domingo, novembro 17, 2013

Em cada pegada uma cova rasa
de dor regada
cava de vinho doce
semeada com bagas amargas
gargalhadas de vidro quebrando na escuridão.
Em cada passo sonolento
um pouco de morte e desalento
sonâmbula fome de viver o tormento
tormenta tocando alaúde em Sevilha
0 punhal daquele olhar de cigana
dançando flamenco
gotas de sangue e areia doce
digeridas com insaciedade de sol e sal.
Sevilha eterna

Wilson Roberto Nogueira.1997


Nenhum comentário: