quinta-feira, setembro 02, 2010

Como um fantasma vaga na epiderme da poesia


que é a própria alma a escorrer sem fronteiras

esta tapeçaria de nervo da surbe bêbada.

Como uma fumaça invade a treva sem ser vista


sem ser vetada pelas ventas dos ventos


segue flanando insone zanzando

sonhando vai sondando os sons silenciosos de outras almas

que saltam das esquinas com seus punhais de prata

no peito de outras calmas sangrando verdades oblíquas

nas reais veias da enrugada pele da cidade

espalhadas nesse arquipélago de carcaças

aí aos seus pés nos bairros de barro e trapos

da urbe oculta pela banalidade

essa  violência cristalizada na paisagem.

Wilson Roberto Nogueira

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