quinta-feira, outubro 26, 2017

Boite Kiss


sob o carvão de corpos as caixas pretas
presas do destino  pedras em desatino esmagam pulmões
libertando vozes em agonia no humo anonimo da noite.
acorrentadas à voracidade da precificação da ética
caem mortos os sonhos no útero assassinado da dignidade
As adagas da agonia rasgam o coração da boate
As paredes guardam prantos assinados com o sangue do desviver
As vísceras  da  impunidade sovam os poderosos da cidade.

Wilson Roberto Nogueira



Nenhum comentário: