Sua Alteza Imperial,
lembras-te como eles construíram o casarão vazio;
Tantos anos de prateados nevado, ácidos medos no vazio
Tantos anos tinha
o medo a dizer enquanto calavas
nos sete cantos do galo o silêncio chicoteava a verdade.
Soberano das noites brancas sepultando sonhos
Levantam das sepulturas da noite espectros de correntes .
Inimigos que se atrevem a negar-lhe.
Nas bandeiras e nos retratos espelhos de uma fé
na força e na diligencia imperial o povo me ama ,
menos nos sonhos das masmorras e nas covas dos subúrbios
veias abertas onde o sangue escorrendo na neve saciam lobos na noite
bebendo lixo e capando demônios pela boca.
Dizem-nos que a manhã não vai tomar da vida seu pedágio.
Promessas de
encargo fácil como vinho de
alvoreceres .
em vão todos os tantos anos construímos nosso palácio nesses
vinhedos
agora brindo esse vazio com vinagre
Mas agora sabemos .
Wilson Roberto Nogueira
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