quinta-feira, dezembro 06, 2012

O beijo das nuvens na pele tenra da terra.


Um olho negro que se abre para olhar o céu
vê peixes que brotam das nuvens em flor
pétalas em flocos se escondem na poeira
das fábricas .Cicatrizes das urbes flamejantes
apagam os rastros da saliva ácida de Deus
as sedentas bocas de lobo que evisceradas
devolvem ossos , tripas e pesadelos da cidade que sangra
rompe o silêncio na arquitetura infâme do pesadêlo.
Mais um dia de pés rasgados trilhando trilhos de trens fantasmas
E a pálpebra se fechasem olhos para ver.

Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: