Gosto de músicas cujas melodias falem o idioma de minhalma em
determinado momento.Procuro escrever quando assalta-me o som da fúria, da paz
dos cemitérios ou o sorriso de um olhar ou a dança de um lábio.Poetas que
estejam a trajar smoking ou macacão proletário ou uma pena como se
transformasse em uma cimitarra
Blues,Jazz,samba de raiz,...músicas eslavas ,idiches ou o sabor do mar ,
do mel ou do amor mesmo entre arame farpado e espinhos.
existe sempre poesia entre a dor e o sangue , ela porém está oculta nas
ruelas estreitas driblando sombras com sua luz tênue .
o extase como além daquela porta entreaberta , a demi-mort , que
apresenta o sangue ao sol e do fogo a mansidão fria de um lençol
Como a alma lançada fora do corpo em busca do além de grandes eventos de solidão e mansidão penumbra sonhos e o que vier...
Estamos condenados a sermos livres enquanto mais acorrentados estivermos
as liturgias e aos rituais da voraz legiferante sociedade.
Ao continente da poesia sobram o céu sem olhos da distopia e a máscara
de porcelana das nuvens no drama cotidiano da poesia.
Ao continente da poesia sobram o céu sem olhos da distopia e a máscara
de porcelana das nuvens no drama cotidiano da poesia.
O ser humano é condenado a liberdade...
A existência é uma náusea que regurgitamos
com novos sabores
a existência é um fardo .
a poesia dá a merda o sabor de flores
Essa será sua missão ?
Mas se o mesmo for por demais pesado poderemos refutá-lo
As condições objetivas são apoéticas a poesia como a água abre sulcos na
rocha para a alma poder respirar.
Caso contrário a carga nos esmagaria
Wilson Roberto Nogueira
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