terça-feira, julho 02, 2013

Aquele saco de Estopa


Aquele saco de estopa serviu de abrigo a carne moída que custava de sua vida uma dúzia de horas de chumbo nas costas .Voltava para casa e a morte que lhe emprestava o consolo da curta madrugada ,roubava-lhe do açoite da consciência.Sentia a fome devorar-lhe as vísceras e dava-lhe em troca a certeza de que estava enfim vivo mais um dia.Esse dia de chuva encharcou bandeiras de sangue e palavras de trovão.Caminhei entre árvores mortas muitas décadas minha vida um deserto de areia que me cegara agora a fábrica cemitério de nossos sonhos é NOSSA.

(E toca o hino da Internacional no coração dos espíritos puros sem correntes).

Todos subiram as escadas da utopia para o cadafalso da ideologia.


Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: