terça-feira, maio 15, 2007

Zanzam zumbis nas quebradas da urbe cansada
empoeirados caminhos de destinos incertos(inocentes?)
tropeçam nos restos que vastejam em suas vielas escuras
Vastos ventos sopram em surdina,
espreitando
esperando o tropeço da razão no solilóquio de espíritos partidos.
Passos pesados arrastam ruínas
carregam mundos abandonados de sol
as trevas silenciam sobre as caixas de papelão
entorpecidas pedras humanas
não sangram nos sonhos
como sangram no cotidiano caminhar
Pedras que sangram iluminadas pelo sol
penetrados pela morte que sorri no açoitar da madrugada
Mais um dia a abrir-lhe os espelhos do labirinto,
onde curvado cata os restos da manhã.
Não é nada-
É um saco de lixo escondido na calçada.
Um sôco na boca do estomago de deus Pai.
Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: