A noite na campa é mais presente. No suor das almas que
caminham na neblina sob o prateado olhar
da Lua faz as caveiras sonharem com páginas amareladas na pele das lembranças .Em
seus leitos livres de correntes ,vagam livres entre as lápides a saborear a
canção do vento nos ramos secos dos arbustos.
Ali Jovens perseguidos por seus medos procuram se atirar
contra eles como quem se atira contra o abismo para sentir a derradeira brisa
na face.Jogam cartas com o destino no jogo do lenço ou da roleta russa.Sem
resultado.A porta dos sentidos se fechara sobre os dois .
Na outra esquina do cemitério sombras aliviavam a última
propriedade daqueles que não mais se alimentavam de amanheceres presos em
catedrais de ossos e carne.Esqueletos, cadáveres para a ciência e obturações de
ouro para tão dedicados lavoradores de corpos.
abutres pacientes esperam que sobre algo dessa festa e a
coruja o alerta de que não há mais uma nesga se quer para o compadre
funcionário público padrão lixeiro exemplar .Amanhece o dia e mais uma
procissão tem inicio .Serão Turistas ?
Wilson Roberto Nogueira
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