domingo, setembro 05, 2010

Só o lamento do lamacento mormaço solapa a sola do pesado caminhar.


Ela , que não gosta de andar, a andar obriga-se.

O absesso dessa obsessão tormenta de receios

em seus devaneios suspira pétalas de seda a flutuar


com o vaporoso hálito de uma alma sem destino.

morna natureza lhe impregna e lhe foge nos poros

suor respirando a manhã.Em meio ao limbo a nuvem passa ,deita

e num mar de tépidas lembranças enquanto  caminha ,abrindo novos pergaminhos em sua pele




em seu destino vidas superpostas onde em meio ao receio ao recreio leio


em cada palavra uma esfinge geme enigmas e finalmente deita



e finalmente morre.


Wilson Roberto Nogueira

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