quarta-feira, agosto 27, 2008

Na praça uma prece
pensa e logo esquece

Na lagoa de sangue
lágrimas de gente à toa.

A praça sangra na noite nua
quando desperta sonha que é uma vítima nua

Uma virgem no vitral da igreja apedrejada

Andrajos cobrem as almas na prece da praça

Em cada pedra um drama aliviado na lama
uma moeda mordida na vida sem guarida.

dorme e voa para longe acorda do sonho parida
de luz á brilhar na fonte na fronte da água
pensa o menino descalço sonhando em 'sê dotô'
água
água na praça é esperança de graça
a noite uma moeda por uma graça

na praça

uma praça...


Wilson Roberto Nogueira

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