domingo, abril 08, 2012

Cruz das almas solitárias ceiam sonhos
sabres ceifam a fome de viver
bebendo a gota de vinho da última videira,
que balança antes da tempestade de aço
bebem no beijo das palavras os cordeiros sob a sombra
dos lobos a carne tenra trinchando hóstias
trincando dores ouvindo Wagner
Ardem cedros por testemunhas
e oliveiras irrigam a terra de óleo e sangue
enquanto a criança chora à sombra da chama
clamando à Morte que vaga sem saber por onde começar.

Wilson Roberto Nogueira

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho uma grande admiração por ti professor, o senhor é muito querido por mim! Maravilhosos textos, parabéns!