domingo, setembro 07, 2014

Sua Alteza Imperial

Sua Alteza Imperial,
lembras-te como eles construíram o casarão  vazio;
Tantos anos de prateados nevado, ácidos medos no vazio
Tantos anos  tinha o  medo a dizer enquanto calavas
nos sete cantos do galo o silêncio chicoteava a verdade.
Soberano das noites brancas sepultando sonhos
Levantam das sepulturas da noite espectros de correntes .
Inimigos que se atrevem a negar-lhe.
Nas bandeiras e nos retratos espelhos de uma fé
na força e na diligencia imperial o povo me ama ,
menos nos sonhos das masmorras e nas covas dos subúrbios
veias abertas onde o sangue escorrendo na neve saciam  lobos na noite
bebendo lixo e capando demônios pela boca.
Dizem-nos que a manhã não vai tomar da vida  seu pedágio.
Promessas de  encargo  fácil como vinho de alvoreceres .
em vão todos os tantos anos construímos nosso palácio nesses vinhedos
agora brindo esse vazio com vinagre

Mas agora sabemos .


Wilson Roberto Nogueira

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