segunda-feira, novembro 25, 2013

O Abantesma


Minha vida, se é que posso chamar minha existência de vida, está envolta por densa escuridão. onde Pisar?Somente as trevas conseguem ver o fim do caminho.Abismos famintos a espera de pé cegos. Que aguarde.As mãos da vontade está órfã de fé e o candeeiro do coração jaz apagado.Ainda sim, os pés insistem em apagar as pegadas da estória a cada pétreo passo .Ossos da alma vento de lamento murmurando entre os galhos secos dos arbustos neste inverno de Luas cegas .Viver é compartilhar o pão de se estar vivo é construir vínculos .A casca dura sufocou a semente .Nada brotou nos dias afogados na memória.Vasta planície sob o manto da noite sem estrelas.Sou um insone cadáver que não escuta suas próprias correntes que construídas elo por elo dia a dia com engenho e arte a cada renuncia,hesitação, cobardia agora são ossos sidereos que rasgam a pele da minha existência .Por ora aguardo no Limbo morno da desilusão.Essa é a minha pena vagar entre os vivos sem viver.

Wilson Roberto Nogueira

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