Procura a louca na rua o propósito da desproporção
Sonha com a rua invisível onde seus sonhos pensam ser reais.
Quem dera a ilusão dos pavimentos não soltar tanta fumaça
ainda se fossem maçãs sob seus pés ligeiros as comeriam.
Sóis tateiam com langor a pele dos caminhos
lençóis de areia fina sabor amaro de amor sugado
em passadas precárias construídas por ossos velhos
de quebradiço aço tal o frio em corpore alado.
Luzes de olhos recem defuntos no calor apaixonado
de fogos descoloridos de sentimentos franzidos.
E a louca rouca de tanto gritar no silêncio
sonhou o pesadêlo-borboleta de voar flor-pálida
até o beijo da chama na língua do sol.
Wilson Roberto Nogueira
Um comentário:
Mto bom Wilson!!!
Jô
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