segunda-feira, novembro 25, 2013

Na morgue ao desmaiar da noite


A noite na campa é mais presente. No suor das almas que caminham  na neblina sob o prateado olhar da Lua faz as caveiras sonharem com páginas amareladas na pele das lembranças .Em seus leitos livres de correntes ,vagam livres entre as lápides a saborear a canção do vento nos ramos secos dos arbustos.

Ali Jovens perseguidos por seus medos procuram se atirar contra eles como quem se atira contra o abismo para sentir a derradeira brisa na face.Jogam cartas com o destino no jogo do lenço ou da roleta russa.Sem resultado.A porta dos sentidos se fechara sobre os dois .

Na outra esquina do cemitério sombras aliviavam a última propriedade daqueles que não mais se alimentavam de amanheceres presos em catedrais de ossos e carne.Esqueletos, cadáveres para a ciência e obturações de ouro para tão dedicados lavoradores de corpos.

abutres pacientes esperam que sobre algo dessa festa e a coruja o alerta de que não há mais uma nesga se quer para o compadre funcionário público padrão lixeiro exemplar .Amanhece o dia e mais uma procissão tem inicio .Serão Turistas ?

Wilson Roberto Nogueira

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