sábado, dezembro 12, 2009

Sonho de Natal

Esperanças douradas roubam sonhos
no alvoroço de moedas em bolsos fundos
não acalentam consciências.
Caem alguns vinténs nas mãos encardidas
alívio infla de bondade quem aperta a carteira
e apressa o passo burguês desviando na calçada.
Mais um que paga à morte mais uma noite de vida.
Relâmpeja o ódio a cheirar querosene e carne podre a queimar
Céu sem urubus e alma plena despejando o Cristo no Natal.
Chega em sua casa cinza e satisfeito por mais um dia de trabalho,
ora agradecendo a Deus e dorme em seu sonho .

Acorda disputando com um rato restos podres num lixão.
Inferno ou céu que importa!

Wilson Roberto Nogueira

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