Queima o clamor no pulmão ,ferve no coração a chama, chovem punhais penetrando na prole da revolta e solta o Sol da esperança.
Das correntes de elos quais tentáculos de feras - pesadêlos de todas as eras, as guerras a fome e a miséria. Queima o clamor no pulmão, uma pluma de sonho no incêndio da razão, incêndio na Floresta Negra a expulsar lôbos em metálico desespero, a invadir aldeias, feras famintas ,almas perdidas na lama a perscrutar na treva a semente da luz.
Ferve no coração a chama ,chama negra borbulhando borboletas de fogo ,chama a voz do bater de asas de sêda da borboleta á queimar da seiva ácida no pulmão de ramos finos da selva da tua alma ,fumaça densa vela a tua cidadela em ruidosas ruínas no luto de tantas guerras.
Teus olhos crepitam fome de justiça diante da soberba miséria .
Voa alto o falcão com os olhos famintos pelo vale perdido dos sonhos órfãos.
Wilson Roberto Nogueira
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