sábado, junho 13, 2009

Caminhadas

Um quarto de pensão onde um queijo prato repousa no útero da sacola plastica;
é embalado toda vez que o trinco da porta se move ,para acordar os fungos que
ainda dormem.Não se sabe onde teria surgido tal teoria .Qual?Do queijo que sonha
e formoso e, sacudido fica ao envelhecer qual charme putrido respira-se perfume.
As roupas torcem o olfato dos tecidos, já algo castigados pelo mofo do abandono,rogam a deus que trapos de chão não acabem.O morador se movimenta entre pilhas de peles de mentiras e algumas verdades escondidas,jornais,revistas;sempre a beijar cadáveres reluzentes de antanho
bebendo a saliva imortal de espíritos que já não são queridos mais.
Dorme como quem morre,desaba qual prédio em ruínas em seu castelo de cartas onde a sorte lhe escapara.
Wilson Roberto Nogueira

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