sexta-feira, julho 25, 2014

Gosto de músicas cujas melodias falem o idioma de minhalma em determinado momento.Procuro escrever quando assalta-me o som da fúria, da paz dos cemitérios ou o sorriso de um olhar ou a dança de um lábio.Poetas que estejam a trajar smoking ou macacão proletário ou uma pena como se transformasse em uma cimitarra
Blues,Jazz,samba de raiz,...músicas eslavas ,idiches ou o sabor do mar , do mel ou do amor mesmo entre arame farpado e espinhos.

existe sempre poesia entre a dor e o sangue , ela porém está oculta nas ruelas estreitas driblando sombras com sua luz tênue .
o extase como além daquela porta entreaberta , a demi-mort , que apresenta o sangue ao sol e do fogo a mansidão fria de um lençol
Como a alma lançada fora do corpo em busca do além de grandes  eventos de solidão e mansidão penumbra sonhos e o que vier...
Estamos condenados a sermos livres enquanto mais acorrentados estivermos as liturgias e aos rituais da voraz legiferante sociedade.
Ao continente da poesia sobram o céu sem olhos da distopia e a máscara de porcelana das nuvens no drama cotidiano da poesia.
Ao continente da poesia sobram o céu sem olhos da distopia e a máscara de porcelana das nuvens no drama cotidiano da poesia.
O ser humano é condenado a liberdade...
A existência é uma náusea que regurgitamos
com novos sabores
a existência é um fardo .
a poesia dá a merda o sabor de flores
Essa será sua missão ?
Mas se o mesmo for por demais pesado poderemos  refutá-lo

As condições objetivas são apoéticas a poesia como a água abre sulcos na rocha para a alma poder respirar.

Caso contrário a carga nos esmagaria

Wilson Roberto Nogueira

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