quinta-feira, setembro 23, 2010

Chove cinzas quentes;


caminho no carvão,

brasas assam minha paixão

-meus pés dormentes dormem com a minha solidão.

Preso aos dormentes do caminho férrea vontade

apressa o opresso passo.

Voam as esperanças lactantes no néctar da utopia de aluvião.

Wilson Nogueira

Com o frio à porta , caiu a lembrança.

Saiu às cegas, abandonando a solidão.

Na borda do bordel pensou na prova,

a sua sorte torta

e recuou para dentro de seus medos.

No rascunho de uma vida

mal traçadas linhas

lâminas equilibrando-se no gelo fino.



Wilson Roberto Nogueira

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