sábado, agosto 17, 2013

Cumpre o rito sumário à sombra de uma vida
frutos podres dando cor a relva a esperar madurar nuvens.
Um grito ordinário de dilacerado pano
suspende no cadafalso a morna vida
entranhada de ruínas sob a névoa
vai a arrastar-se subindo cega seu destino
nobre corda para tal mister
dar ao dia a escuridão
vai descalça sobre pregos soltos sondar
o passado beijando amores não nascidos
vai se afogando de vida prenha de pregos
nesses segundos de farpas sídereas
no sorriso da amada
sol efêmero quer eterno que sorri
da noite íntima a cobrir-lhe a eviscerante esperança.


Wilson Roberto Nogueira

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