Ela estava no supermercado e lhe perguntou se ele lembrava daquela música...
Absorto em seus pensamentos não respondeu; recordava que Anna outro dia insinuara para assistirem a uma película.Sutil convite desconversado por seu bolso vazio e orgulhoso.Puxando o carrinho conduzia para mais uma escada longe do coração dela,o qual resfriava-se à porta de saída, com um pé a sair e outro com pena de si por ter perdido tanto tempo.
Wilson Roberto Nogueira
domingo, outubro 31, 2010
Existem três tipos de vagabundos; a espécie que reportarei pode ser vista nos parques.
Aquele logo ali: um saco rasgado de estopa pleno de baratas à espera da morte, ela contudo, enojada, dele não se aproxima.Segue coberto pelo negror a esconder-se da luz ,o zumbi a escutar ,perseguido por um zumbido a suplicar em meio a algazarra de ecos de espelhos partidos à pedradas, por um cérebro ,enquanto caem mais pedras e mais sugado é sugado pelo vazio seu rosto.Resta a revolta cega por mais umas gramas de lápide anônima.a morte aguarda, o quê nem ela sabe.
"Só o sombra sabe!"
como está difícil encontrar neste pântano
alguma esperança na forma de uma flor.
sobram serpentes.
Wilson Roberto Nogueira
Aquele logo ali: um saco rasgado de estopa pleno de baratas à espera da morte, ela contudo, enojada, dele não se aproxima.Segue coberto pelo negror a esconder-se da luz ,o zumbi a escutar ,perseguido por um zumbido a suplicar em meio a algazarra de ecos de espelhos partidos à pedradas, por um cérebro ,enquanto caem mais pedras e mais sugado é sugado pelo vazio seu rosto.Resta a revolta cega por mais umas gramas de lápide anônima.a morte aguarda, o quê nem ela sabe.
"Só o sombra sabe!"
como está difícil encontrar neste pântano
alguma esperança na forma de uma flor.
sobram serpentes.
Wilson Roberto Nogueira
-Foi um tiro?
-Não, por que?
-Tarde demais, o velhinho enfartou.
-Cano de escape assassino !
-Quando não é a poluição é o terrorismo da notícia a invadir o bairro antes do criminoso ter o impulso de matar.
-Morre-se pagando antecipadamente a dívida de se morar morrendo de mêdo da cidadezinha virar metrópole.
-Prefiro assim, não pago prestação;sem previdência sou proibido de envelhecer.
-Só a sorte,sobrar esquecido da morte quão vaso bom serei pra trincar.Sabe Deus !
-Se existe, é surdo.
-Gato preto passou !
-Que felicidade na minha favela;gato mia em cima nos fios e embaixo nos becos e latas de lixo.Morre de fome ,nem espinha de sardinha encontra.Na pastelaria nem sombra.
- O chinês não tem mais pastel de carne.
Wilson Roberto Nogueira
-Não, por que?
-Tarde demais, o velhinho enfartou.
-Cano de escape assassino !
-Quando não é a poluição é o terrorismo da notícia a invadir o bairro antes do criminoso ter o impulso de matar.
-Morre-se pagando antecipadamente a dívida de se morar morrendo de mêdo da cidadezinha virar metrópole.
-Prefiro assim, não pago prestação;sem previdência sou proibido de envelhecer.
-Só a sorte,sobrar esquecido da morte quão vaso bom serei pra trincar.Sabe Deus !
-Se existe, é surdo.
-Gato preto passou !
-Que felicidade na minha favela;gato mia em cima nos fios e embaixo nos becos e latas de lixo.Morre de fome ,nem espinha de sardinha encontra.Na pastelaria nem sombra.
- O chinês não tem mais pastel de carne.
Wilson Roberto Nogueira
Uma trama em chamas cercando de drama
a boléia das idéias ,enquanto a putinha
sobe sem ter noção se descerá.
Se alguém a verá um dia crescer livre
sem ser chamada de vadia.
Ser só uma menina e ter sonhos ainda.
E essa estrada tão curta ,não finda.
Sem flores nem guarida
êta vida pelo cão parida.
Wilson Roberto Nogueira
a boléia das idéias ,enquanto a putinha
sobe sem ter noção se descerá.
Se alguém a verá um dia crescer livre
sem ser chamada de vadia.
Ser só uma menina e ter sonhos ainda.
E essa estrada tão curta ,não finda.
Sem flores nem guarida
êta vida pelo cão parida.
Wilson Roberto Nogueira
Noventa novenas para a névoa em forma de sombra
sobras de uma vida que dançava na tempestade
sonhando ser água pura fervendo no asfalto
marcas do silêncio no caminhar maldito da memória.
reza a estória que o fantasma sem nome alimentava-se
da fome, da guerra e da peste.Faminto de fome não passou;
da guerra bebeu todo o sangue; a peste sua assinatura nas crianças que não nasceram.
O espectro do esqueleto imortal perseguia a bruxa, a macróbia camponesa pelos campos radioativos e rios, que suplicavam água para viver.Voraz silêncio depois da chuva de metal semeando campas em aldeias- lápides
só o fogo iluminando a lua ausente ao entardecer.
Wilson Roberto Nogueira
sobras de uma vida que dançava na tempestade
sonhando ser água pura fervendo no asfalto
marcas do silêncio no caminhar maldito da memória.
reza a estória que o fantasma sem nome alimentava-se
da fome, da guerra e da peste.Faminto de fome não passou;
da guerra bebeu todo o sangue; a peste sua assinatura nas crianças que não nasceram.
O espectro do esqueleto imortal perseguia a bruxa, a macróbia camponesa pelos campos radioativos e rios, que suplicavam água para viver.Voraz silêncio depois da chuva de metal semeando campas em aldeias- lápides
só o fogo iluminando a lua ausente ao entardecer.
Wilson Roberto Nogueira
Alcachofra
O alfange de chofre
corta a alga no alcool
tudo tem "al" no nome
uns nasceram árabes outra
alga alguma dá sabor ao saber
só arak com chocolate amargo
para adoçar o deserto da vida
haja tâmara na memória da miragem !
Wilson Roberto Nogueira
corta a alga no alcool
tudo tem "al" no nome
uns nasceram árabes outra
alga alguma dá sabor ao saber
só arak com chocolate amargo
para adoçar o deserto da vida
haja tâmara na memória da miragem !
Wilson Roberto Nogueira
sábado, outubro 30, 2010
A última con sorte ?
A vida dera-lhe tantos socos , que o tapete de pele de sua face
mal servia de testemunha à sua história.
As ruínas não passavam de um monturo onde pele e dentes
desertavam da palidez; a própria face fugia de si , afogava-se
nos poços negros de olhos sem espelho.
O sentimento não mais escorria, escorria apenas a baba bovina
no hálito de catacumba . Não mais a provar o néctar na seda úmida de uns lábios de mulher.
A carne já não lhe dizia, silenciara a espera dos passos balbuciantes da companheira; deitado e a incaroavel por mais uma noite lhe negara a visita.
Wilson Roberto Nogueira. A última consorte
Quando a margem esquerda do rio secar,
sonhará em mosaico
caminhos ao poente.
Wilson Roberto Nogueira
mal servia de testemunha à sua história.
As ruínas não passavam de um monturo onde pele e dentes
desertavam da palidez; a própria face fugia de si , afogava-se
nos poços negros de olhos sem espelho.
O sentimento não mais escorria, escorria apenas a baba bovina
no hálito de catacumba . Não mais a provar o néctar na seda úmida de uns lábios de mulher.
A carne já não lhe dizia, silenciara a espera dos passos balbuciantes da companheira; deitado e a incaroavel por mais uma noite lhe negara a visita.
Wilson Roberto Nogueira. A última consorte
Quando a margem esquerda do rio secar,
sonhará em mosaico
caminhos ao poente.
Wilson Roberto Nogueira
Amazoníada
I
redenção
na rede a ação
do sonho
embalado pelo mar
o navio-gaiola tristonho
a navegar.
Wilson Roberto Nogueira.
redenção
na rede a ação
do sonho
embalado pelo mar
o navio-gaiola tristonho
a navegar.
Wilson Roberto Nogueira.
Africando Só
Vou ficando
Africando
só.
lapidando dor
para gerar diamante.
Olhos ainda brilham
perdidos nos buracos
do que foi verde um dia
Selva de pedra
carvão de gente
sofrer sorrindo
correndo a bola
esquecendo a bala
o machado achando
um braço
galho cortando
a mão invisível do mercado
exibindo a translúcidez do luxo
na mercenária colheita de corpos.
Olhos que sonham estrelas
sob o generoso céu africano
celebração de esperança
sobre o desespero vai ficando
africando só.
Wilson Roberto Nogueira .
Africando
só.
lapidando dor
para gerar diamante.
Olhos ainda brilham
perdidos nos buracos
do que foi verde um dia
Selva de pedra
carvão de gente
sofrer sorrindo
correndo a bola
esquecendo a bala
o machado achando
um braço
galho cortando
a mão invisível do mercado
exibindo a translúcidez do luxo
na mercenária colheita de corpos.
Olhos que sonham estrelas
sob o generoso céu africano
celebração de esperança
sobre o desespero vai ficando
africando só.
Wilson Roberto Nogueira .
Entre Tiros e Palavras
Se você disparar uma palavra à alguem, tenha certeza, ela chegará ao alvo. Como quem saca do coldre a pistola e atira, saiba, a bala não voltará ao cano da arma. Cuidado com as palavras ela faz nascer inimizades onde antes não haviam, ela assassina amizades.
Saque somente quando necessario, quando tiver bem nítido o alvo, não atire na penumbra, o ladrão poderá fugir e um filho teu poderá perecer pela tua própria mão. Ou palavra ferina.
Com a verborragia não se embriague, não se encante com a própria retórica catilina, agindo assim, agirá como o beberrão armado de valentia intoxicada e vazia, mata-se o inocente e faz gargalhar quem te alimenta o vicio, da bebida e da imprevidência.
Não te penses bacharel dos jargões indecifráveis para humilhar o cego que vagueia analfabeto, o humilde é nobre em sua franqueza, e, cordeiro não o imagines.
Agindo como o juíz da injustiça justiçando com o assassínio o empregado que da palavra pouca ousou te dizer NÃO, tão chão, mais quanta coragem cidadã; seguiu o destemido o valor das palavras diretas e enxutas, sem sinuosidades e sutis inferências, pobre, desconhecia o Olimpo que o silêncio, obsequioso das palavras difíceis exige. Pagou com a vida.
Embora soubesse, transpôs o muro do “você sabe com quem está falando”. O diploma marejado de doiradas palavras garante mais do que o privilégio, mais do que o berço e toda a acumulação, é em si mesmo um tesouro de poucos iniciados e assim foi no passado e será no futuro, diria algum empertigado, como no passado não sabe, um revólver não é uma parabellum com cabo de ouro ou cromo embora as duas tenham a mesma finalidade, o ouro distingue o coronel de posses mais avantajadas.
O domínio de uma língua estrangeira, o inglês preferencialmente, como o francês até um passado recente, denota poder e permite desenvolta circulação, conexões com um mundo desconhecido à massa,entretanto muitos conseguem atingir pleno grau de analfabetismo funcional em todas as línguas as quais domina.
Uma M16 produz mais resultados do que uma papo-amarelo, mas na mão de um chipanzé... O domínio do idioma pátrio forja as bases para o aprendizado das línguas, latinas, que línguas saborosas primas-irmãs da portuguesa, quão despetalada e cada vez mais cheirosa flor do Lácio mas quão pouca consideração te devotam.
Um tiro nas idéias e escorre o liquido vital,um cachorro sarnento veio beber a lembrança de seu dono que jaz(z).
Uma pro Santo. Axé.
Wilson Roberto Nogueira .1992.
Saque somente quando necessario, quando tiver bem nítido o alvo, não atire na penumbra, o ladrão poderá fugir e um filho teu poderá perecer pela tua própria mão. Ou palavra ferina.
Com a verborragia não se embriague, não se encante com a própria retórica catilina, agindo assim, agirá como o beberrão armado de valentia intoxicada e vazia, mata-se o inocente e faz gargalhar quem te alimenta o vicio, da bebida e da imprevidência.
Não te penses bacharel dos jargões indecifráveis para humilhar o cego que vagueia analfabeto, o humilde é nobre em sua franqueza, e, cordeiro não o imagines.
Agindo como o juíz da injustiça justiçando com o assassínio o empregado que da palavra pouca ousou te dizer NÃO, tão chão, mais quanta coragem cidadã; seguiu o destemido o valor das palavras diretas e enxutas, sem sinuosidades e sutis inferências, pobre, desconhecia o Olimpo que o silêncio, obsequioso das palavras difíceis exige. Pagou com a vida.
Embora soubesse, transpôs o muro do “você sabe com quem está falando”. O diploma marejado de doiradas palavras garante mais do que o privilégio, mais do que o berço e toda a acumulação, é em si mesmo um tesouro de poucos iniciados e assim foi no passado e será no futuro, diria algum empertigado, como no passado não sabe, um revólver não é uma parabellum com cabo de ouro ou cromo embora as duas tenham a mesma finalidade, o ouro distingue o coronel de posses mais avantajadas.
O domínio de uma língua estrangeira, o inglês preferencialmente, como o francês até um passado recente, denota poder e permite desenvolta circulação, conexões com um mundo desconhecido à massa,entretanto muitos conseguem atingir pleno grau de analfabetismo funcional em todas as línguas as quais domina.
Uma M16 produz mais resultados do que uma papo-amarelo, mas na mão de um chipanzé... O domínio do idioma pátrio forja as bases para o aprendizado das línguas, latinas, que línguas saborosas primas-irmãs da portuguesa, quão despetalada e cada vez mais cheirosa flor do Lácio mas quão pouca consideração te devotam.
Um tiro nas idéias e escorre o liquido vital,um cachorro sarnento veio beber a lembrança de seu dono que jaz(z).
Uma pro Santo. Axé.
Wilson Roberto Nogueira .1992.
segunda-feira, outubro 25, 2010
A mulher no chão do terminal de ônibus;caidinha pelo sol! Ninguém despende olhar sequer.O desvelo do desfalecimento.(terá morrido?!babam curiosos enquanto cães fazem a siesta)Um carinho a impotência.Ninguém se mostra fraco diante do "arroz-de-festa" a morte.Ela bate a porta do coração e sorteia na veia da mão o destino ubíquo.Riem os manetas já paguei uma parcela !
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
domingo, outubro 24, 2010
Burocrata burgues
Caminhar entre altos prédios
preparar cada passo solene
avenidas vazias.
O poder é solitário
o simples funcionário
sai da repartição e para todos
os fantasmas atrás dos números
é um tirano ; ele sabe-se escravo.
caminha solene sobre as formigas
enquanto a sombra da repartição
bebe-lhe o sol dos dias.
prédios cinzentos almas em cinzas
o vento sopra para longe
O dever cumprido
dores nas costas
não mais.
Wilson Roberto Nogueira
preparar cada passo solene
avenidas vazias.
O poder é solitário
o simples funcionário
sai da repartição e para todos
os fantasmas atrás dos números
é um tirano ; ele sabe-se escravo.
caminha solene sobre as formigas
enquanto a sombra da repartição
bebe-lhe o sol dos dias.
prédios cinzentos almas em cinzas
o vento sopra para longe
O dever cumprido
dores nas costas
não mais.
Wilson Roberto Nogueira
A Corte conta castiçais de finos cristais
Lá fora a fúria fulmina a razão.
Queremos pão!
O frio faz adormecer em canções brutais
enquanto o vento varre com neve o rubor,
a dádiva da vida.
A fome alimenta a revolução e dão agasalho ao espírito.
Serviçais não aceitam mais açoites na face
A fraternidade dos acorrentados desmontam sabres
Famílias favorecidas dentro de douradas redomas
agora quebradas, procuram pagar salvação às sombras
que saem dos esgotos;só puderam pagar o preço
de serem plantados na planície e servirem de banquete
àqueles que vivem das sobras
ricos adubos às futuras gerações
sem sonhos nem ilusões.
a opressão acabou!!
Viva a ditadura do Proletariado !!
O Conselho dos operários,camponeses e soldados a saudar o Novo Amanhecer Revolucionário !
Burocratas de todo mundo Uni-vos !!
Wilson Roberto Nogueira
Lá fora a fúria fulmina a razão.
Queremos pão!
O frio faz adormecer em canções brutais
enquanto o vento varre com neve o rubor,
a dádiva da vida.
A fome alimenta a revolução e dão agasalho ao espírito.
Serviçais não aceitam mais açoites na face
A fraternidade dos acorrentados desmontam sabres
Famílias favorecidas dentro de douradas redomas
agora quebradas, procuram pagar salvação às sombras
que saem dos esgotos;só puderam pagar o preço
de serem plantados na planície e servirem de banquete
àqueles que vivem das sobras
ricos adubos às futuras gerações
sem sonhos nem ilusões.
a opressão acabou!!
Viva a ditadura do Proletariado !!
O Conselho dos operários,camponeses e soldados a saudar o Novo Amanhecer Revolucionário !
Burocratas de todo mundo Uni-vos !!
Wilson Roberto Nogueira
A vida vale o vento no qual ela se dissipa. Nada vale a pena; a paga, o preço; não presta. A pressa opressa , insaciada despacificada fomenta o desperdício ,o despropósito de sentido para um mero quadro partido em dores de cores inconclusas gestadas na acidez de um Deus ocioso em caprichos distraído, resulta tortuoso no reto caminho e vesgo passo no destino cioso; sonho de fumaças e luzes, enquanto no cio da chuva com o vento o olor molhado do trigo triunfa na força de uma frágil mãe dando a luz no campo.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
desentido
O filho de 22 anos do policial aposentado, foi surpreendido por uma saraivada de balas; morto por policiais. Filhos talvez de ex-colegas de seu pai. Ele, o elemento ,preparava-se para assaltar um empresário estrangeiro ,que despreocupado passeava com a amante no parque pouco iluminado. A polícia descobriu por intermédio de informante,o qual cobrara pela delação uma pedra de crack. O pai convalescente da químio aguarda para morrer.Tem pressa para inquirir o filho. Onde eu errei !
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
sábado, outubro 23, 2010
Depois da batalha
I
Em cada caveira , um vaso vela um ninho.
Em cada buraco do olho um caco de vidro
brilha com a força de um cristal. Em cada caveira,
restos de carvão sonhando diamante.
Em cada caveira um largo sorriso
faceira olha um vaso no crânio
aninha-se um passarinho à chocar
Esperança.
II
As caveiras sonham paz de porcelana quebradas por alcatéias de condenados e vulturinos homens à despojar os cadáveres de suas lembranças.
Wilson Roberto Nogueira jr
Em cada caveira , um vaso vela um ninho.
Em cada buraco do olho um caco de vidro
brilha com a força de um cristal. Em cada caveira,
restos de carvão sonhando diamante.
Em cada caveira um largo sorriso
faceira olha um vaso no crânio
aninha-se um passarinho à chocar
Esperança.
II
As caveiras sonham paz de porcelana quebradas por alcatéias de condenados e vulturinos homens à despojar os cadáveres de suas lembranças.
Wilson Roberto Nogueira jr
Calamidade,achei minha cara metade!uma é agora minha ; um dia já foi dela.
Agora sou só,
incompleto ente deficiente,
cego ceguei outrem para que não visse
o que eu não via.
Agora ela não desgruda de mim ;
eu dentro dela me perco e saio flácido e meio morto.
Ela era o céu e o inferno ao mesmo tempo.
Agora é mero buraco a sarjeta onde me deito.
O que eu fiz com ela !
Wilson Roberto Nogueira
Agora sou só,
incompleto ente deficiente,
cego ceguei outrem para que não visse
o que eu não via.
Agora ela não desgruda de mim ;
eu dentro dela me perco e saio flácido e meio morto.
Ela era o céu e o inferno ao mesmo tempo.
Agora é mero buraco a sarjeta onde me deito.
O que eu fiz com ela !
Wilson Roberto Nogueira
Com medo do quê? Viver para sofrer; ganhar com a perda, da dor de alguém.
Quem?
Viver é morrer um pouco todos os dias .
Para que a pressa,
se é a solução, a poção mágica caindo, caindo na goela, lá, é Estar Junto!
Melhor sem ela .
Quem?
A Morte, a última consorte.
Com sorte, ela não me queira.
Só mesmo diante do túmulo de algum suicida sem sorte.
Sortilégios chovam na campa ao alvorecer !
Lençol sobre a planície negra.
Wilson Roberto Nogueira
Quem?
Viver é morrer um pouco todos os dias .
Para que a pressa,
se é a solução, a poção mágica caindo, caindo na goela, lá, é Estar Junto!
Melhor sem ela .
Quem?
A Morte, a última consorte.
Com sorte, ela não me queira.
Só mesmo diante do túmulo de algum suicida sem sorte.
Sortilégios chovam na campa ao alvorecer !
Lençol sobre a planície negra.
Wilson Roberto Nogueira
Sombra sobre o cedro
Só uma sombra de uma folha soprada
sob a breve paz;
semente partida, ferida de esperança,
até o primeiro abraço do arame farpado.
sopra o vento sobre o silêncio.
Wilson Roberto Nogueira
sob a breve paz;
semente partida, ferida de esperança,
até o primeiro abraço do arame farpado.
sopra o vento sobre o silêncio.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, outubro 20, 2010
Tocaram a campanhia
em companhia da solidão
naquela mansão lá fui atender
sem me ver ela foi entrando
nas entranhas a escuridão arrancou
um naco suculento de pranto
uma lâmina rasgava de vida o último lamento.
a criança enfim estava Morta.
Fome
não mais
Chagas
não mais
Dor
não mais
lembranças
não legara
Uma sombra feita carne
espectro trôpego da memória burguesa
Amanhã matarei o assassino dos meus sonhos
enquanto isso me farto de chouriço e flatos.
Wilson Roberto Nogueira
em companhia da solidão
naquela mansão lá fui atender
sem me ver ela foi entrando
nas entranhas a escuridão arrancou
um naco suculento de pranto
uma lâmina rasgava de vida o último lamento.
a criança enfim estava Morta.
Fome
não mais
Chagas
não mais
Dor
não mais
lembranças
não legara
Uma sombra feita carne
espectro trôpego da memória burguesa
Amanhã matarei o assassino dos meus sonhos
enquanto isso me farto de chouriço e flatos.
Wilson Roberto Nogueira
sentia-se um pinico no qual toda o clã defecara e escarrara.Hiper-down mesmo.Estressado pelo intenso trabalho na tediosa ociosidade ou a frustrada desilusão de um vegetal de pouca clorofila sob a ventania arenosa dos dias.Sob a pressão da gravidade voando na velocidade do vento na vontade sem asas vento soprando a efêmera fumaça.Soçobrando a nau das fantasias no fundo do mar repleto de cardumes de esqueletos .Sonhos,pesadelos.Sal no oceano um grão cósmico ou um ácaro gigante no carpete sujo de um quarto de cortiço na foto presa no arquivo morto da melancolia.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
Dizem que as guerras mais sangrentas são as fratricidas,as guerras civis;mas aqui ,onde crocita livre a gralha azul sob as últimas araucárias,nesta urbe leitosa de sabores inenarráveis,exalando merda no centro de sua artéria financeira,centro apodrecido que ora respira novos mofos singulares de sobejos fungos desta terra cinzenta e garoenta. Abrem a janela e vêem o sol e o calor de imensos pombais de aço e vidro,escondendo dos raios abrasadores o asfalto e a praça.
O Sol rompe aqui e ali abatendo o caminhar do industrioso curitibano burguês,tal carícia caliente não é benção ,apenas uma astúcia para melhor piorar a saúde dos curitibocas ,das saúvas uvinhas;nada como as crises de humor do clima deste canto do Paraná para entupir o nariz empinado da cidade.Quem nasceu na abençoada terra curitibana não estranha a personalidade volúvel de seu clima.
Wilson Roberto Nogueira
O Sol rompe aqui e ali abatendo o caminhar do industrioso curitibano burguês,tal carícia caliente não é benção ,apenas uma astúcia para melhor piorar a saúde dos curitibocas ,das saúvas uvinhas;nada como as crises de humor do clima deste canto do Paraná para entupir o nariz empinado da cidade.Quem nasceu na abençoada terra curitibana não estranha a personalidade volúvel de seu clima.
Wilson Roberto Nogueira
No seio da selva um suspiro de metralha
silenciam sonhos de uma estudante.
O que ela estava mesmo fazendo por lá?
Procurando transformar sonhos em realidade?
Quando todos bebem do mesmo sonho ele não azeda
ou vira mesmo realidade ?
No seio da floresta o fogo rasgou o verdor da inocência.
Compartilham agora seus ideais,
estendidos a alimentar jaguares,
sob as úmidas carícias da floresta das águas.
Wilson Roberto Nogueira
silenciam sonhos de uma estudante.
O que ela estava mesmo fazendo por lá?
Procurando transformar sonhos em realidade?
Quando todos bebem do mesmo sonho ele não azeda
ou vira mesmo realidade ?
No seio da floresta o fogo rasgou o verdor da inocência.
Compartilham agora seus ideais,
estendidos a alimentar jaguares,
sob as úmidas carícias da floresta das águas.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, outubro 16, 2010
Eldorados
A justiça no Pará
é muito justa
é tão justa que até sufoca a justiça
justíssima
prende a arma e solta o matador.
O jagunço foi só a arma que disparou.
Quem mandou ?
Quem pagou ?
Um juiz condena
e outro absolve
e a justiça cega
cala.
Vela a justiça a imponente
IMPUNIDADE.
quem tem os cobres cobre-a
de mimos.
No Pará os Direitos humanos
estão sepultados na terra rasa e vasta
ao som dos grilos .
Wilson Roberto Nogueira
é muito justa
é tão justa que até sufoca a justiça
justíssima
prende a arma e solta o matador.
O jagunço foi só a arma que disparou.
Quem mandou ?
Quem pagou ?
Um juiz condena
e outro absolve
e a justiça cega
cala.
Vela a justiça a imponente
IMPUNIDADE.
quem tem os cobres cobre-a
de mimos.
No Pará os Direitos humanos
estão sepultados na terra rasa e vasta
ao som dos grilos .
Wilson Roberto Nogueira
Parir uma não vida,um ser incompleto gerado para uma não
existência.Aonde estará a alma desta criança,criança que não nascerá ?
Mulher,queres continuar no de delírio um capricho para conduzir até
o final,até um caminho no qual não resultará florido, não germinará, não sentirá jamais o doce ou
o amargor do teu fruto.
Ao menos não nascerá nenhuma erva daninha.O que tens na forma de um bebe
sem cérebro é o resultado de um não -sentimento compartilhado.Querias tanto, talvez com
intensidade que não sobrara nada para a semente,consumida pelo fogo de um
sentimento egoísta , que mesmo diante da recusa da natureza , querias
prosseguir na posse do teu querer,capricho.
Não.
Sofrestes todas as dores,agora vai até o final,afinal tu gerastes e
sendo coisa tua ,o que tens a ti cabes.
Coisa.
Posse,mas era para ser uma vida e sentir que sente e
respira.Deveras,não sente que respira; não é mais para
Ele do que a coisa do que coisa ele é para você.
Continue caminhando trôpega de loucura o caminho,quer tu queiras ou
não ,não terminará diferente de um muro de concreto, de uma morte
encubada
A alma esta no cérebro não no coração.È no coração que esta a
sensação,a textura e o calor dos sentimentos?Quando nos queimamos de dor ou
prazer,ou os dois, è no cérebro que nos vem a lembrança ou não,lembrança
do que nos faz ferver ou gelar,a mãe erguer um carro para salvar a
filha.
Alma
È lá no pinico ósseo onde se acomoda todo aquele gnocci,que está a
alma.Não somos pagãos mas os gregos estão corretos. É na teia
eletroquímica,computador divino que reside o espírito conquanto intelecto e
natureza ,razão e carne.
Mas o que nós , homens, sabemos das dores que a mulher sente,as dores
do parto,vísceras se estiolando incendiadas, enquanto olhamos
impotentes,esmagados pelo sentimento de inutilidade passamos a sofrer pelos
sofrimentos de quem amamos,dor tamanha que pensamos sentir dores que não
sentimos,comungando a mesma alma em corpos diferentes,os nossos cérebros
trabalham nesse casamento e o fruto desse amor de tantas
dores,nasce,germina?mas o sofrimento acaba?Não houve a consumação do casamento entre
a alma do bebe ,sem cérebro,sem alma ,para com a dos pais.
Wilson Roberto Nogueira
existência.Aonde estará a alma desta criança,criança que não nascerá ?
Mulher,queres continuar no de delírio um capricho para conduzir até
o final,até um caminho no qual não resultará florido, não germinará, não sentirá jamais o doce ou
o amargor do teu fruto.
Ao menos não nascerá nenhuma erva daninha.O que tens na forma de um bebe
sem cérebro é o resultado de um não -sentimento compartilhado.Querias tanto, talvez com
intensidade que não sobrara nada para a semente,consumida pelo fogo de um
sentimento egoísta , que mesmo diante da recusa da natureza , querias
prosseguir na posse do teu querer,capricho.
Não.
Sofrestes todas as dores,agora vai até o final,afinal tu gerastes e
sendo coisa tua ,o que tens a ti cabes.
Coisa.
Posse,mas era para ser uma vida e sentir que sente e
respira.Deveras,não sente que respira; não é mais para
Ele do que a coisa do que coisa ele é para você.
Continue caminhando trôpega de loucura o caminho,quer tu queiras ou
não ,não terminará diferente de um muro de concreto, de uma morte
encubada
A alma esta no cérebro não no coração.È no coração que esta a
sensação,a textura e o calor dos sentimentos?Quando nos queimamos de dor ou
prazer,ou os dois, è no cérebro que nos vem a lembrança ou não,lembrança
do que nos faz ferver ou gelar,a mãe erguer um carro para salvar a
filha.
Alma
È lá no pinico ósseo onde se acomoda todo aquele gnocci,que está a
alma.Não somos pagãos mas os gregos estão corretos. É na teia
eletroquímica,computador divino que reside o espírito conquanto intelecto e
natureza ,razão e carne.
Mas o que nós , homens, sabemos das dores que a mulher sente,as dores
do parto,vísceras se estiolando incendiadas, enquanto olhamos
impotentes,esmagados pelo sentimento de inutilidade passamos a sofrer pelos
sofrimentos de quem amamos,dor tamanha que pensamos sentir dores que não
sentimos,comungando a mesma alma em corpos diferentes,os nossos cérebros
trabalham nesse casamento e o fruto desse amor de tantas
dores,nasce,germina?mas o sofrimento acaba?Não houve a consumação do casamento entre
a alma do bebe ,sem cérebro,sem alma ,para com a dos pais.
Wilson Roberto Nogueira
Meu irmão negro, não diga que um branco pobre não sofre a mesma dor, a dor de ser sempre um imundo por mais alva esteja as roupas puídas. Sempre estará exalando o olor dos esgotos. Por mais fome passe para comprar o sabão. O escarro na porta da pensão. As portas batendo de ódio, pessoas despossuídas e tão esvaziadas de dignidade quanto. Alcatéias de chacais e hienas brancas e negras. A noite todos a eructar em sua face à despejar o lodo no espelhar. Olhares de nojo e pena navalham. E pensar que do espelho daqueles olhos, olhei a sombra arquejada do reflexo. "Nada do que é humano me é estranho"
Qual o valor que neste mercado tem oferta ? Tanto quanto a demanda exige. Encontrar a fuga no caminho a viagem roleta- russa já não me pertenço. Quão jamais me pertenci.
Meu irmão negro , embora sua cicatriz seja tão profunda quanto a inscrita na tua pele Testemunha e herança. Herdamos nós mestiços de não sei quantos sangues a maldição de sermos bastardos desidentificados sem rosto nem pátria ou mátria vomitados direto no moedor de carne renascidos em cada gota de sangue semeados na sarjeta em cada pedaço de corpo maná amaldiçoado da miséria efeitos colaterais da concentração da riqueza.
Wilson Roberto Nogueira. 2005..............Curitiba
Qual o valor que neste mercado tem oferta ? Tanto quanto a demanda exige. Encontrar a fuga no caminho a viagem roleta- russa já não me pertenço. Quão jamais me pertenci.
Meu irmão negro , embora sua cicatriz seja tão profunda quanto a inscrita na tua pele Testemunha e herança. Herdamos nós mestiços de não sei quantos sangues a maldição de sermos bastardos desidentificados sem rosto nem pátria ou mátria vomitados direto no moedor de carne renascidos em cada gota de sangue semeados na sarjeta em cada pedaço de corpo maná amaldiçoado da miséria efeitos colaterais da concentração da riqueza.
Wilson Roberto Nogueira. 2005..............Curitiba
Rumor de paz no meu país.
Sincera cêra derretida
Licor retido na retina da lágrima afogando-se na lagoa.
Gota de sal moura
raio de luz na polpa dos lábios.
Baila a língua sedenta de sal moura raio de sol.
Tu és tâmara doce ou amara?
Danças na sombra do crepúsculo.
És palmeira ou cimitarra?
Luz ancestral da cidade
Moura ou cigana, sefaradí
Tu és todas no casamento em Granada.
Explode o delírio e desperta no deserto do cotidiano.
A olhar o teto de estrelas.
Não há humor sem ela ou rumor de paz com ela.
Porta do não viver é acordar e viver no sonho dela.
Fogos fátuos de fantasmas
Maldição de não viver
Pesadêlo de dor sem sentir
viver na morte de não beber
a vida na polpa dos lábios dela.
Wilson Roberto Nogueira
Sincera cêra derretida
Licor retido na retina da lágrima afogando-se na lagoa.
Gota de sal moura
raio de luz na polpa dos lábios.
Baila a língua sedenta de sal moura raio de sol.
Tu és tâmara doce ou amara?
Danças na sombra do crepúsculo.
És palmeira ou cimitarra?
Luz ancestral da cidade
Moura ou cigana, sefaradí
Tu és todas no casamento em Granada.
Explode o delírio e desperta no deserto do cotidiano.
A olhar o teto de estrelas.
Não há humor sem ela ou rumor de paz com ela.
Porta do não viver é acordar e viver no sonho dela.
Fogos fátuos de fantasmas
Maldição de não viver
Pesadêlo de dor sem sentir
viver na morte de não beber
a vida na polpa dos lábios dela.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, outubro 12, 2010
A Queda
O radar quebrou.Concertaram .Conserto velado de vozes faláciosas. O radar voltou-Vesgamente a vigiar. O combústivel não estava indo, recusava-se a se misturar no óleo. Esse avião quase descaiu na Amazônia (buraco verde do universo). È o que falaram.Falharam vozes nas folhas a furtar a verdade do olhar. O radar quebrou, e eles nos deram suco de maracujá chinês para ficarmos calminhos.Caminhos esburacados nos céus ,não são estrelas. Vá com fé que eu vou ver-te, verdes caminhos errantes ,vaporosos ,calmos caminhantes dos céus dos nossos brigadeiros e suas leite-moças .Nos espaços a certeza dos carinhos da fé e sucos de maracujás quentinhos ,estamos na agonia... calminhos. Montanhas-russas-cascatas diante do mar e a carruagem do ar, em queda livre, verdelhante destino até a raíz solta do imenso charco.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
Ora é só uma louca com a camisola suja de coco
A pele desbotada e os olhos desancorados de sí
olhos imensos e azuis presos no desamparo
procuram ,assim como suas mãos e braços abraçando o vazio
o filho que está à porta do manicômio,ajoelhado,chorando porque
não pode entrar.
O céu está colorido mas a criança esqueceu a língua das cores.
Dentro daqueles olhos um caledoscópio louco
a imagem que se forma dos fragmentos é pouco
para tantos anos de picotadas lembranças.
Wilson Roberto Nogueira
A pele desbotada e os olhos desancorados de sí
olhos imensos e azuis presos no desamparo
procuram ,assim como suas mãos e braços abraçando o vazio
o filho que está à porta do manicômio,ajoelhado,chorando porque
não pode entrar.
O céu está colorido mas a criança esqueceu a língua das cores.
Dentro daqueles olhos um caledoscópio louco
a imagem que se forma dos fragmentos é pouco
para tantos anos de picotadas lembranças.
Wilson Roberto Nogueira
No final da Guerra , ante o avanço das tropas soviéticas, as lideranças nacional-socialistas aceleraram o processo ,visando "concluir a solução final para o problema judeu ".A alva e gelada Varsovia de Chopin ficou cinza com o sangue em pó dos filhos do pai de Cristo.
"Que alternativa restara ao povo polonês senão dar a vida para salvar a alma da Europa,lutando ao lado do exército vermelho para expugnar a longa noite que se abatera sobre o velho continente?
O alvorecer da vitória sorriu esperanças em cada rosto e, o povo de Abraão cantava uma melodia onde,Jerusalem,finalmente ,viria a ser a sede de sua proteção na sua Pátria.Com ou sem a vinda do Messias .Nascia das cinzas do encarquilhado continente a têmpera da nova guardiã de D'us.Isra'El.
texto de Wilson Roberto Nogueira
foto de Andre kertesz
"Que alternativa restara ao povo polonês senão dar a vida para salvar a alma da Europa,lutando ao lado do exército vermelho para expugnar a longa noite que se abatera sobre o velho continente?
O alvorecer da vitória sorriu esperanças em cada rosto e, o povo de Abraão cantava uma melodia onde,Jerusalem,finalmente ,viria a ser a sede de sua proteção na sua Pátria.Com ou sem a vinda do Messias .Nascia das cinzas do encarquilhado continente a têmpera da nova guardiã de D'us.Isra'El.
texto de Wilson Roberto Nogueira
foto de Andre kertesz
jamais o relógio horou pelas horas penitentes
presos em sua cela o tempo nas poeiras se evolou
nas Sardas dos dias em cabelos ruivos
tufos de virgindade restaurada
Um gole lendo lentamente sonhos em vos alta
tramas
transas
troças
sabe-se lá...
só as horas que passam
no compasso que presan
sem pressa não estando presas
voam as horas sobre os minutos
devorando penitentes segundos.
todos naquela casa dormem
em sonhos de travesseiros imundos.
até as ensopadas vísceras.
Uma noite canibalizando dias
Harpas de Harpias nas Brumas Frias
Wilson Roberto Nogueira
presos em sua cela o tempo nas poeiras se evolou
nas Sardas dos dias em cabelos ruivos
tufos de virgindade restaurada
Um gole lendo lentamente sonhos em vos alta
tramas
transas
troças
sabe-se lá...
só as horas que passam
no compasso que presan
sem pressa não estando presas
voam as horas sobre os minutos
devorando penitentes segundos.
todos naquela casa dormem
em sonhos de travesseiros imundos.
até as ensopadas vísceras.
Uma noite canibalizando dias
Harpas de Harpias nas Brumas Frias
Wilson Roberto Nogueira
um dia...escreverei
mas nos dias que são noites
meu caminhar turva e
não encontro a tinta para começar a pintar a vida
curva numa reta rumo aonde não sei
perdido procuro no porto a pausa da lei
escreverei um livro não sei
só o sonho que ainda não sonhei
sabe o quanto meu fusca capota na curva
nas curvas das gurias ria
que o riso não custa nada
só o amor a dar gozo a mau sinada
desdita vida das musas que fogem
na folhagem procurando serem miradas
fogem quando se querem pegar
riem quando querem chorar
e quando choram tal a força do riso
das veias a ferver
ferve também a alma no poeta
que se crê amante de uma musa
que ora ausente chora
pois o poeta cego se acovarda
teme atravessar a vida para a eternidade da pallavra
lavra a dor acostuma-se a semear o pranto
a principio apenas de si depois dos outros
irriga a vida e se afoga na bebida amarga.
Não sou e nunca serei autor de livros pois a vida
se me foge rápida demais para persegui-las
e acorrentá-las
em persona aragens.
Wilson Roberto Nogueira
mas nos dias que são noites
meu caminhar turva e
não encontro a tinta para começar a pintar a vida
curva numa reta rumo aonde não sei
perdido procuro no porto a pausa da lei
escreverei um livro não sei
só o sonho que ainda não sonhei
sabe o quanto meu fusca capota na curva
nas curvas das gurias ria
que o riso não custa nada
só o amor a dar gozo a mau sinada
desdita vida das musas que fogem
na folhagem procurando serem miradas
fogem quando se querem pegar
riem quando querem chorar
e quando choram tal a força do riso
das veias a ferver
ferve também a alma no poeta
que se crê amante de uma musa
que ora ausente chora
pois o poeta cego se acovarda
teme atravessar a vida para a eternidade da pallavra
lavra a dor acostuma-se a semear o pranto
a principio apenas de si depois dos outros
irriga a vida e se afoga na bebida amarga.
Não sou e nunca serei autor de livros pois a vida
se me foge rápida demais para persegui-las
e acorrentá-las
em persona aragens.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, outubro 11, 2010
sexta-feira, outubro 08, 2010
A foto fala a verdade da circunstância
que circula ou circunda o fato corcunda
facto fato fac totum
A lente flerta com a verdade quando
o olho de quem olha
olha com a alma de quem lê
na imagem a letra daquela prece
no curso caudaloso do discurso
silencioso obsequioso da imagem
que pode ser quimera ou miragem
na imagem a letra da prece que se decifra
no apelo a possibilidade da dádiva.
Wilson Roberto Nogueira
que circula ou circunda o fato corcunda
facto fato fac totum
A lente flerta com a verdade quando
o olho de quem olha
olha com a alma de quem lê
na imagem a letra daquela prece
no curso caudaloso do discurso
silencioso obsequioso da imagem
que pode ser quimera ou miragem
na imagem a letra da prece que se decifra
no apelo a possibilidade da dádiva.
Wilson Roberto Nogueira
quinta-feira, outubro 07, 2010
Políticas
Pato manco promete o Paraíso
para poder Qua Qua em paz
seu último dourado grão de milho.
Wilson Roberto Nogueira
para poder Qua Qua em paz
seu último dourado grão de milho.
Wilson Roberto Nogueira
Na Rússia os hospitais não tem remédios
nos leitos crianças com metastases do quinto grau
choram de dor ,enquanto suas mães impotentes
se consomem em dar carinhos e tentam com o amor
vencer a dor.Sentindo nelas próprias rasgarem seus
corpos.Adormecem exaustas ao lado de suas crias.
Imploram que o sofrimento seja expulso
que o alívio piedoso beije a alma de seus anjos
gerados em seus ventres.
E
se culpam por desejarem a libertação de
seus nervos e sangue, e coração e alma
naquelas ameaçadas moradas criadas do amor
ou do longo e sinuoso percurso em direção a ele.
UUUrrrrram em revoltaaaaaaa nos pátios apinhados de espinhos
e almas penadas nos pátios infectos dos hospitais miseráveis da Rússia.
Sob o olhar do Prêmier,oculto no vidro sujo do quadro.
Enquanto um bêbado
atropela o muro do hospital
e a milícia , meio a contragosto, constrangida o prende
sabendo ser aquilo , os restos do orgulhoso marido
da mulher que foi sugada pelo desespero por ter perdido
a única filha para o orgulho da tecnologia russa
O Aprisionamento do átomo.Que se rebelara e cego
procurara a liberdade espalhando os raios invisíveis
nos mais indefesos filhos da Mãe Rússia.
Wilson Roberto Nogueira
nos leitos crianças com metastases do quinto grau
choram de dor ,enquanto suas mães impotentes
se consomem em dar carinhos e tentam com o amor
vencer a dor.Sentindo nelas próprias rasgarem seus
corpos.Adormecem exaustas ao lado de suas crias.
Imploram que o sofrimento seja expulso
que o alívio piedoso beije a alma de seus anjos
gerados em seus ventres.
E
se culpam por desejarem a libertação de
seus nervos e sangue, e coração e alma
naquelas ameaçadas moradas criadas do amor
ou do longo e sinuoso percurso em direção a ele.
UUUrrrrram em revoltaaaaaaa nos pátios apinhados de espinhos
e almas penadas nos pátios infectos dos hospitais miseráveis da Rússia.
Sob o olhar do Prêmier,oculto no vidro sujo do quadro.
Enquanto um bêbado
atropela o muro do hospital
e a milícia , meio a contragosto, constrangida o prende
sabendo ser aquilo , os restos do orgulhoso marido
da mulher que foi sugada pelo desespero por ter perdido
a única filha para o orgulho da tecnologia russa
O Aprisionamento do átomo.Que se rebelara e cego
procurara a liberdade espalhando os raios invisíveis
nos mais indefesos filhos da Mãe Rússia.
Wilson Roberto Nogueira
Comida para quem tem fome de vida
Quando estou faminto de vida
Como
Como estou feliz !
Quando a escuridão
fecha as portas da alma
Como
Como preso na sela dos espíritos
Mas comer a vida que pulsa em ti
A fome de ti me liberta
me liberta
Mas jamais me dá a paz
só a fome que alimenta
a insaciável presença cortante
cortante de tão constante
da tua ausência
Chamo a tua chama distante
Churrasco de mim !
Wilson Roberto Nogueira
Como
Como estou feliz !
Quando a escuridão
fecha as portas da alma
Como
Como preso na sela dos espíritos
Mas comer a vida que pulsa em ti
A fome de ti me liberta
me liberta
Mas jamais me dá a paz
só a fome que alimenta
a insaciável presença cortante
cortante de tão constante
da tua ausência
Chamo a tua chama distante
Churrasco de mim !
Wilson Roberto Nogueira
O que espero dessa vida que se alimenta dos meus ossos a cada dia
que o vento sopre para longe o pó ou o que restar.
No assoalho dos meus dias, sem precisar de lupa
vejo os vermes que neles se arrastam
despejados de uma garrafa de Tequila que se quebrara.
Depois de tirar a poeira dos lustros posso ver o mosaico bizantino
neles sepultado.
Agora nada mais vejo
um céu sem estrelas deitou sobre mim .
Wilson Roberto Nogueira
que o vento sopre para longe o pó ou o que restar.
No assoalho dos meus dias, sem precisar de lupa
vejo os vermes que neles se arrastam
despejados de uma garrafa de Tequila que se quebrara.
Depois de tirar a poeira dos lustros posso ver o mosaico bizantino
neles sepultado.
Agora nada mais vejo
um céu sem estrelas deitou sobre mim .
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, outubro 06, 2010
terça-feira, outubro 05, 2010
O uivar mundano ou despertem (Z)elites
O mundano nada muda,
fala o idioma da banalidade.
No pulmão a revolta não tem fôlego,
só espectóra o bom senso ou constata,
o que lhe parece (No olhar de ciclope míope),
a expressão dilacerante dos escombros da civilização;
dos restos mortais de toda moral humanista derrotada,
enterrada na cova da política da sociedade prostituída e
hipócrita,escondida atrás da porta da palavra vazia,
perdida na louca avenida da urbe,
das paisagens em forma de pesadelo
que ninguém mais com os olhos da reflexão olha
Não há tempo. Cão que dorme e devorado por outro cão
Winners and losers.
Perdida na louca avenida da urbe
clamando por uma nova avenida
Iluminada...limpa...dourada
de palacetes ,cafés e shoppings.
O mundano constata o que lhe parece óbvio
e repete vomitando dogmas da modernidade
carcomida e imortal.
O mundano é sobretudo urbano
cosmopolita astronauta de aldeias idênticas
mundos artificiais em exóticas e caras cores locais.
O mundano se arremessa em arremedo de bala
disparada na revolta a procurar cegamente
matar a angústia de slogans de sangue e ácido.
Mas o que conseguem tais apedeutas do espírito
é morrerem afogados no raso
porque não acreditam em seus próprios meios,
na força transformadora do espírito cultivado
verdadeiro alimento de que se nutre a liberdade
e real silencioso terremoto transformador da sociedade
Melhor do que uivos de chacais na madrugada
o uivo mundano perde-se na madrugada.
Wilson Roberto Nogueira
fala o idioma da banalidade.
No pulmão a revolta não tem fôlego,
só espectóra o bom senso ou constata,
o que lhe parece (No olhar de ciclope míope),
a expressão dilacerante dos escombros da civilização;
dos restos mortais de toda moral humanista derrotada,
enterrada na cova da política da sociedade prostituída e
hipócrita,escondida atrás da porta da palavra vazia,
perdida na louca avenida da urbe,
das paisagens em forma de pesadelo
que ninguém mais com os olhos da reflexão olha
Não há tempo. Cão que dorme e devorado por outro cão
Winners and losers.
Perdida na louca avenida da urbe
clamando por uma nova avenida
Iluminada...limpa...dourada
de palacetes ,cafés e shoppings.
O mundano constata o que lhe parece óbvio
e repete vomitando dogmas da modernidade
carcomida e imortal.
O mundano é sobretudo urbano
cosmopolita astronauta de aldeias idênticas
mundos artificiais em exóticas e caras cores locais.
O mundano se arremessa em arremedo de bala
disparada na revolta a procurar cegamente
matar a angústia de slogans de sangue e ácido.
Mas o que conseguem tais apedeutas do espírito
é morrerem afogados no raso
porque não acreditam em seus próprios meios,
na força transformadora do espírito cultivado
verdadeiro alimento de que se nutre a liberdade
e real silencioso terremoto transformador da sociedade
Melhor do que uivos de chacais na madrugada
o uivo mundano perde-se na madrugada.
Wilson Roberto Nogueira
segunda-feira, outubro 04, 2010
Férias feéricas fizeram feridas
nos olhos vermelhos
injetados
projetados de suas órbitas
Tantas luzes e cores em carne viva
Férias fudidas fundidas na carne
na minha finada carne de sonhos
e sombras
Férias fugazes e intensas
queimaduras nas sedas
nas gazes rasgadas de aço alado
ferro fundido
panos úmidos
queimados
as dores da despedida das festas explosivas
em frestas ácidas elétricas
a dor da despedida das festas explosivas
nada restando ao ócio suculento da reflexão
Agir
Não pensar
o impulso na explosão do instante
implodindo o prédio da razão
por um instante que escorre
pela rede enquanto ela balança
Agir , não pensar ,no impulso do instante...
a começar pelo vinho tinto
até a última uva da tua vinha
viúva da tristeza tu quase freira
por um triz agora mera atriz
hoje a puta da vida te pariu
uma erupção de sangue e desejo
A chama é intensa
até onde houver por onde queimar .
Wilson Roberto Nogueira
-
nos olhos vermelhos
injetados
projetados de suas órbitas
Tantas luzes e cores em carne viva
Férias fudidas fundidas na carne
na minha finada carne de sonhos
e sombras
Férias fugazes e intensas
queimaduras nas sedas
nas gazes rasgadas de aço alado
ferro fundido
panos úmidos
queimados
as dores da despedida das festas explosivas
em frestas ácidas elétricas
a dor da despedida das festas explosivas
nada restando ao ócio suculento da reflexão
Agir
Não pensar
o impulso na explosão do instante
implodindo o prédio da razão
por um instante que escorre
pela rede enquanto ela balança
Agir , não pensar ,no impulso do instante...
a começar pelo vinho tinto
até a última uva da tua vinha
viúva da tristeza tu quase freira
por um triz agora mera atriz
hoje a puta da vida te pariu
uma erupção de sangue e desejo
A chama é intensa
até onde houver por onde queimar .
Wilson Roberto Nogueira
-
Paizinho...!?
-Sim mãezinha ?!
-Vamos fazer um incestozinho?!
Com esse tempero o casal transou como não desde o momento em que ela dera a Luz, jazem lustros.Os gritos da mulher acordaram o filho que assustado,subiu para socorrer sua mãezinha;assim que se deparou ,emudeceu,correu até um cinzeiro no criado mudo e estava prestes a bater na cabeça do peludo que a estava machucando quando ela gritou o nome do menino e o pai virou-se ; recebeu o golpe na fronte e desmaiou .O menor ficou desesperado e chorava convulsivamente "papai,pai..."A mulher transtornada ,colérica urrava enquanto cobria-se e pegava a pesada cinta que vergastava com a fivela as costas do "parricida"."Você não é meu filho, aberração,não pode ter saído de mim,monstro!"Contudo não demorou de se cansar de bater e, agarrou aquela trouxinha humana largando-o dentro de um orfanato.O corpo da criança chorava o que seus olhos fundos já recusavam.
Quando ela voltou pra casa quase morreu ao ver o marido de pé ; sofrera apenas um desmaio ocasionado pelo esforço anterior e o susto de ver o filho pronto a agredi-lo, quanto a sangueira toda, o pivetinho acertara uma veia,já tratou (era médico ) .Agora sentia seu útero rasgar pelo que tinha dito e feito ao seu único filho, enquanto o pai perguntava onde o molequinho tinha se escondido, ele procuraria uma maneira de explicar que não estava "machucando " sua mãe.
Desesperada contou para ele o que tinha feito com seu primogênito .Levantou a mão para bater nela ,mas a trouxe para junto de si e entre os seus braços procurou confortá-la.
Foram ao orfanato.Manhã cinzenta ofegando fumaça.Bateu no portão o pai explicou a freira o ocorrido.Entraram no quarto onde a criança estava .Com os olhos afogados ,com as mãos vermelhas com róseas gotas de suor ela implorava balbuciando perdão para o filhinho que afirmava "Essa não é minha mãe , meu pai morreu ".
(O que uma mãe teria feito nessas circunstâncias ? )Seu peito sangrava , a dor era tanta que era ficara cega por alguns momentos ,dilacerada.O marido a carregou para fora daquele lugar.sem saber se um dia aquela fina lâmina cortara os laços de sangue.O garoto aceitara a 'orfandade " sem pesar.
Quando seus pais iam sendo engolfados pela névoa e o portão a se fechar...Jogou-se do leito para o chão e não sentiu mais nenhuma dor correu , correu atrás daquela possibilidade."ser adotado por uma nova Família " .
Wilson Roberto Nogueira
-Sim mãezinha ?!
-Vamos fazer um incestozinho?!
Com esse tempero o casal transou como não desde o momento em que ela dera a Luz, jazem lustros.Os gritos da mulher acordaram o filho que assustado,subiu para socorrer sua mãezinha;assim que se deparou ,emudeceu,correu até um cinzeiro no criado mudo e estava prestes a bater na cabeça do peludo que a estava machucando quando ela gritou o nome do menino e o pai virou-se ; recebeu o golpe na fronte e desmaiou .O menor ficou desesperado e chorava convulsivamente "papai,pai..."A mulher transtornada ,colérica urrava enquanto cobria-se e pegava a pesada cinta que vergastava com a fivela as costas do "parricida"."Você não é meu filho, aberração,não pode ter saído de mim,monstro!"Contudo não demorou de se cansar de bater e, agarrou aquela trouxinha humana largando-o dentro de um orfanato.O corpo da criança chorava o que seus olhos fundos já recusavam.
Quando ela voltou pra casa quase morreu ao ver o marido de pé ; sofrera apenas um desmaio ocasionado pelo esforço anterior e o susto de ver o filho pronto a agredi-lo, quanto a sangueira toda, o pivetinho acertara uma veia,já tratou (era médico ) .Agora sentia seu útero rasgar pelo que tinha dito e feito ao seu único filho, enquanto o pai perguntava onde o molequinho tinha se escondido, ele procuraria uma maneira de explicar que não estava "machucando " sua mãe.
Desesperada contou para ele o que tinha feito com seu primogênito .Levantou a mão para bater nela ,mas a trouxe para junto de si e entre os seus braços procurou confortá-la.
Foram ao orfanato.Manhã cinzenta ofegando fumaça.Bateu no portão o pai explicou a freira o ocorrido.Entraram no quarto onde a criança estava .Com os olhos afogados ,com as mãos vermelhas com róseas gotas de suor ela implorava balbuciando perdão para o filhinho que afirmava "Essa não é minha mãe , meu pai morreu ".
(O que uma mãe teria feito nessas circunstâncias ? )Seu peito sangrava , a dor era tanta que era ficara cega por alguns momentos ,dilacerada.O marido a carregou para fora daquele lugar.sem saber se um dia aquela fina lâmina cortara os laços de sangue.O garoto aceitara a 'orfandade " sem pesar.
Quando seus pais iam sendo engolfados pela névoa e o portão a se fechar...Jogou-se do leito para o chão e não sentiu mais nenhuma dor correu , correu atrás daquela possibilidade."ser adotado por uma nova Família " .
Wilson Roberto Nogueira
Por que se está no revertério da escuridão
na via dos despedimentos sigo no clarear
A saúde te assistirá beijando-te de bençãos-pomada
No despreendimento do saculejo te cairão todas as suas dores
e você as esmigalhará como "ruínas imaginárias"
É na capacidade da idéia que o fio corta a certeza do sofrer
despreze o zelo grudento do doer.
"Zelo de mim,dor ficará vendo navios lá da praia do Rastelo "
Wilson Roberto Nogueira e Deisi Perin
na via dos despedimentos sigo no clarear
A saúde te assistirá beijando-te de bençãos-pomada
No despreendimento do saculejo te cairão todas as suas dores
e você as esmigalhará como "ruínas imaginárias"
É na capacidade da idéia que o fio corta a certeza do sofrer
despreze o zelo grudento do doer.
"Zelo de mim,dor ficará vendo navios lá da praia do Rastelo "
Wilson Roberto Nogueira e Deisi Perin
Marcadores:
wilson nogueira e Deisi Perin
Sonhava com os lábios,os olhos, os seios,as coxas,...Quando sobresaltado acordara diante do olhar desconsolado de um prato,vazio de sonhos. O amar-gor na bôca e,nada mais.Só a companhia do silêncio,si...lên...cio,silencio. Só o sol e a sombra,a sobra abrasadora da lembrança,a lamber de doce ácido a sensação dos grandes lábios a múrmurar melodias marinhas de adormecidos naufragios.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
RCG
Sonhei contigo
Que te acariciava
vagarosamente
bem de vagarinho
beijando-te o corpo
para com carinho
te levar ao platô
de serenos
extreme
cimentos.
Não te zangues
com o amiguinho
foi só um sonho doce
que saiu de ti.
Wilson Roberto Nogueira
Que te acariciava
vagarosamente
bem de vagarinho
beijando-te o corpo
para com carinho
te levar ao platô
de serenos
extreme
cimentos.
Não te zangues
com o amiguinho
foi só um sonho doce
que saiu de ti.
Wilson Roberto Nogueira
Cai o pranto por um momento
lama ocultando sorriso de pérolas
falsas.
Pranto no ritual do enterro
da sinceridade adubada de cinismo
assim mesmo uma gargalhada
fez com que o queixo do defunto caísse
a piada ganhou o paraíso
sem virgens
um tédio
por isso levou o prêmio
presa nos dentes podres do falecido
de esquecível memória.
Wilson Roberto Nogueira
lama ocultando sorriso de pérolas
falsas.
Pranto no ritual do enterro
da sinceridade adubada de cinismo
assim mesmo uma gargalhada
fez com que o queixo do defunto caísse
a piada ganhou o paraíso
sem virgens
um tédio
por isso levou o prêmio
presa nos dentes podres do falecido
de esquecível memória.
Wilson Roberto Nogueira
Coréias
Sobre o arame farpado um sorriso de primavera
voam folhas de esperança
apelo de papel-arroz
na vermelha tinta o coração pulsa partido em dois
tinta feita de sangue
sobre a pele do papel que faminto implora pela paz
que lhe sorri numa fina lâmina de aço e gelo.
O vermelho e o azul descobren-se irmãos sob o céu
a coroar montanhas mãos dadas cobrem velhas feridas.
Enquanto as tijelas de Kimchi se partem .
Na despedida a esperança furtiva furta o fogo do Dragão
que repousa à sombra da Águia.
Kimchi na tijela da tolerância é prato muito apimentado
prefere-se McJunkies foods.
no céu voa a Águia
uma pena para a coréia.
Wilson Roberto Nogueira
voam folhas de esperança
apelo de papel-arroz
na vermelha tinta o coração pulsa partido em dois
tinta feita de sangue
sobre a pele do papel que faminto implora pela paz
que lhe sorri numa fina lâmina de aço e gelo.
O vermelho e o azul descobren-se irmãos sob o céu
a coroar montanhas mãos dadas cobrem velhas feridas.
Enquanto as tijelas de Kimchi se partem .
Na despedida a esperança furtiva furta o fogo do Dragão
que repousa à sombra da Águia.
Kimchi na tijela da tolerância é prato muito apimentado
prefere-se McJunkies foods.
no céu voa a Águia
uma pena para a coréia.
Wilson Roberto Nogueira
Warsóvia 1943
Respiro fumaça
cinza de corpos
muralhas em pó
de histórias e velhas
canções...
Wilson Roberto Nogueira
cinza de corpos
muralhas em pó
de histórias e velhas
canções...
Wilson Roberto Nogueira
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