domingo, outubro 07, 2018

Balas traçantes




traças que rasgam o céu comendo a vida

no breu cinzas quentes nos olhos da verdade

lama movediça sugando o sol de uma flor

Uma vela na ruela . No carrinho de mão a morada

vazia um cadáver verbaliza mais uma história  amor

daçada livre enfim voando na fumaça.

na poeira da calçada o sangue ainda quente

imprime a digital da violência

Assinatura de um crime na farda o gatilho do

Estado terrorista negociando almas supérfluas pro capital.

Direitos humanos só para a gente de bem que a bala perdida

não encontra       só o joão ninguém que nessa vida bandida

é inocente mas não tem guarida.





Wilson Roberto Nogueira


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