um caminhar sem olhos numa nuvem sem lágrimas
Na escuridão que desce num abraço o coração
Da alma que sua não
lacrimeja na nuvem negra
é só o sal da solidão que no afago da morte sente-se
só seu peso no ouro de tolos dos dias idos de Março
Semeadura de seca seara só o sonho doira aquela
mandragora . Caminho com o peso pétreo de minhas
noites velando o sabor ácido dos meus dias.
Ao jogar pedras nas sombras
bravias de meus fantasmas
sombras minhas das ausências no oco da alma sem olhos
soterrado acabei oculto na nuvem que me esmaga num abraço
Caminho tropego me arrastando nessa noite num copo de sonho
e lâmina.
Wilson Roberto Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário