Em cada pegada uma cova rasa
de dor regada
cava de vinho doce
semeada com bagas amargas
gargalhadas de vidro quebrando na escuridão.
Em cada passo sonolento
um pouco de morte e desalento
sonâmbula fome de viver o tormento
tormenta tocando alaúde em Sevilha
0 punhal daquele olhar de cigana
dançando flamenco
gotas de sangue e areia doce
digeridas com insaciedade de sol e sal.
Sevilha eterna
Wilson Roberto Nogueira.1997
Nenhum comentário:
Postar um comentário