terça-feira, maio 02, 2006

Cada gota de orvalho
velando no vazio o pranto da noite
que passou
a maçã do rosto,
uma mordida de desgosto
maçã de pura dor.
Tomando o sumo,
mascando o vazio
zumbindo o som
amargozo do teu frêmito
no riscar de giz na louça.
Lembrança de uma saudade
naquele beijo de damasco.
Wilson Roberto Nogueira

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