A peninha o vento sopra
a sobra branca da paz
voando para longe da sopa
de sangue que apraz.
O olor do ódio chamando chama
atrai no crepitar do fogo a luz
das vísceras das cavernas.
Assim somos e do humano nada estranhamos.
O inferno são sempre os outros
mesmo quando nós o carregamos.
O mal é banal e fácil de encontrar
por isso nós nunca o vemos entrar
olhamos no fundo de seus olhos
todos os dias e nos acostumamos
Aprendemos a escrever nossas vidas
na luz intensa da escuridão.
Wilson Roberto Nogueira
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