Rumor de paz no meu país.
Sincera cêra derretida
Licor retido na retina da lágrima afogando-se na lagoa.
Gota de sal moura
raio de luz na polpa dos lábios.
Baila a língua sedenta de sal moura raio de sol.
Tu és tâmara doce ou amara?
Danças na sombra do crepúsculo.
És palmeira ou cimitarra?
Luz ancestral da cidade
Moura ou cigana, sefaradí
Tu és todas no casamento em Granada.
Explode o delírio e desperta no deserto do cotidiano.
A olhar o teto de estrelas.
Não há humor sem ela ou rumor de paz com ela.
Porta do não viver é acordar e viver no sonho dela.
Fogos fátuos de fantasmas
Maldição de não viver
Pesadêlo de dor sem sentir
viver na morte de não beber
a vida na polpa dos lábios dela.
Wilson Roberto Nogueira
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