Minha vida, se é que posso chamar minha existência de vida, está envolta
por densa escuridão. onde Pisar?Somente as trevas conseguem ver o fim do
caminho.Abismos famintos a espera de pé cegos. Que aguarde.As mãos da vontade
está órfã de fé e o candeeiro do coração jaz apagado.Ainda sim, os pés insistem
em apagar as pegadas da estória a cada pétreo passo .Ossos da alma vento de
lamento murmurando entre os galhos secos dos arbustos neste inverno de Luas
cegas .Viver é compartilhar o pão de se estar vivo é construir vínculos .A
casca dura sufocou a semente .Nada brotou nos dias afogados na memória.Vasta
planície sob o manto da noite sem estrelas.Sou um insone cadáver que não escuta
suas próprias correntes que construídas elo por elo dia a dia com engenho e
arte a cada renuncia,hesitação, cobardia agora são ossos sidereos que rasgam a
pele da minha existência .Por ora aguardo no Limbo morno da desilusão.Essa é a
minha pena vagar entre os vivos sem viver.
Wilson Roberto Nogueira
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