-nos aguardar
Wilson: ela se faz de dificil, quando não ligamos pra ela ela se derrete pra gente ...é aí que mora o perigo !
Perin: bem isso
mas flertar com ela... não quero
Wilson: não, só quando ela não estiver olhando,
olho ela quando vai e assobio !
Perin: e se ela se voltar?
Wilson: aí faço como aquele cachorro que persegue o caminhão na fazenda...
Perin: melhor não assobiar, vai q ela goste
Wilson: é ..faço uma festa mas rezo para que ela ache pobre
e vá voando no hálito da madrugada.
Wilson Roberto Nogueira e Deisi Perin
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wilson nogueira e Deisi Perin
segunda-feira, março 14, 2011
Rumorejos de Pinsk
A Belarus dos bosques e pântanos.
Um ramo de trigo para dar sorte e o sorriso de uma camponesa para fazer valer a vida.
Russa ou polonesa, não importa é bela esta eslava meio lua cheia de sol que explode no olhar.
Ela dança no meio da incerteza zombando dos lobos sempre à espreita,são só sombras atrás dos ciprestes.
Ter medo nem do medo quando anoitece em chuvas de metal ou nuvens de ácido invisível.
Parte telúrica de fé sidérea mais sólida que o clamor das espadas; arados em terra fértil germinando esperanças paridas na dor e sangue.
Para lá da aldeia o bobo desconcerta malandros e sábios em ludica matreirice de uma criança de Deus sob o olhar severo do patriarca judeu a cofiar a ancestral barba.
Assim os séculos passam na aldeia mujique a sorrir.
Wilson Roberto Nogueira
Um ramo de trigo para dar sorte e o sorriso de uma camponesa para fazer valer a vida.
Russa ou polonesa, não importa é bela esta eslava meio lua cheia de sol que explode no olhar.
Ela dança no meio da incerteza zombando dos lobos sempre à espreita,são só sombras atrás dos ciprestes.
Ter medo nem do medo quando anoitece em chuvas de metal ou nuvens de ácido invisível.
Parte telúrica de fé sidérea mais sólida que o clamor das espadas; arados em terra fértil germinando esperanças paridas na dor e sangue.
Para lá da aldeia o bobo desconcerta malandros e sábios em ludica matreirice de uma criança de Deus sob o olhar severo do patriarca judeu a cofiar a ancestral barba.
Assim os séculos passam na aldeia mujique a sorrir.
Wilson Roberto Nogueira
domingo, março 13, 2011
Inanição
Aquele que fala com a boca que come o vento
sopra e não cala o lamento
A fome me lava de sofrimento
faz-me larva da alma
no meu sepultamento.
O vento se arma no pensamento
e nado no vazio sem ver as setas
sem sentir o sangue
só a tempestade e depois o silêncio
só o silêncio sufocando o grito.
Morte te abraça num acalanto
e na sua melodia soma no silêncio
tu fumaça se despede.
Wilson Roberto Nogueira
sopra e não cala o lamento
A fome me lava de sofrimento
faz-me larva da alma
no meu sepultamento.
O vento se arma no pensamento
e nado no vazio sem ver as setas
sem sentir o sangue
só a tempestade e depois o silêncio
só o silêncio sufocando o grito.
Morte te abraça num acalanto
e na sua melodia soma no silêncio
tu fumaça se despede.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, março 07, 2011
domingo, março 06, 2011
Chuva fina na madrugada.Motorista perdido.Chegada no velório.
A nuquinha do velho pai acusava
a profecia de não ficar para semente
jamais ,entretanto, estaria ausente, avisava.
A chuva gelada e fina da madrugada disfarçava o tremor do filho em ver o pai no caixão, afinal era machão e se tremia era de frio.Não havia por quê ver naquele boneco tão corado, tão mais corado do que jamais esteve em vida só a carcaça de um ritual .a piada seria dita pelo próprio defunto se pudessem ouví-lo ou se pudesse dize-lo.A viúva sorriu, deve ter escutado a piada,principalmente depois de terem entregue o corpo errado.
Coisas de cidade grande.O médico diz na lata que o marido, o pai vai morrer.Que na hora de enterrar demoram duzias de horas e depois entregam o presunto errado,parece que é assim que veem o corpo de nosso pai,como uma mercadoria "delivery".
Bom, isso morre por aqui.Só a lembrança mora em algum lugar, até ser despejada do jazigo da memória por falta de pagamento.
Wilson Roberto Nogueira
A nuquinha do velho pai acusava
a profecia de não ficar para semente
jamais ,entretanto, estaria ausente, avisava.
A chuva gelada e fina da madrugada disfarçava o tremor do filho em ver o pai no caixão, afinal era machão e se tremia era de frio.Não havia por quê ver naquele boneco tão corado, tão mais corado do que jamais esteve em vida só a carcaça de um ritual .a piada seria dita pelo próprio defunto se pudessem ouví-lo ou se pudesse dize-lo.A viúva sorriu, deve ter escutado a piada,principalmente depois de terem entregue o corpo errado.
Coisas de cidade grande.O médico diz na lata que o marido, o pai vai morrer.Que na hora de enterrar demoram duzias de horas e depois entregam o presunto errado,parece que é assim que veem o corpo de nosso pai,como uma mercadoria "delivery".
Bom, isso morre por aqui.Só a lembrança mora em algum lugar, até ser despejada do jazigo da memória por falta de pagamento.
Wilson Roberto Nogueira
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