sábado, setembro 18, 2010

Ele o ser supérfluo.Depois de tanto inflar a si o superado ADônis.


A vida lhe dera um lago translúcido a refletir a lua anoitecida de solidão.

O peso da sombra tênue da solidão tenaz no rosto ausente lunar

Pesada canga nas suas costas estreitas abandonadas de certezas

que o desertaram o deserdando para o deserto

(Afastando-se seguido pelo fio fantasma de sua ausente carne)

Curvado qual um proto-humano narciso sem o espelho da lâmina lacunar

Lago seco de luz .

Perdido em labirintos de dunas volúveis inconstantes amantes do vazio.

Lago vaporoso se evaporando na miragem.

Olhos lagoados de afogado

súplica onde apenas lembranças ficaram como heranças

de sua negra pedra que cegara seu deus interior.

Wilson Roberto Nogueira

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