quarta-feira, outubro 20, 2010

Dizem que as guerras mais sangrentas são as fratricidas,as guerras civis;mas aqui ,onde crocita livre a gralha azul sob as últimas araucárias,nesta urbe leitosa de sabores inenarráveis,exalando merda no centro de sua artéria financeira,centro apodrecido que ora respira novos mofos singulares de sobejos fungos desta terra cinzenta e garoenta. Abrem a janela e vêem o sol e o calor de imensos pombais de aço e vidro,escondendo dos raios abrasadores o asfalto e a praça.

O Sol rompe aqui e ali abatendo o caminhar do industrioso curitibano burguês,tal carícia caliente não é benção ,apenas uma astúcia para melhor piorar a saúde dos curitibocas ,das saúvas uvinhas;nada como as crises de humor do clima deste canto do Paraná para entupir o nariz empinado da cidade.Quem nasceu na abençoada terra curitibana não estranha a personalidade volúvel de seu clima.

Wilson Roberto Nogueira

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