domingo, outubro 30, 2011

sábado, outubro 22, 2011

A Israel dos assassinos de Rabin e dos violadores de templos.

Multiplural etnica e cultural anarquia
Babel de vozes que só se espelham
no verde oliva dos uniformes.
Laica e secular a olhar por sobre o
Muro das Lamentações aos religiosos
de ossos de aço e ocos corações.
Aqueles que modelam no barro os Golens
que perambulam nos sábados a assassinar os sonhos
vestidos de verde oliva e do vinho da vida de estranhos
estrangeiros. Religiosos envenenando a verdade nas suas
orações de ódio e rancor.
Cacofonia de angústias , mêdos e ódios aos gritos saltando dos olhos
para as mãos .
Israel minúscula nau dos insensatos a agarrarem no humor
a bóia da lúcides com as pernas em sangue a atiçar os tubarões.
Oh Isra'El da estrela de Davi estilhaçada, não pise em seus cacos.
Rostos da diáspora de tantos sabores e olores, dores
e alegrias desesperadas  à procurar  tateando na diversidade,
no estranhamento a alteridade imperscrutável da unidade espinhosa.
A qual cobra o sangue e o sal de Israel.O sangue denso e doce de seus filhos.
Oh Israel, voce se encontrará novamente?Caminhos estreitos no Oásis.
O humanismo judaico estará em extinção em Israel ?
O Guardião de D'us( Isra'El) ouvirá a D'eus antes de ouvir a espada ?
Shalom.

Wilson Roberto Nogueira

terça-feira, outubro 18, 2011

(Para Cláudia )

Procuro não turvar o humor


com as pedras que invadem meus sapatos

quando caminho pela calçada da vida.

Made in brega,

letra de um samba bebedo de amanheceres nublados.

O mar pra eu cantar é só um seu olhar.

Bom. Assisti a "Capitães da Areia" da neta do Amado e li o livro.

Então Cláudia,me perdoe em ser menino de areia diante desse seu sorriso

Minha jangada já se aninha na madrugada

e o mar , bebo num poema.

Wilson Roberto Nogueira

sábado, outubro 15, 2011

Não era para tanto "ma garçonne"(o cabelo curto acentuou a cor dos teus olhos).O Pavel low profile como sempre não esquentou,não queimou o radião,quedo-se tranquilo.O embroglio foi de outra ordem,não era propriamente quanto ao grupo,a discussão que se arrastou foi oportuna contudo,mas o curto-circuíto teve suas faíscas exageradas.No que se refere ao texto de seu existir ,é uma questão de estilo apenas,não devemos levar tanto a ferro e fogo. Acredito na proposta de Deus e suas oficinas intercambiaveis,mas esta é uma outra história,


A tua obra lerei com mais vagar e te darei o retorno durante a semana.



Assinado : O Foiceiro.

Wilson Roberto Nogueira

quarta-feira, outubro 12, 2011

A companhia custara apenas o preço de um cafezinho.Passavam horas que se diluíam no silêncio dos olhares.Um procurava encontrar no olhar do outro o próprio olhar.E juntos dançavam.

Hora de pagar a conta.As luzes se acenderam e só viram o mármore e as moedas caindo no chão.A dança acabou.Mais uma vez ela pagou a conta. E nunca mais voltou.

Agora ele gira moedas na mesa da cafeteria e só tem a sombra da lembrança a orar por ele.

Wilson Roberto Nogueira

segunda-feira, outubro 10, 2011

domingo, outubro 09, 2011

Dignidade


"É aquilo que as prostitutas sempre tiveram e os políticos jamais terão.

Obs: Que me desculpem as prostitutas pela comparação".

Mário Auvim.



A dignidade não está a venda , não se presta a barganhas por isso alguns homens públicos não vêem nela "mercadoria" de valor.



Vestem um arremedo de dignidade,uma máscara de cera quando o poder escorre de suas mãos .choram copiosamente lembrando de seu suposto passado humilde; invocam o santo nome de suas mãezinhas em vão...



Xô CPIs sabor portuguesa ou siciliana (Humm)serve a Marinara- "só se ela vir ao gabinete depois do expediente"(será paga com verba pública -dos Joães e Marias eleitores que se comoveram com o beijo na testa do bebezinho , como o olho no olho ao dar o aperto de mão, as promessas...



Eles não são fdp pois as putas são mais dignas do que muitos homens públicos.



E nossos parlamentos se afogam nas vísceras desses ratos espero que os políticos comprometidos com seus eleitores não se afoguem nessa m.... não se corrompam.

Wilson Roberto Nogueira

segunda-feira, outubro 03, 2011

Tired dog. 1974.

FRANCE. Paris. 14th arrondissement. Rue de l'Ouest.

sábado, outubro 01, 2011

Das pedras as teias dos teares.

Mineiros de Potosí vivem como escravos nas montanhas esburacadas. Como cupins a estrair a prata esquiva, ambos cativos das entranhas da terra .Quanto mais o metal vai ficando escasso ,mais os mineiros penetram em seu abissal útero negro de mortalha silenciosa.Pulmões invadidos pela devoradora noite da caverna que decepa de suas vidas o ar de suas almas que fogem em gotas de suas covas oculares  e o brilho de seus sorridentes  amanhãs.

Nem o alcool a 90 graus ou o bovino mascar da coca ludibria a fome e a sombra do desespero a dançar com a morte enquanto espíritos de panos e cornos pindurados fossilizam  auto-enganos ancestrais. Trabalham os escravos de Potosí sem tempo para Serem ; vasculham nos buracos as pedras já não tão preciosas quanto a coragem desses filhos de Pachamama.

Nas entranhas desse imenso jazigo , acorrentados a correntes presentes e invisiveis como a morte que piedosa os vem visitar na forma de gás para libertá-los.Mineiros de horizontes estreitos como os caminhos de formigas das minas.Condenados a sua  liberdade com sabor de morte.

Uma vez já sonharam em não estarem enterrados em sua servil condição, imaginaram-se até doutores, depois mecânicos e .A areia doce desse sonho qual pêra madura virou pedregulho rasgando seus corações,sepultando na noite seus pulmões.

Sonhos ainda vagam zumbis sem encontrar olhos por onde entrar nem bocas que os possam dar-lhes vóz.
Sonhos esturricados e sem vóz nos poucos  leitos dos hospitais com as mãos lácrimosas de orações de esposas indigenas e a sombra das avós de suas avós que também vestiram seus maridos com seu derradeiro gesto de amor.

Apesar de Chê ter virado santo da utopia  e terem os mineiros e seus sindicatos espoucado algumas dinamites. Naquela mina a mita e o peso da história ainda não tirou o mineiro índigena da escravidão, eles estão presos no limbo fatalista e causticante da imutabilidade .

As víuvas de homens que teimam em adiar a partida que seus pulmões silicosados exigem são embalados por preces mestiças católicas e pagãs para que possam ter com  seus avós de seus avós talvez em alguma mina sob os conquistadores espanhóis sob o som de flautas andinas.

Um ônibus ford 'jardineira' abarrotado e  empoeirado será nossa condução.A criança desnutrida corre na   direção do forasteiro e diz "me leva pro Brasil"."Bom ,um coreano em Sampa  está precisando de braços pros teares".

Wilson Roberto Nogueira