sábado, agosto 06, 2011

Arqueja no espelho da memória um animal ferido que lambe asperamente suas cicatrizes,
a dor lateja na lembrança e derrama quente seu rubro amor que encontra morada,
mordida de vida amante do horizonte que cobre-se de Noite nesse espelho- nuvem,
que é a memória a qual  insiste em trovoar velhas discussões acerca do vivido e do sonhado.
Acordar no disfarce da manhã a surgir outra embora sendo a mesma. Rotina que rói a morada
da memória e esquece de apagar as dores ,sinais de novas tempestades, mesmo quando o sol esqueceu de dormir.

Wilson Roberto Nogueira

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