Dentro daquelas dançantes chamas frenéticas
vejo o sorriso louco de outras eras
ao som somatizante da tragédia
anunciada e patrocinada
animada pela animalada
a morte lucra alucinada
nas babas da imprensa insana
insaciada germina na gente sem nome
calcinada o ibope de uns e o desprezo de outros
Multidão de nadas . Ora não votam mais!
Wilson Roberto Nogueira
domingo, setembro 26, 2010
O son de cuba abarca com calliente brisa de huracan a doçura del azucar e a ferocidade da machete caindo sobre o caule da cana a cortar a alma do Caribe.
A rasgar as costas da ilha a cicatriz da escravidão encobre-se de sol com la sonrisa de sua jovem guajira.
A tempestade beija com ardor as velas do pescador que persegue com tempera de aço seu marlin azul.Seus sonhos sua fortaleza contra los buccaneros da desditosa vida sem guarida,a dignidade percorrendo de lavas as veias da alma contra os abutres que lhe devoram as entranhas e os tiburones que predam sus soños.
Wilson Roberto Nogueira
Araucária-100807.
A rasgar as costas da ilha a cicatriz da escravidão encobre-se de sol com la sonrisa de sua jovem guajira.
A tempestade beija com ardor as velas do pescador que persegue com tempera de aço seu marlin azul.Seus sonhos sua fortaleza contra los buccaneros da desditosa vida sem guarida,a dignidade percorrendo de lavas as veias da alma contra os abutres que lhe devoram as entranhas e os tiburones que predam sus soños.
Wilson Roberto Nogueira
Araucária-100807.
Vou continuar seguindo sendo como sou,
sem vernizes nem perfumarias.
Pergunto o nome quando a empatia
resolve dar as caras,caso contrário
saber como se chama a pessoa,não
passa de estabelecer elos com personas
em um teatro que descaresso entrar.
Sim é o diagnóstico do mau-humor
da alma mal-educada ou edulcorada.
Wilson Roberto Nogueira
080807.Araucária-Pr
sem vernizes nem perfumarias.
Pergunto o nome quando a empatia
resolve dar as caras,caso contrário
saber como se chama a pessoa,não
passa de estabelecer elos com personas
em um teatro que descaresso entrar.
Sim é o diagnóstico do mau-humor
da alma mal-educada ou edulcorada.
Wilson Roberto Nogueira
080807.Araucária-Pr
Maloqueiro;
maloca criola.
Crise de sentido
esse sentimento invadido
na prestes presença do colorido ausente,
tateando a dor nos olhos do casebre
insalubre vida de um rio sêco
arrastando os arrasados pés
no barroco barro do ser,
pó preso a sentença do chão;
pé sem vento para livre fugir
ou para diluir a si nas águas do sonho.
Não esquece a sede ;
não sede a sêde
até o esqueCimento chegar.
Pá de cal,
pegada
pá pesada sobre o ódio.
Carece não desatar o nó
vai que cai uma espada na cabeça
quebrando a cabaça da alma do pensamento.
Prendendo ainda mais o desinfeliz
ainda mais a rede das moléstias
que grudam na alma e sugam a seiva do viver
tornando a existência ôca e parasita
entrevando os ossos dos braços;
cortando com fina lâmina as visceras
enquanto os olhos permanecem cegos
à imagem denunciada no olho da água
A água breve em breve chuva
desapercebida chega e a sêde tamanha
não é mais do beber é viver.
Mas como encontrar a picada na caatinga
sendo que nunca apreendera nas lidas
a linguagem das cores tanto das negras e pardas
quanto das verdes e douradas?
a vida tornara um fantasma refletido pelas meninas
dos olhos órfãos da alma.
Wilson Roberto Nogueira
maloca criola.
Crise de sentido
esse sentimento invadido
na prestes presença do colorido ausente,
tateando a dor nos olhos do casebre
insalubre vida de um rio sêco
arrastando os arrasados pés
no barroco barro do ser,
pó preso a sentença do chão;
pé sem vento para livre fugir
ou para diluir a si nas águas do sonho.
Não esquece a sede ;
não sede a sêde
até o esqueCimento chegar.
Pá de cal,
pegada
pá pesada sobre o ódio.
Carece não desatar o nó
vai que cai uma espada na cabeça
quebrando a cabaça da alma do pensamento.
Prendendo ainda mais o desinfeliz
ainda mais a rede das moléstias
que grudam na alma e sugam a seiva do viver
tornando a existência ôca e parasita
entrevando os ossos dos braços;
cortando com fina lâmina as visceras
enquanto os olhos permanecem cegos
à imagem denunciada no olho da água
A água breve em breve chuva
desapercebida chega e a sêde tamanha
não é mais do beber é viver.
Mas como encontrar a picada na caatinga
sendo que nunca apreendera nas lidas
a linguagem das cores tanto das negras e pardas
quanto das verdes e douradas?
a vida tornara um fantasma refletido pelas meninas
dos olhos órfãos da alma.
Wilson Roberto Nogueira
Paradoxos do ódio
"Judeu russo neonazista espanca falacha"
Não suje a sola da bota com o sangue do teu irmão,
dê-me a sua mão limpa em penhor da paz.
A cada minuto de tosse escarra uma mentira
o silêncio nutre a lâmina da adaga da alma no só
sorriso de seu brilho.
É só uma fagulha furando a noite
um cigarro entre os dentes podres
drenando o pesadêlo para as vísceras da idéia
sem a mão da assassina
assim natura.
A noite adormece inocente mais um dia amante
do caos organizado da violência urbanicida
e sonsa sonha sanidade salubridade humanidade.
A noite adormece , mais um dia
até o próximo desvelamento no espelho do olhar
onde a morte legou seu estigma .
Em pesados passos pegadas de sangue
de pés rasgados.
Wilson Roberto Nogueira
Não suje a sola da bota com o sangue do teu irmão,
dê-me a sua mão limpa em penhor da paz.
A cada minuto de tosse escarra uma mentira
o silêncio nutre a lâmina da adaga da alma no só
sorriso de seu brilho.
É só uma fagulha furando a noite
um cigarro entre os dentes podres
drenando o pesadêlo para as vísceras da idéia
sem a mão da assassina
assim natura.
A noite adormece inocente mais um dia amante
do caos organizado da violência urbanicida
e sonsa sonha sanidade salubridade humanidade.
A noite adormece , mais um dia
até o próximo desvelamento no espelho do olhar
onde a morte legou seu estigma .
Em pesados passos pegadas de sangue
de pés rasgados.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, setembro 25, 2010
quinta-feira, setembro 23, 2010
Chove cinzas quentes;
caminho no carvão,
brasas assam minha paixão
-meus pés dormentes dormem com a minha solidão.
Preso aos dormentes do caminho férrea vontade
apressa o opresso passo.
Voam as esperanças lactantes no néctar da utopia de aluvião.
Wilson Nogueira
Com o frio à porta , caiu a lembrança.
Saiu às cegas, abandonando a solidão.
Na borda do bordel pensou na prova,
a sua sorte torta
e recuou para dentro de seus medos.
No rascunho de uma vida
mal traçadas linhas
lâminas equilibrando-se no gelo fino.
Wilson Roberto Nogueira
caminho no carvão,
brasas assam minha paixão
-meus pés dormentes dormem com a minha solidão.
Preso aos dormentes do caminho férrea vontade
apressa o opresso passo.
Voam as esperanças lactantes no néctar da utopia de aluvião.
Wilson Nogueira
Com o frio à porta , caiu a lembrança.
Saiu às cegas, abandonando a solidão.
Na borda do bordel pensou na prova,
a sua sorte torta
e recuou para dentro de seus medos.
No rascunho de uma vida
mal traçadas linhas
lâminas equilibrando-se no gelo fino.
Wilson Roberto Nogueira
Bares
As risadas saltavam das bocas
e caiam nas poças das incontidas
lágrimas ébrias.
Wilson Roberto Nogueira
e caiam nas poças das incontidas
lágrimas ébrias.
Wilson Roberto Nogueira
O que respondo à flor dourada de pétalas prateadas
meu caule de carvalho velho curvou-se ao seu olor
Quão breve brisa soprou alento ao tronco enrugado
dores de juventude hoje não pesam na nova morada
amores de esquilos na alma inquieta
tronco grávido de felicidade na madeira velha
a qual não se curva ante a tempestade...
Wilson Roberto Nogueira
meu caule de carvalho velho curvou-se ao seu olor
Quão breve brisa soprou alento ao tronco enrugado
dores de juventude hoje não pesam na nova morada
amores de esquilos na alma inquieta
tronco grávido de felicidade na madeira velha
a qual não se curva ante a tempestade...
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, setembro 21, 2010
segunda-feira, setembro 20, 2010
No Maranhão ou no Ceará
São Pedro errou na mão
fez mortos abrirem o caixão
para não remorrerem afogados.
É muita missa e procissão !
Não aguentava mais não !
Lá em riba .De dívidas sobrecarregados
os funcionários de São Pedro arregaçaram
as porteiras e as manadas de águas furiosas
foram procurar capim nos pulmões dos afogados.
CPI ! Pede a oposição!É o Demo acusando Pai do Céu !
Wilson Roberto Nogueira
São Pedro errou na mão
fez mortos abrirem o caixão
para não remorrerem afogados.
É muita missa e procissão !
Não aguentava mais não !
Lá em riba .De dívidas sobrecarregados
os funcionários de São Pedro arregaçaram
as porteiras e as manadas de águas furiosas
foram procurar capim nos pulmões dos afogados.
CPI ! Pede a oposição!É o Demo acusando Pai do Céu !
Wilson Roberto Nogueira
sábado, setembro 18, 2010
Partindo do presente
morre minhas singelas
finas finanças
Sub escrevo com a última gota rubra
a eterna herança de débitos
com o gérmen da semente da mentira maldita
semente plantada na cova rasa do deserto
O vento levará o pó empodrecido para queimar
no sol.Caso cresças de tal ignóbil despropositada
vida oca,não legará herdade nem traços de presença
Qual vil verme invisível .És menos do que tal.
Nem bem nem mal,morna e medíocre existência afinal
Faleci nas minhas posses antes de meus ossos enfim
descansarem.
Terei que labutar no inferno pra ver se me liberto
do peso do sobrenome sobre a ossatura dos escombros.
Wilson Roberto Nogueira
morre minhas singelas
finas finanças
Sub escrevo com a última gota rubra
a eterna herança de débitos
com o gérmen da semente da mentira maldita
semente plantada na cova rasa do deserto
O vento levará o pó empodrecido para queimar
no sol.Caso cresças de tal ignóbil despropositada
vida oca,não legará herdade nem traços de presença
Qual vil verme invisível .És menos do que tal.
Nem bem nem mal,morna e medíocre existência afinal
Faleci nas minhas posses antes de meus ossos enfim
descansarem.
Terei que labutar no inferno pra ver se me liberto
do peso do sobrenome sobre a ossatura dos escombros.
Wilson Roberto Nogueira
na boemia...ainda?
na estrada do verbo
nas quebradas da vida
na violência do silêncio
depois da tempestade
dor é realidade.
É diante da morte
que se dá valor a vida.
Mas se vivessemos para sempre
valor a ela daríamos?
Bons dias e noites!
Lembre de seus bons sonhos
e delete os pesadelos!
Wilson Roberto Nogueira
na estrada do verbo
nas quebradas da vida
na violência do silêncio
depois da tempestade
dor é realidade.
É diante da morte
que se dá valor a vida.
Mas se vivessemos para sempre
valor a ela daríamos?
Bons dias e noites!
Lembre de seus bons sonhos
e delete os pesadelos!
Wilson Roberto Nogueira
Rótulos nas embalagens de carne deteriorada
Privatizaram a alma
colocaram preço
no pensamento
compraram consciências
etiquetaram personas
peças de carne pro abate
no açougue das ilusões
alimentando vanalidades
das potestades de pés de barro.
Wilson Roberto Nogueira
colocaram preço
no pensamento
compraram consciências
etiquetaram personas
peças de carne pro abate
no açougue das ilusões
alimentando vanalidades
das potestades de pés de barro.
Wilson Roberto Nogueira
Ele o ser supérfluo.Depois de tanto inflar a si o superado ADônis.
A vida lhe dera um lago translúcido a refletir a lua anoitecida de solidão.
O peso da sombra tênue da solidão tenaz no rosto ausente lunar
Pesada canga nas suas costas estreitas abandonadas de certezas
que o desertaram o deserdando para o deserto
(Afastando-se seguido pelo fio fantasma de sua ausente carne)
Curvado qual um proto-humano narciso sem o espelho da lâmina lacunar
Lago seco de luz .
Perdido em labirintos de dunas volúveis inconstantes amantes do vazio.
Lago vaporoso se evaporando na miragem.
Olhos lagoados de afogado
súplica onde apenas lembranças ficaram como heranças
de sua negra pedra que cegara seu deus interior.
Wilson Roberto Nogueira
A vida lhe dera um lago translúcido a refletir a lua anoitecida de solidão.
O peso da sombra tênue da solidão tenaz no rosto ausente lunar
Pesada canga nas suas costas estreitas abandonadas de certezas
que o desertaram o deserdando para o deserto
(Afastando-se seguido pelo fio fantasma de sua ausente carne)
Curvado qual um proto-humano narciso sem o espelho da lâmina lacunar
Lago seco de luz .
Perdido em labirintos de dunas volúveis inconstantes amantes do vazio.
Lago vaporoso se evaporando na miragem.
Olhos lagoados de afogado
súplica onde apenas lembranças ficaram como heranças
de sua negra pedra que cegara seu deus interior.
Wilson Roberto Nogueira
Colheita de adagas
Tu tens medo do medo
O medo cego faca cega
mata em meio a escuridão
apunha-la a razão
Por isso é a arma branca
do dissimulado Poder
nas sombras da fé.
Wilson Roberto Nogueira
O medo cego faca cega
mata em meio a escuridão
apunha-la a razão
Por isso é a arma branca
do dissimulado Poder
nas sombras da fé.
Wilson Roberto Nogueira
Maldições sem rosto
A extrema volatilidade da vida diante da violência de uma bala perdida
vida bandida
da vida diante da violência de uma bala tonta e sedenta
viciada
embriagando-se de sangue doce de doces crianças e tenras mulheres
em flor arrancadas
Em brigas nos botecos da vida nas estradas e nas calçadas
em qualquer parte
a cultura da violência sequestra os cérebros e vicia a alma
desarma de bondade
desalma
Uma bala tonta bêbada de sangue doce da amarga vida que se esvaziava
tendo como testemunha as pedras da calçada
as pedras da calçada
que gritavam no silêncio
Maldições sem rosto.
Wilson Roberto Nogueira
vida bandida
da vida diante da violência de uma bala tonta e sedenta
viciada
embriagando-se de sangue doce de doces crianças e tenras mulheres
em flor arrancadas
Em brigas nos botecos da vida nas estradas e nas calçadas
em qualquer parte
a cultura da violência sequestra os cérebros e vicia a alma
desarma de bondade
desalma
Uma bala tonta bêbada de sangue doce da amarga vida que se esvaziava
tendo como testemunha as pedras da calçada
as pedras da calçada
que gritavam no silêncio
Maldições sem rosto.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, setembro 17, 2010
Na estiva do conhecimento ,o professor proletário do saber acaba em trapos pedindo esmola de frente ao poder.Impotente para edificar o cimento da nação com as bases da educação embora sue sangue;se deseduca ao comer as sobras das mesas dos orçamentos .Deseducado na caduca lei tornada tradição de ruínas de pátrias sem alvoreceres nas cores cinzentas de signos débeis e anquilossados das elites sugadoras ao amparo das sombras das ossadas dos códigos gagos.Carta Magna amarelenta de fezes e estremecimentos de gafanhotos.Livros voam inférteis nas mãos de analfaespertos amorais.
Voltar para casa às portas de um novo dia à vedar qualquer lodo das frestas da memória.Mas o odor sórdido invade os poros da madeira desta porta decrépita que se permite sondar pelos olhos das baratas. Voltar para casa às portas de um novo dia, ainda encoberto pela noite e pela dúvida, se existe esperança...A Lua mal aparece e só aquela velho calçado companheiro que apodrece junto as meias encharcadas.Qual o pagamento, o torpe salarium? Mais um dia e uma noite a cozinhar o inquieto descanso, na gagueira da alma , no inquisidor silêncio ,a procura de um idioma comum para se fazer ouvir.Sem língua ainda pensa gritar no desespero das vísceras,víboras insanas a se devorarem.
Voltar para casa ,um porto seguro, para quem ? Só os cães vadios me saúdam- me como a um igual e, troco pulgas fraternalmente. Mais um dia neste vasto mundo; minha casa esta em qualquer canto sob esse céu !
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 15, 2010
A vida é mole para quem é duro
pedra de amolar
pedra vazia de sonhos
pedra de caminhos
pedra que fundamenta o lar
pedra que apóia o poder
o poder de poder foder
sem pensar posto pedra é
pedra sobre assuntos tontos
como o sentimento e o vir a ser
humano.
Se pedra para sobre viver.
Wilson Roberto Nogueira
pedra de amolar
pedra vazia de sonhos
pedra de caminhos
pedra que fundamenta o lar
pedra que apóia o poder
o poder de poder foder
sem pensar posto pedra é
pedra sobre assuntos tontos
como o sentimento e o vir a ser
humano.
Se pedra para sobre viver.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, setembro 14, 2010
Forçando o olhar para encontrar outros símbolos nas letras tortas da folha de sentimentos em branco.A página de papel revela-se espelho do atropelo da alma bêbada que quer cair para ver se ainda é capaz de sentir dor.Quebrou-se e nada sentiu; queimaram-lhe o cabelo e teve que cortá-lo daquele jeito hitlerístico que nada tem de sEu.Por isso força os olhos da alma no papel que lhe rejeita.
Wilson Roberto Nogueira
Wilson Roberto Nogueira
sonhou com o teu sonho
com o teu sonho azedaram juntos ao acordar
no olhar o recheio já não era mais aquele
de creme ou de doce-de-leite
O deleite acabou no primeiro suspirar do sol
e eis mais uma uma noite escondendo a dor
remoendo di sabores o sol revelou
os odores do doce da rodoviária
um adeus descendo pela privada
Cadê o papel !
Wilson Roberto Nogueira
com o teu sonho azedaram juntos ao acordar
no olhar o recheio já não era mais aquele
de creme ou de doce-de-leite
O deleite acabou no primeiro suspirar do sol
e eis mais uma uma noite escondendo a dor
remoendo di sabores o sol revelou
os odores do doce da rodoviária
um adeus descendo pela privada
Cadê o papel !
Wilson Roberto Nogueira
Arremessando medos
arremedos de remendos
remembrando remorsos
na membrana insana
à remoer na moenda
medos sonhados ou vividos
nas dores da morgue gregária
das almas ezangues das dores
infinitas da memória.
Nos dias que escorrem
lavam a escadaria dos dias
ou da duvida debitada na memória
driblando o fato pelo boato pelos ruídos
das elétricas descargas
a livrar a alma do mero experienciado
projetando a sombra da chama da vela vital a meia-luz
luciferando novas maldições.
Wilson Nogueira
arremedos de remendos
remembrando remorsos
na membrana insana
à remoer na moenda
medos sonhados ou vividos
nas dores da morgue gregária
das almas ezangues das dores
infinitas da memória.
Nos dias que escorrem
lavam a escadaria dos dias
ou da duvida debitada na memória
driblando o fato pelo boato pelos ruídos
das elétricas descargas
a livrar a alma do mero experienciado
projetando a sombra da chama da vela vital a meia-luz
luciferando novas maldições.
Wilson Nogueira
Aqui a semente caiu na rede,moinho de vidas que não nascerão.
Que é isso Moische?
Prostibulo de portas abertas
abertas as chamas frias cobertas
de penugem e feridas sangrando
quietas em seus corações sonhando
doçuras quando amargo é o mel do sexo
sepultam a si mesmas em teatros...
Moische ,Moische, já sei pensou na Sarah e ...bro...
Broa de centeio e azeite virgem vamos comer.
Wilson Roberto Nogueira
Que é isso Moische?
Prostibulo de portas abertas
abertas as chamas frias cobertas
de penugem e feridas sangrando
quietas em seus corações sonhando
doçuras quando amargo é o mel do sexo
sepultam a si mesmas em teatros...
Moische ,Moische, já sei pensou na Sarah e ...bro...
Broa de centeio e azeite virgem vamos comer.
Wilson Roberto Nogueira
No Beco da Facada uma Escola às Escuras
Procurando ao redor das cadeiras algum papél;
se os restos que encontro é o que procuro,
nos silêncios das folhas rasgadas documentos,
de vozes tortas nas bocas sujas de almas sebosas;
leio nos símbolos várias expressões , as quais só explodem
por serem disparadas de vigor envenenadas
sem direção ou valor organizadas.
Desatino no desalento encrispadas nos olhos espadas
rasgam a noite o bando em loucas risadas chutando o vento
ignorando espaço e tempo queimando a consciencia
O princípio da responsabilidade surdo e cego,velho, vaga no lamento
enquanto o prazer reina escondendo no útero acéfalo o feto do futuro.
A semente da utopia agora vazia oca plena de eco de pesadelo e agonia.
Amanhã a rebeldia polimorta encontrará na revolta o retorno a razão
direção,sentido aí estaremos de fato perdidos.
Wilson Roberto Nogueira
se os restos que encontro é o que procuro,
nos silêncios das folhas rasgadas documentos,
de vozes tortas nas bocas sujas de almas sebosas;
leio nos símbolos várias expressões , as quais só explodem
por serem disparadas de vigor envenenadas
sem direção ou valor organizadas.
Desatino no desalento encrispadas nos olhos espadas
rasgam a noite o bando em loucas risadas chutando o vento
ignorando espaço e tempo queimando a consciencia
O princípio da responsabilidade surdo e cego,velho, vaga no lamento
enquanto o prazer reina escondendo no útero acéfalo o feto do futuro.
A semente da utopia agora vazia oca plena de eco de pesadelo e agonia.
Amanhã a rebeldia polimorta encontrará na revolta o retorno a razão
direção,sentido aí estaremos de fato perdidos.
Wilson Roberto Nogueira
domingo, setembro 12, 2010
Eu leio para apreender a ler almas
que as pessoas ocultam com as palavras
e descobri que algumas são personas
não tem almas só persianas
partes de superficies opostas.
Personas sob a máscara de pessoas
Trocam de rostos Todos os dias
N-o-v-a p-e-s-s-o-a !
e todos os dias
novas outras pessoas
as aplaudem em
teatros jogando em frases esfarrapadas
pedras despalavradas
Wilson Roberto Nogueira
que as pessoas ocultam com as palavras
e descobri que algumas são personas
não tem almas só persianas
partes de superficies opostas.
Personas sob a máscara de pessoas
Trocam de rostos Todos os dias
N-o-v-a p-e-s-s-o-a !
e todos os dias
novas outras pessoas
as aplaudem em
teatros jogando em frases esfarrapadas
pedras despalavradas
Wilson Roberto Nogueira
sábado, setembro 11, 2010
Sentado no banco da praça
O ancião volta à juventude ao construir a memória com o reboco do imaginário,imagens de valsas ao som do amor...lá diante do coreto da praça.
Finalmente imperador do próprio tempo -roubou de Kronos a coroa.Aguarda plácido quando suas lembranças tornarem carne no paraíso.
Wilson Roberto Nogueira
Finalmente imperador do próprio tempo -roubou de Kronos a coroa.Aguarda plácido quando suas lembranças tornarem carne no paraíso.
Wilson Roberto Nogueira
Essa chuva de água suja impregna toda a folha que recebe o liquido fétido da tua escrita.
O liquido evapora-se mas o fedor permanece.
Na esperança de um dia de tempestade te limpar a alma e levá-la para longe
para o inferno onde Fyodor renasce a cada esquina escura ou casebre no brejo das almas
escurraçadas do Paraíso.
Aguardo-te lá !
Wilson Roberto Nogueira
O liquido evapora-se mas o fedor permanece.
Na esperança de um dia de tempestade te limpar a alma e levá-la para longe
para o inferno onde Fyodor renasce a cada esquina escura ou casebre no brejo das almas
escurraçadas do Paraíso.
Aguardo-te lá !
Wilson Roberto Nogueira
domingo, setembro 05, 2010
Só o lamento do lamacento mormaço solapa a sola do pesado caminhar.
Ela , que não gosta de andar, a andar obriga-se.
O absesso dessa obsessão tormenta de receios
em seus devaneios suspira pétalas de seda a flutuar
com o vaporoso hálito de uma alma sem destino.
morna natureza lhe impregna e lhe foge nos poros
suor respirando a manhã.Em meio ao limbo a nuvem passa ,deita
e num mar de tépidas lembranças enquanto caminha ,abrindo novos pergaminhos em sua pele
em seu destino vidas superpostas onde em meio ao receio ao recreio leio
em cada palavra uma esfinge geme enigmas e finalmente deita
e finalmente morre.
Wilson Roberto Nogueira
Ela , que não gosta de andar, a andar obriga-se.
O absesso dessa obsessão tormenta de receios
em seus devaneios suspira pétalas de seda a flutuar
com o vaporoso hálito de uma alma sem destino.
morna natureza lhe impregna e lhe foge nos poros
suor respirando a manhã.Em meio ao limbo a nuvem passa ,deita
e num mar de tépidas lembranças enquanto caminha ,abrindo novos pergaminhos em sua pele
em seu destino vidas superpostas onde em meio ao receio ao recreio leio
em cada palavra uma esfinge geme enigmas e finalmente deita
e finalmente morre.
Wilson Roberto Nogueira
sábado, setembro 04, 2010
Urbe Bárbara
Os carros bufam enquanto as palavras agonizam nas bocas
e a cólera em cólicas despeja rubra hera incandescente
Nas pausas malabares equilibram sonhos e sofrimento.
Num largo sorriso por um níquel de alívio;
vidros ocultam desprezo e revelam medo
medo da sombra que açoita e denuncia
no dia a noite das almas.
corre um negrinho, mas a bala perdida o encontra.
as bolas de plástico correm e se escondem nas bocas de lobo.
Um trovão no céu não lava de luzes a cidade
cilada sitiada soterrada de sombras
na selva de prédios e cavernas feéricas de consumo
vagam zumbis e feras insaciadas e cegas
entre um barraco e outro desmoronam ruínas
restos de barro renascem em novos vasos de humana forma
em mutirões de esperança bíblica e fome de seguir as pegadas
que morrem a cada criança que se perde da infância no tiroteio
da sobrevivência.
Um trovão no céu não lava de luzes a cidade
isolada,calada, dominada
minada
Nada a declarar .
Wilson Roberto Nogueira jr
e a cólera em cólicas despeja rubra hera incandescente
Nas pausas malabares equilibram sonhos e sofrimento.
Num largo sorriso por um níquel de alívio;
vidros ocultam desprezo e revelam medo
medo da sombra que açoita e denuncia
no dia a noite das almas.
corre um negrinho, mas a bala perdida o encontra.
as bolas de plástico correm e se escondem nas bocas de lobo.
Um trovão no céu não lava de luzes a cidade
cilada sitiada soterrada de sombras
na selva de prédios e cavernas feéricas de consumo
vagam zumbis e feras insaciadas e cegas
entre um barraco e outro desmoronam ruínas
restos de barro renascem em novos vasos de humana forma
em mutirões de esperança bíblica e fome de seguir as pegadas
que morrem a cada criança que se perde da infância no tiroteio
da sobrevivência.
Um trovão no céu não lava de luzes a cidade
isolada,calada, dominada
minada
Nada a declarar .
Wilson Roberto Nogueira jr
Empregado da Grande Imprensa
A mídia joga luz sobre o que explode-a violência,escândalo,polêmica,sangue rubro da notícia.onde não existe sangue sangra-se na corrida pelo furo ,atropela-se a verdade factual apelando a comodidade da replicação ordinária,internética,não se aprofunda na investigação corre na presunção da certeza( o fragmento consumido frio,não traz substancia e facilmente se evapora da memória do leitor) e estatela-se no erro sem desmentido a altura do agravo.A Ética moribunda jaz(zz).No deserto insalubre dos fatos o tempero venenoso da versão,geralmente fornecida pela impávida opacidade oficialista,lustrosa de dourada impostura,fontes pelando proximidade do poder,das chamas de Mephistofeles onde toda alma tem um preço.
O que deveria ser regra è exceção,fóssil certeza da dúvida, busca pelo aprofundamento,humildade e generosidade intelectual foram esmagadas pela arrogância de “especialistas em generalidades “.Carrega o ego `as costas como Atlas,arroga-se onisciente acima de sua real condição de lâmina tão plana mas afiada na intriga mas tão chã,banal e medíocre,tão atenta a forma quanto negligente ao conteúdo.
Confortável na condição de mamulengo ignorante ou voluntário do Poder Econômico e ou político, quando ambos não são uno conforme os interesses da Empresa Jornalística.
A empresa jornalística, a corporação è a determinante do viés da imprensa,não è o arvorado Quarto Poder è parte do Capital e seus interesses são os mesmos da classe dominante,seus anunciantes o Sistema Financeiro e Industrial.Seus empregados j-o-r-n-a-l-i-s-t-a-s são funcionários privados da hipocracia não paladinos da verdade do antigo foca idealista,nefelibata.
Há de se Ter em conta contudo a necessário ressalva,enquanto as empresas jornalísticas estiverem nas rédeas dos sobrenomes Mesquita,Frias,levi...a luz de velhos ideais liberais ainda deitaram uma luz de vela de valores éticos não somente mercadológicos,mas cada vez mais se oferece menos as massas,as quais vão se acostumando a se alimentar do lixo rápido,resumido,mastigado, a luz está se apagando e o povo está comendo merda pensando estar se fartando de caviar.
A prova è o cadáver insepulto dos cadernos culturais(?) se comparados àqueles de vinte anos atrás.Problemas econômicos?O povo não se alimenta de cultura,prefere algo que não exija mais de dez minutos(tudo isso !)de atenção,Ter que ativar um cérebro cansado depois de horas diante da Caixa de fazer idiotas -os canais abertos ,comerciais e,cada vez mais os pagos também)onde o homem e a mulher são conduzidos a condição de legumes,repousando nos olhos desligando o cérebro e ativando os dedos zapeantes.
Cada vez mais o jornal,que se propunha ser a foto do fato mais trabalhado,e o telejornal a chamada para o jornal impresso,os tempos informacionais diferenciados tornam a Televisão,com suas noticias editadas,ancoradas transmitidas por um encadeamento de filtros e ótica shownalistica mais assimilável a esse processo de empobrecimento-Quando você vê,basta a imagem,redime os outros sentidos,não se percebe a imagem como a construção de uma peça ideológica ,do olhar de quem foca a lente.
Do outro ponto, a imagem invade o domínio da escrita e o papel da escrita,ora marginalizada “o papel aceita tudo “ora sacralizada como emanação da verdade pura cede a fuga escapista dos leitores cada vez mais sedentos por informações leves,cotidianas que sovem de pão e circo e seja tão dinâmica na estética quanto a televisão.
O jornal ganhou espaço no supermercado como mera mercadoria menor,quantos pãezinhos quentes saídos da gráfica você vê pessoas comprarem?Papel- jornal as gôndolas dos jornais deveriam estar mais próximas às de higiene pessoal ou para embrulhar peixe.
O jornal contaminado pela linguajem televisiva e o texto de fácil digestão e pouco nutritiva tornou-se um arremedo da mídia TV naquilo que ela a TV sabe fazer de melhor shownalismo.
As empresas jornalísticas a anos deixaram de lançar uma luz brasileira sobre as noticias,o empobrecimento geral das redações levaram a demitir jornalistas experientes e fechar sucursais no estrangeiro,agora os jornais são meros replicantes dos oligopólios das agências internacionais AFP,EFE,REUTERS,...Os chamados anos de chumbo inocularam o vírus da síndrome da aversão nacional dos fatos,o enfoque a partir dos interesses nacionais ,da nossa identidade(,assim como existe nos EEUU,na imprensa francesa(com as devidas nuances ideológicas)),.Nós abrimos mão de pensarmos a nós e o mundo, para procurar não no outro a nossa imagem mas a imagem que o outro constrói sobre nos,assim introjetamos valores e preconceitos sobre nos mesmos forjando uma identidade torta,débil,tal como o racismo assimilado pela própria vítima do preconceito, cego a riqueza de sua riqueza cultural.
Mais uma vez exige-se que se registre, que o século XXI está inundado pela imprensa segmentada,inclusive voltada para os leitores sem teto,democratizando o conhecimento,endereçada a interesses ideológicos e comportamentais específicos ,de tiragem reduzida porem constante.Alem dos jornais virtuais,dificilmente dimensionáveis assim como as comunidades virtuais,muito embora continentes inteiros estejam no escuro a este respeito,não consomem por isso não são cidadãos.Comunidades virtuais,há uma anarquia informacional onde tudo se converte em nada ,tanta informarão sem disciplina e método do leitor perde-se como areia entre os dedos .
Vemos , não apenas nas redações dos jornais convencionais mas em frente ao computador da faculdade,da biblioteca milhares de informais “especialistas em conhecimentos gerais’ como o burocrático empregado privado jornalista alienado de si e de seu em torno.
Wilson Roberto Nogueira
O que deveria ser regra è exceção,fóssil certeza da dúvida, busca pelo aprofundamento,humildade e generosidade intelectual foram esmagadas pela arrogância de “especialistas em generalidades “.Carrega o ego `as costas como Atlas,arroga-se onisciente acima de sua real condição de lâmina tão plana mas afiada na intriga mas tão chã,banal e medíocre,tão atenta a forma quanto negligente ao conteúdo.
Confortável na condição de mamulengo ignorante ou voluntário do Poder Econômico e ou político, quando ambos não são uno conforme os interesses da Empresa Jornalística.
A empresa jornalística, a corporação è a determinante do viés da imprensa,não è o arvorado Quarto Poder è parte do Capital e seus interesses são os mesmos da classe dominante,seus anunciantes o Sistema Financeiro e Industrial.Seus empregados j-o-r-n-a-l-i-s-t-a-s são funcionários privados da hipocracia não paladinos da verdade do antigo foca idealista,nefelibata.
Há de se Ter em conta contudo a necessário ressalva,enquanto as empresas jornalísticas estiverem nas rédeas dos sobrenomes Mesquita,Frias,levi...a luz de velhos ideais liberais ainda deitaram uma luz de vela de valores éticos não somente mercadológicos,mas cada vez mais se oferece menos as massas,as quais vão se acostumando a se alimentar do lixo rápido,resumido,mastigado, a luz está se apagando e o povo está comendo merda pensando estar se fartando de caviar.
A prova è o cadáver insepulto dos cadernos culturais(?) se comparados àqueles de vinte anos atrás.Problemas econômicos?O povo não se alimenta de cultura,prefere algo que não exija mais de dez minutos(tudo isso !)de atenção,Ter que ativar um cérebro cansado depois de horas diante da Caixa de fazer idiotas -os canais abertos ,comerciais e,cada vez mais os pagos também)onde o homem e a mulher são conduzidos a condição de legumes,repousando nos olhos desligando o cérebro e ativando os dedos zapeantes.
Cada vez mais o jornal,que se propunha ser a foto do fato mais trabalhado,e o telejornal a chamada para o jornal impresso,os tempos informacionais diferenciados tornam a Televisão,com suas noticias editadas,ancoradas transmitidas por um encadeamento de filtros e ótica shownalistica mais assimilável a esse processo de empobrecimento-Quando você vê,basta a imagem,redime os outros sentidos,não se percebe a imagem como a construção de uma peça ideológica ,do olhar de quem foca a lente.
Do outro ponto, a imagem invade o domínio da escrita e o papel da escrita,ora marginalizada “o papel aceita tudo “ora sacralizada como emanação da verdade pura cede a fuga escapista dos leitores cada vez mais sedentos por informações leves,cotidianas que sovem de pão e circo e seja tão dinâmica na estética quanto a televisão.
O jornal ganhou espaço no supermercado como mera mercadoria menor,quantos pãezinhos quentes saídos da gráfica você vê pessoas comprarem?Papel- jornal as gôndolas dos jornais deveriam estar mais próximas às de higiene pessoal ou para embrulhar peixe.
O jornal contaminado pela linguajem televisiva e o texto de fácil digestão e pouco nutritiva tornou-se um arremedo da mídia TV naquilo que ela a TV sabe fazer de melhor shownalismo.
As empresas jornalísticas a anos deixaram de lançar uma luz brasileira sobre as noticias,o empobrecimento geral das redações levaram a demitir jornalistas experientes e fechar sucursais no estrangeiro,agora os jornais são meros replicantes dos oligopólios das agências internacionais AFP,EFE,REUTERS,...Os chamados anos de chumbo inocularam o vírus da síndrome da aversão nacional dos fatos,o enfoque a partir dos interesses nacionais ,da nossa identidade(,assim como existe nos EEUU,na imprensa francesa(com as devidas nuances ideológicas)),.Nós abrimos mão de pensarmos a nós e o mundo, para procurar não no outro a nossa imagem mas a imagem que o outro constrói sobre nos,assim introjetamos valores e preconceitos sobre nos mesmos forjando uma identidade torta,débil,tal como o racismo assimilado pela própria vítima do preconceito, cego a riqueza de sua riqueza cultural.
Mais uma vez exige-se que se registre, que o século XXI está inundado pela imprensa segmentada,inclusive voltada para os leitores sem teto,democratizando o conhecimento,endereçada a interesses ideológicos e comportamentais específicos ,de tiragem reduzida porem constante.Alem dos jornais virtuais,dificilmente dimensionáveis assim como as comunidades virtuais,muito embora continentes inteiros estejam no escuro a este respeito,não consomem por isso não são cidadãos.Comunidades virtuais,há uma anarquia informacional onde tudo se converte em nada ,tanta informarão sem disciplina e método do leitor perde-se como areia entre os dedos .
Vemos , não apenas nas redações dos jornais convencionais mas em frente ao computador da faculdade,da biblioteca milhares de informais “especialistas em conhecimentos gerais’ como o burocrático empregado privado jornalista alienado de si e de seu em torno.
Wilson Roberto Nogueira
sexta-feira, setembro 03, 2010
O vapor invisível suga a água dos cântaros de carne,gota a gota até mumificar os olhos que rastejam
até alguma miragem, até a morte da jornada a jorrar água salobra e fétida dos poços do desengano.
Bebem desespero e seguem arrastando suas carcaças condenadas a sombra fugidia do último descanso.
Uma canção quando desce o pano rasgado de estrelas
nada além do cheiro nauseabundo das frituras nas secas gargantas gárgulas de sonhos.
A derradeira gota de lágrima secou na última gota de café.
(ao som de "Una furtiva lacrima..." )
e o calor garroteando continua cozinhando e saqueando a água vital.
Nenhum hidrante.
Todas as fontes,
Todas as torneiras,
Tem donos de dentes de aço e coleiras de diamantes.
Apressando o passo até o amanhecer,até a próxima página do pesadelo.
Um dia após a privataria de toda a água serão decantados os resíduos da sociedade.
Wilson Roberto Nogueira
até alguma miragem, até a morte da jornada a jorrar água salobra e fétida dos poços do desengano.
Bebem desespero e seguem arrastando suas carcaças condenadas a sombra fugidia do último descanso.
Uma canção quando desce o pano rasgado de estrelas
nada além do cheiro nauseabundo das frituras nas secas gargantas gárgulas de sonhos.
A derradeira gota de lágrima secou na última gota de café.
(ao som de "Una furtiva lacrima..." )
e o calor garroteando continua cozinhando e saqueando a água vital.
Nenhum hidrante.
Todas as fontes,
Todas as torneiras,
Tem donos de dentes de aço e coleiras de diamantes.
Apressando o passo até o amanhecer,até a próxima página do pesadelo.
Um dia após a privataria de toda a água serão decantados os resíduos da sociedade.
Wilson Roberto Nogueira
Olho dentro do olho de kalimisos
E não encontro mais o brilho da chama.
Olho e vejo no olho de kalimisos
A imensidão negra do precipício,
Onde estará aquela criança que sorria
O sorriso da alma no olhar?
Que nadava nas águas de um amor pura chama.
Águas secaram chamas se apagaram.
Sal e fumaça ,um eco de um corpo sem vísceras,
Sem viço, sem vida.
Estará viva na vida que a violentou?
Restos rasgados de um olhar de penumbra
Num cântico de mortalha
Espírito partido do olhar estilhaçado,
Cacos de vida.
Amor para quê,qual a razão?
Não existe razão ou significado
Dor compartilhada,
Comer da mesma solidão
Lamber as cicatrizes sem nojo,
Ver no outro olhar uma lagoa
Refletindo o vidro opaco de sua existência.
Nada um imenso nada,
Vidro na água invisível de si
Olho dentro do precipício e não a vejo,
Não adianta tatear na escuridão de seu olhar
Qualquer sinal de Kalimisos.
Wilson R. Nogueira
E não encontro mais o brilho da chama.
Olho e vejo no olho de kalimisos
A imensidão negra do precipício,
Onde estará aquela criança que sorria
O sorriso da alma no olhar?
Que nadava nas águas de um amor pura chama.
Águas secaram chamas se apagaram.
Sal e fumaça ,um eco de um corpo sem vísceras,
Sem viço, sem vida.
Estará viva na vida que a violentou?
Restos rasgados de um olhar de penumbra
Num cântico de mortalha
Espírito partido do olhar estilhaçado,
Cacos de vida.
Amor para quê,qual a razão?
Não existe razão ou significado
Dor compartilhada,
Comer da mesma solidão
Lamber as cicatrizes sem nojo,
Ver no outro olhar uma lagoa
Refletindo o vidro opaco de sua existência.
Nada um imenso nada,
Vidro na água invisível de si
Olho dentro do precipício e não a vejo,
Não adianta tatear na escuridão de seu olhar
Qualquer sinal de Kalimisos.
Wilson R. Nogueira
quinta-feira, setembro 02, 2010
Como um fantasma vaga na epiderme da poesia
que é a própria alma a escorrer sem fronteiras
esta tapeçaria de nervo da surbe bêbada.
Como uma fumaça invade a treva sem ser vista
sem ser vetada pelas ventas dos ventos
segue flanando insone zanzando
sonhando vai sondando os sons silenciosos de outras almas
que saltam das esquinas com seus punhais de prata
no peito de outras calmas sangrando verdades oblíquas
nas reais veias da enrugada pele da cidade
espalhadas nesse arquipélago de carcaças
aí aos seus pés nos bairros de barro e trapos
da urbe oculta pela banalidade
essa violência cristalizada na paisagem.
Wilson Roberto Nogueira
que é a própria alma a escorrer sem fronteiras
esta tapeçaria de nervo da surbe bêbada.
Como uma fumaça invade a treva sem ser vista
sem ser vetada pelas ventas dos ventos
segue flanando insone zanzando
sonhando vai sondando os sons silenciosos de outras almas
que saltam das esquinas com seus punhais de prata
no peito de outras calmas sangrando verdades oblíquas
nas reais veias da enrugada pele da cidade
espalhadas nesse arquipélago de carcaças
aí aos seus pés nos bairros de barro e trapos
da urbe oculta pela banalidade
essa violência cristalizada na paisagem.
Wilson Roberto Nogueira
quarta-feira, setembro 01, 2010
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