segunda-feira, novembro 01, 2010

Eu vendo a venda para que vejam com a alma


ninguém compra a escuridão tendo tanta lua à mão do olhar

Eu vendo a escuridão a cantar ; decantando da imagem o logro

da imagem a roubar do pensamento o don do pensar

aceita a imagem o sofrimento o gozo

mais do que o som do silêncio a implorar nas letras as idéias

do torturante imaginar.

No delírio da razão prefiro as cores do sangue pingando do sol a suar

na tela da televisão no meu bairro a rodar

a roda a moer a imagem a atropelar no cimento o oponente discernimento



Quão fácil é aceitar a verdade pura do olhar

não importa o preço ou quem venda os óculos.



Wilson Roberto Nogueira

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