quinta-feira, abril 12, 2012

O amor alado da dona marejada de lágrimas cantando melodias de sereia.

Navego na nau do lamentoso pensamento de ti
Ceras a vedar ouvidos não pôdeis entrar.
Amarrado por cordas qual aço ao mastro da ambição
braços de vã vontade castrada de naufrago na fenda da bela consorte
a minha morte.

A bela morte a transar em parcelas ou na explosão a procela
Qual o sentido da vida ? Tal não é a pergunta que ora lasso de misérias
Musas filoflanantes falsas sândias opiam prazeres enquanto mastigam
corações, veias e sensações.Prazeres devora culta traça livros de estórias .
Vigores fumados tragando liberdades agora ausentes.

Preso no barco cujo leme não domino.
Apenas a nau dos insensatos navegando no vazio da névoa
desta vida de recifes famintos de escombros e saboreando
melodias de sereias a deleitar de mala suerte os condenados
a voar sem ter asas nas nuvens do ácido oceano do desencanto.

Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: