Só o que sobrou do sonho
é essa sombra no teu olhar
o pesadelo trêmulo no teu
caminhar dançarino de demônio risonho
à buscar por algo que a
razão não alcança
passos de letras incertas
qual chuva de prateados gafanhotos
a afastar garotas
abreviadas de sonhos proletários re-mortos
de renascinzas vidas em
cada assassinado ideal de pés de barro
na sina
da utopia fênix e a cada revida
mais fraco o voo sob o horizonte
Só o que sobrou do sonho
é essa sombra no teu olhar
Em cada sonho aliviado de
vida brota uma pedra a mirar
a carcaça do abismo no
teu olhar é a alma que desaprendeu a dançar
tua seda sua sem amar
rasgada com o sabor do sal e do mar
és contudo alva pedra da
razão que engoliu as cores do coração.
Wilson Roberto Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário